sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Terminou nesta quinta-feira (26) o Retiro Anual do Clero de Guarapuava

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Com o tema: Comunhão com Deus e experiência de vida comunitária, os padres rezaram o lema da Campanha da Fraternidade 2015, “Eu vim para servir” (Mc 10,45). O retiro foi realizado na Casa de Formação São José, em Pitanga, tendo como assessor o padre Leomar Antônio Montagna, da arquidiocese de Maringá, entre os dias 23 e 26 de fevereiro.

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Papa: “Pedir o dom das lágrimas para uma conversão sem hipocrisia”

 

Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde desta Quarta-feira de Cinzas, dia de início da Quaresma, realizou-se uma assembleia de oração na forma das “Estações” romanas (Statio), presidida pelo Papa Francisco. A cerimônia teve início às 16h30 na Igreja de Santo Anselmo no Aventino, com um momento de oração, seguido pela procissão penitencial até a Basílica de Santa Sabina. Participaram Cardeais, Arcebispos, Bispos, Monges Beneditinos de Santo Anselmo, os Padres Dominicanos de Santa Sabina e alguns fiéis. Ao final da procissão, o Santo Padre presidiu a celebração da Eucaristia com o rito da bênção e imposição das cinzas.
A Quaresma é o “tempo em que buscamos unir-nos mais estreitamente ao Senhor Jesus Cristo para partilhar o mistério de sua paixão e da sua ressurreição”, disse o Pontífice no início de sua homilia, explicando a seguir o significado da insistência do Profeta Joel sobre a conversão interior, “Voltai para mim com todo o coração”:
“Significa tomar o caminho de uma conversão não superficial e transitória, mas sim um itinerário espiritual que concerne ao lugar mais íntimo da nossa pessoa. De fato, o coração é a sede de nossos sentimentos, o centro em que amadurecem as nossas escolhas, as nossas atitudes”.
O Papa exortou então, “especialmente a nós sacerdotes”, a pedir neste início de Quaresma o dom das lágrimas, “de modo a tornar a nossa oração e o nosso caminho de conversão sempre mais autêntico e sem hipocrisia”. “Nos fará bem perguntarmo-nos: “Eu choro? O Papa chora? Os bispos choram? Os consagrados choram? Os sacerdotes choram? A oração é a nossa oração?”. Justamente esta, disse Francisco, é a mensagem do Evangelho do dia.
A este propósito, o Papa observa que Jesus, no Evangelho de Mateus, relê as três obras de piedade previstas pela lei mosaica: a esmola, a oração e o jejum. “As distingue, o fato externo do fato interno daquele chorar do coração”. E recordou:
“Ao longo do tempo, estas prescrições foram atingidas pela ferrugem do formalismo exterior, ou até mesmo se transformaram num sinal de superioridade social. Jesus evidencia uma tentação comum nestas três obras, que se pode resumir justamente na hipocrisia: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles… Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, como fazem os hipócritas… Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé, para serem vistos pelos homens… E quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Os hipócritas não sabem chorar, esqueceram como se chora, não pedem o dom das lágrimas”.
Jesus – disse o Papa – nos convida a realizarmos as boas obras “sem nenhuma ostentação e confiarmos unicamente na recompensa do Pai ‘que vê o que está no oculto”, pois quando se faz algo de bom, “quase instintivamente nasce em nós o desejo de ser estimados e admirados por esta boa ação, para obter satisfação”.
E o Senhor jamais se cansa de ter misericórdia de nós, nos oferecendo continuamente o seu perdão e o convite para voltarmos a Ele “com um coração novo, purificado do mal, purificado pelas lágrimas, para tomar parte da sua alegria”. Mas este esforço de conversão “não é somente uma obra humana, mas é possível graças à misericórdia do Pai”, que sacrificou seu próprio Filho. “Com esta consciência – disse o Pontífice – iniciamos confiantes e alegres o itininerário quaresmal. Que Maria Mãe Imaculada sem pecado auxilie o nosso combate espiritual contra o pecado, nos acompanhe neste momento favorável, a fim de que possamos cantar juntos a exultação da vitória no dia da Páscoa”.
E como sinal do querer deixar-se reconciliar com Deus, à exceção das lágrimas no escondido, em público cumpriremos o gesto da imposição das cinzas na cabeça:
“Ambas as fórmulas constituem um chamado à verdade da existência humana: somos criaturas limitadas, pecadores sempre necessitados de penitência e de conversão. Como é importante ouvir e acolher tal chamado neste nosso tempo! O convite à conversão é então um impulso a voltar, como fez o filho da parábola, para os braços de Deus, Pai carinhoso e misericordioso, a confiar n’Ele e a confiar-se a Ele”.

Fonte: Central Cultura

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Você sabia? 15 fatos esclarecedores sobre o Ano Litúrgico e a Quaresma


Você vai se maravilhar com a sabedoria dos tempos litúrgicos, que nos ajudam a viver a história da Salvação ao longo de todo o ano




A Quaresma é um período muito específico e muito especial do ano litúrgico cristão.

MAS O QUE É O ANO LITÚRGICO?

1. O ano litúrgico, ou ano cristão, é o espaço de tempo ao longo do qual a Igreja recorda progressivamente a salvação realizada por Deus. A Igreja distribui nesse período os diversos tempos litúrgicos que celebram o mistério de Cristo.

2. O ano litúrgico dura de fato um ano, mas não começa nem termina nos dias 1º de janeiro e 31 de dezembro, como o ano civil. Suas datas de começo e fim são móveis.

3. O início do ano litúrgico são as vésperas do I Domingo de Advento, que ocorre no dia 30 de novembro ou no domingo mais próximo a essa data. O Advento, portanto, é o primeiro tempo litúrgico do ano cristão e nos prepara para o Nascimento de Jesus. Seu término acontece logo antes das vésperas do Natal do Senhor.

4. Nas vésperas do Natal do Senhor, tem início o segundo tempo litúrgico do ano cristão: o Tempo do Natal. Ele se estende até o domingo depois da Epifania, ou seja, o dia 6 de janeiro ou o primeiro domingo seguinte ao dia 6 de janeiro.

5. Na segunda-feira imediatamente seguinte ao domingo da Epifania, começa o Tempo Comum, que se divide em duas etapas. A primeira etapa vai até a terça-feira de carnaval, incluindo-a. Na Quarta-Feira de Cinzas, o Tempo Comum é interrompido pela sequência de Quaresma, Tríduo Sacro e Tempo Pascal. Somente a partir da segunda-feira seguinte ao domingo de Pentecostes, o qual encerra o Tempo Pascal, é que começa a segunda etapa do Tempo Comum, que ocupará todo o restante do ano cristão, terminando logo antes das vésperas do I Domingo de Advento.

6. O Tempo da Quaresma começa na Quarta-Feira de Cinzas e se prolonga até imediatamente antes da celebração da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa.

7. A partir da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, que celebra a instituição da Eucaristia durante a Última Ceia de Cristo com seus Apóstolos, começa o Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor. Seu ápice é a Vigília Pascal e seu término são as vésperas do Domingo da Ressurreição.

8. No domingo da Páscoa da Ressurreição, começam os cinquenta dias do Tempo Pascal, que termina no domingo do Pentecostes. O Tempo Pascal, liturgicamente, é como se fosse um único e longo dia de festa pela Ressurreição de Cristo. Seus primeiros oito dias constituem a Oitava da Páscoa: são dias de exultação, celebrados como solenidades do Senhor.


A QUARESMA

1. Em 2015, a Quarta-Feira de Cinzas cai neste dia 18 de fevereiro, dando início à Quaresma.

2. O Tempo Quaresmal terminará na Quinta-Feira Santa, em 2 de abril, logo antes do início da Missa Vespertina da Ceia do Senhor.

3. A Quaresma dura seis semanas, que se dividem em três etapas:
  • Os dois primeiros domingos falam das tentações e da transfiguração de Jesus;
  • Os três domingos seguintes abordam aspectos do batismo: no ciclo litúrgico A, por exemplo, fala-se da samaritana (água), do cego (luz) e de Lázaro (vida);
  • E o sexto domingo, que é o Domingo de Ramos ou da Paixão, dá início à Semana Santa.

4. O Concílio Vaticano II acentuou o caráter batismal e penitencial da Quaresma. A liturgia desse tempo deve nos preparar para a celebração do Mistério Pascal, por meio da recordação do batismo e através das práticas do arrependimento dos nossos pecados e da conversão a uma vida nova em Cristo Ressuscitado.

5. A liturgia da Quaresma se caracteriza pela ausência do aleluia, pela austeridade na celebração, pela cor roxa dos paramentos do sacerdote, pela via crúcis, pela confissão sacramental em preparação para a Páscoa, entre outros elementos que destacam a importância da nossa
conversão.

6. Embora a cor litúrgica do tempo da Quaresma seja o roxo, pode ser usada a cor rósea no Quarto Domingo da Quaresma, que, neste ano, vai cair em 15 de março. Esse é o domingo do “Laetare” (que se pronuncia “letáre” e significa “alegra-te”, em latim). É o domingo que marca a superação de metade da Quaresma e recorda que a Páscoa da Ressurreição já está mais próxima, renovando a nossa alegria cristã mesmo em meio a um período de penitência e conversão.

7. A mensagem do papa Francisco para a Quaresma de 2015 é um convite à nossa renovação como católicos. Ele nos explica que a Quaresma é um "tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis; a Quaresma é, sobretudo, um 'tempo favorável' de graça (cf. 2 Cor 6, 2)". Para favorecer essa renovação, o papa Francisco propõe três textos para a nossa meditação:
  • "Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros" (1 Cor 12, 26): sobre a Igreja.
  • "Onde está o teu irmão?" (Gn 4, 9): sobre as paróquias e as comunidades.
  • "Fortalecei os vossos corações" (Tg 5, 8): sobre cada um dos fiéis.

A Aleteia deseja a você uma intensa e profunda experiência de conversão e renovação nesta Quaresma!
Fonte: Aleteia

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

 
QUARTA FEIRA DE CINZAS

A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal.
Uma das frases – no momentio da imposição das cinzas – serve de lembrete para nós: ‘Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.’ A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.
A Quarta-feira de Cinzas leva-nos a visualizar a Quaresma, exatamente para que busquemos a conversão, busquemos o Senhor. A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como o princípios da Quaresma.
A própria Quarta-feira de Cinzas nos coloca dentro do mistério. É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus.
Eu gosto muito de um texto do livro das Crônicas que diz: “Se meu povo, sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar, se procurar minha face para orar, se renunciar ao seu mau procedimento, escutarei do alto dos céus e sanarei sua terra” (II Cr 7, 14).
A Quaresma é tempo conversão, tempo de silêncio, de penitência, de jejum e de oração.
Eu, pergunto para Deus: “Senhor, que queres que eu faça”? – mesma pergunta de São Francisco diante do crucifixo. Mas, geralmente, a minha penitência é ofertar algo de que eu gosto muito para Deus neste tempo quaresmal. Você, que fuma, por exemplo, deixe de fazê-lo na Quaresma. Tenho certeza de que após esse tempo quaresmal Deus o libertará do vício do cigarro. Você, que bebe, não beba, permitindo que o próprio Deus o leve à conversão pela penitência que você está fazendo. Talvez você precise fazer penitência da língua, da fofoca. Escolha uma coisa concreta e não algo que, de tão abstrato, não vai levá-lo a nada. Faça penitência de novela, você que as assiste. Tem de ser algo que o leve à conversão.
O Espírito Santo o levará à penitência que você precisa fazer nesta Quaresma

Fonte: Canção Nova

Como evangelizar os meus filhos?


Os pais não devem apenas mandar os filhos para a igreja, mas levá-los




A Igreja ensina que os primeiros catequistas são os pais. É no colo deles que toda criança deve aprender a conhecer a Deus, aprender a rezar e dar os primeiros passos na fé; conhecer os mandamentos e os sacramentos.
 
Os pais são educadores naturais, e os filhos assimilam seus ensinamentos sem restrições. Será difícil levar alguém para Deus se isso não for feito, em primeiro lugar, pelos pais. É com o pai e a mãe que a criança tem de ouvir em primeiro lugar o nome de Jesus Cristo, Sua vida, Seus milagres, Seu amor por nós, Sua divindade, Sua doutrina… Eles são os responsáveis a dar-lhes o batismo, a primeira comunhão, a crisma e a catequese.

Quando fala aos pais sobre a educação dos filhos, São Paulo recomenda: “Pais, não exaspereis os vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e na doutrina do Senhor” (Ef 6, 4). Aqui está uma orientação muito segura para os pais. Sem a “doutrina do Senhor”, não será possível educar. Dom Bosco, grande “pai e mestre da juventude”, ensinava que não é possível educar sem a religião. Seu método seguro de educar estava na trilogia: amor – estudo – religião.
 
Nunca esqueci o terço que aprendi a rezar aos cinco anos de idade, no colo de minha mãe. Pobre filho que não tiver uma mãe que o ensine a rezar! Passei a vida toda estudando, cheguei ao doutorado e pós-doutorado em Física e nunca consegui esquecer a fé que herdei de meus pais; é a melhor herança que deles recebi. Não é verdade que a ciência e a fé são antagônicas; essa luta só existe no coração do cientista que não foi educado na fé, desde o berço.
 
Os pais não devem apenas mandar os seus filhos à igreja, mas, devem levá-los. É vendo o pai e a mãe se ajoelharem que um filho se torna religioso, mais do que ouvindo muitos sermões. A melhor maneira de educar, também na fé, é pelo exemplo. Se os pais rezam, os filhos aprender a rezar; se os pais vivem conforme a lei de Deus, os filhos também vão viver assim, e isso se desdobra em outros exemplos. Os genitores precisam rezar com os filhos desde pequenos, cultivar em casa um lar católico, com imagens de santos em um oratório, o crucifixo nas paredes, etc.; tudo isso vai educando os filhos na fé. Alguém disse, um dia, que “quando Deus tem seu altar no coração da mãe, a casa toda se transforma em um templo.”
 
Um aspecto importante da educação religiosa de nossos filhos está ligado à escola. Infelizmente, hoje, se ensina muita coisa errada em termos de moral nas escolas; então, os pais precisam saber e fiscalizar o que os filhos aprendem ali. Infelizmente, hoje, o Governo está colocando até máquinas para distribuir “camisinhas” nesses locais. Os filhos precisam em casa receber uma orientação muito séria sobre a péssima “educação sexual” que hoje é dada em muitas escolas, a fim de que não aprendam uma moral anticristã.
 
Outro cuidado que os pais precisam ter é com a televisão; saber selecionar os programas que os filhos podem ver, sem violência, sem sexo, sem massificação de consumo, entre outros. Hoje temos boas emissoras religiosas. A televisão tem o seu lado bom e o seu lado mau. Cabe a nós saber usá-la. Uma criança pode ficar até cerca de 700 horas por ano na frente de um televisor ligado. Mais uma vez aqui, é a família que será a única guardiã da liberdade e da boa formação dessa criança. Os pais precisam saber criar programas alternativos para tirá-las da frente do televisor, oferecendo-lhes brinquedos, jogos, contando-lhes histórias, etc.. Da mesma forma, ocorre com a internet: os pais não podem descuidar dela.
 
Mas, para levar os filhos para Deus é preciso também saber conquistá-los. O que quer dizer isso? Dar a eles tudo o que querem, a roupa da moda, a camisa de marca, o tênis caro? Não! Você os conquista com aquilo que você é para o seu filho, não com aquilo que você dá a ele. Você o conquista dando-se a ele; dando o seu tempo, o seu carinho, a sua atenção, ajudando-o sempre que ele precisa de você. Saint-Exupéry disse no livro “O Pequeno Príncipe”: “Foi o tempo que você gastou com sua rosa que a fez ser tão importante para você”.
Diante de um mundo tão adverso, que quer arrancar os filhos de nossas mãos, temos de conquistá-los por aquilo que “somos” para eles. É preciso que o filho tenha orgulho dos pais. Assim será fácil você levá-lo para Deus. Muitos filhos não seguem os pais até a igreja porque não foram conquistados por estes.
 
Conquistar o filho é respeitá-lo; é não o ofender com palavras pesadas e humilhantes quando você o corrige; é ser amigo dos seus amigos; é saber acolhê-los em sua casa; é fazer programas com ele, é ser amigo dele. Enfim, antes de dizer a seu filho “Jesus te ama”, diga-lhe: “eu te amo”.
 
Fonte: Prof. Felipe Aquino. Aleteia
 
 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Igreja administra 115.352 instituições de saúde e assistência em todo o mundo.

Papa Francisco abraça um cadeirante durante encontro da UNITALSI, no Vaticano – ANSA

Cidade do Vaticano – Celebra-se neste 11 de fevereiro o XXIII Dia Mundial do Enfermo, instituído por João Paulo II em 1992. O Papa Francisco convida a meditar sobre o tema deste ano – “Eu era os olhos do cego e os pés do coxo” (Jó 29,15) – na perspectiva da “sapientia cordis”, a sabedoria do coração.
Na mensagem, o Santo Padre destaca “a absoluta prioridade da saída de si próprio para o irmão, como um dos dois mandamentos principais que fundamentam toda a norma moral e como  o sinal mais claro para discernir sobre o caminho de crescimento espiritual em resposta à doação absolutamente gratuita de Deus (EG, 179). Da natureza missionária da Igreja brotam inevitavelmente ‘a caridade efetiva para com o próximo, a compaixão que compreende, assiste e promove”.

Segundo revelam os dados do último “Anuário Estatístico da Igreja”, publicado pela Agência Fides por ocasião da Jornada Missionária, os Institutos sanitários, de assistência e beneficência administrados pela Igreja em todo o mundo são 115.352, compreendendo: 5.167 hospitais (a maior parte na América, 1.493 e 1.298 na África); 17.322 dispensários, a maior parte na África, 5.256, América 5.137 e Ásia 3.760; 648 leprosários distribuídos principalmente na Ásia (322) e África (229); 15.699 casas para idosos, doentes crônicos e deficientes, a maior parte na Europa (8.200) e América (3.815); 10.124 orfanatrófios, principalmente na Ásia (3.980) e América (2.418); 11.596 jardins da infância, a maior parte na América (3.661) e Ásia (3.441); 14.744 consultores matrimoniais, distribuídos na maior parte no continente americano (5.636) e Europa (6.173); 3.663 centros de educação e re-educação social, além de 36.386 instituições de outros tipos.

Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A verdade sobre o carnaval


Tudo o que você queria saber sobre o (verdadeiro) carnaval e não tinha a quem perguntar





De onde vem o Carnaval? Alguns, erroneamente, dizem até que foi a Igreja Católica que o inventou; nada mais absurdo.

Vários autores explicam o nome Carnaval, do latim “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; o que significa que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou retirar a carne.

Alguns etimologistas explicam as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se fazer um cortejo com uma nave, dedicado ao deus Dionísio ou Baco, o deus do vinho, festa que chamavam em latim de “currus navalis” (nave carruagem), de donde teria vindo a forma Carnavale. Não é fácil saber a real origem do nome.

Outras festas semelhantes aconteciam na entrada do novo ano civil (mês de janeiro) ou pela aproximação da primavera, na despedida do inverno. Eram festas religiosas, dentro da concepção pagã e da mitologia. Por exemplo, para exprimir o cancelamento das culpas passadas, encenava-se a morte de um boneco que, depois de haver feito seu testamento era queimado ou destruído.

Em alguns lugares havia a confissão pública dos vícios, o que muitas vezes se tornava algo teatral, como por exemplo, o cômico Arlequim que, antes de ser entregue à morte confessava os seus pecados e os dos outros.

Tudo isso era feito com o uso de máscaras, fantasias, cortejos, peças de teatro, etc. As religiões ditas “de mistérios” provenientes do Oriente e muito difusas no Império Romano, concorreram para essas festividades carnavalescas. Estas tomaram o nome de “pompas bacanais” ou “saturnais” ou “lupercais”. Como essas festas perturbavam a ordem pública, o Senado Romano, no séc. II a.C., resolveu combater os bacanais e seus adeptos, acusados de graves ofensas contra a moralidade e contra o Estado.

Essas festividades populares podiam acontecer no dia 25 de dezembro (dia em que os pagãos celebravam Mitra - ou o Sol Invicto) ou o dia 1º de janeiro (começo do novo ano), ou outras datas religiosas pagãs.

Quando o Cristianismo surgiu, encontrou esses costumes pagãos. Os missionários procuraram então cristianizar esses costumes, como ensinava São Gregório Magno, no sentido de substituir essas práticas supersticiosas e mitológicas por outras cristãs (Natal, Epifania do Senhor ou a Purificação de Maria, dita “Festa da Candelária”, em vez dos mitos pagãos celebrados a 25 de dezembro, 6 de janeiro ou 2 de fevereiro). Por fim, essas festividades pagãs do Carnaval ficaram apenas nos três dias que precedem a Quarta-feira de Cinzas.

A Igreja procurou também incentivar os Retiros espirituais e a “Adoração das Quarenta Horas” nos dias anteriores à Quarta-feira de cinzas. Hoje, graças a Deus, temos em todo o nosso país Encontros e Aprofundamentos religiosos.

Infelizmente, o Carnaval, sobretudo no Brasil, “descambou” para a dissolução dos costumes; nos bailes e nas Escolas de Samba predominam o nudismo e  toda espécie de erotismo. Esquece-se que os Mandamentos são a via da libertação e que o pecado é a escravidão da pessoa: “Não pecar contra a castidade” e “Não desejar a mulher do próximo” (cf. Ex 20,2-17; Dt 5,6-21).

É triste observar que o próprio Governo estimula esse desregramento com uma ampla distribuição de “camisinhas”, para que os foliões pequem à vontade sem perigo de contaminação. O Papa João Paulo II assim se expressou sobre a camisinha: “Além de que o uso de preservativos não é 100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual incompatível com a dignidade humana [...]. O uso da chamada camisinha acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo [...] O preservativo oferece uma falsa ideia de segurança e não preserva o fundamental” (PR, nº 429/1998, p. 80).
Nesta época vale recordar o que disse São Paulo: “Nem os impudicos, nem idólatras, nem adúlteros, nem depravados, nem de costumes infames, nem ladrões, nem cobiçosos, como também beberrões, difamadores ou gananciosos terão por herança o Reino de Deus (l Cor 6,9; Rm 1, 24-27)”. O Apóstolo condena também a prostituição (1 Cor 6,13s, 10,8; 2 Cor  12,21; Cl 3,5) e as paixões da carne tão vividas no Carnaval.

O sexo foi feito para o matrimônio e o matrimônio foi elevado à sua dignidade por Cristo (Mt 5,32). Jesus proclamou: “Bem-aventurados os puros, porque eles verão a Deus”. Disse São Paulo: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4). As consequências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: famílias destruídas; pais e mães (jovens) solteiros; filhos muitas vezes abandonados, ou em orfanatos, e hoje muitas crianças “órfãs de pais vivos”, como disse João Paulo II.

Por tudo isso o cristão deve aproveitar esses dias de folga para descansar, rezar, estar com a família e se preparar para o início da Quaresma na Quarta-feira de Cinzas. O cristão não precisa dessa alegria falsa das festas carnavalescas; pois o prazer é satisfação do corpo, mas a verdadeira alegria é a satisfação da alma, e esta é espiritual.
Fonte: Aleteia. Artig. Prof. Felipe Aquino.

Deixe-se levar pela força do meu amor


Sentimentos de angústia, dor, tristeza, solidão, falta de sentido: aprenda a entregar tudo a Jesus e alcance a paz




O Senhor vê cada pessoa e entra em contato com suas condições interiores mais profundas.

O Senhor sente com o nosso sentir. Por isso, é muito bom vincular-nos a Jesus não a partir de uma boa ideia ou reflexão, mas a partir de como o coração se encontra e como estamos. E escutar o Senhor, porque Ele também vem ao nosso encontro com sua palavra.

A alcança muito além do que podemos imaginar. Quando a nossa fé se torna forte, ela toca nossa oração, tudo aquilo por que clamamos e pedimos. Mas como se exercita a fé? Pelo caminho do diálogo com Deus, da escuta atenta a Ele, partindo de como você está, de como está seu coração.

Às vezes, quando os sentimentos de angústia, dor, tristeza, solidão e falta de sentido estão no coração, sentimos como se tivéssemos sido atropelados interiormente... Mas é justamente aqui que Jesus quer entrar e se fazer presente.

A força do mal nos leva por uma espécie de tobogã ensaboado, mas Jesus nos freia, leva-nos a outro lugar, para continuar caminhando. É o amor de Jesus que realiza estes milagres em nós, e a nossa fé amadurece à luz desse amor.

São Tomás de Aquino diz que a caridade é a forma da fé. O vínculo crente com o Senhor não nasce de uma ideia, ritual, doutrina, mas cresce pela caridade. É no vínculo de amor que acontece a proximidade com o Senhor.

Ele nos abraça em seu amor e ternura e nos vê como somos e como estamos. E nos ama assim. É esse amor que nos transforma e nos cura. Então, entregue suas angústias ao Senhor e permita que Ele ame você.

O Senhor acompanha você. É como se Ele parasse o mundo por um momento, porque você é o mundo dele, seu microcosmos. E Ele faz isso com cada um de nós. Entre a multidão, o Senhor presta atenção em você.

Uma das coisas que me chama a atenção é como o Papa Francisco caminha entre a multidão e se movimenta com muita soltura, com um sentir que ele é do povo e de que o povo lhe pertence.

E, enquanto ele está no meio de todo mundo, sempre acaba parando na frente de alguém e, nesse momento, parece que só essa pessoa existe no mundo. Pode ser uma criança, uma mulher, um padre, um amigo...

O amor de Deus é assim. É o Deus criador do universo, o Senhor da história, o feitor de tudo o que existe. E, entre tudo o que existe, Ele dirige o olhar aos seus anseios, seus fracassos, sua dor, suas alegrias, seu sentir.

Deus olha para o que você sente e lhe diz: “Ei, tenho algo para lhe dizer: deixe-se levar pelo meu amor!”.

(Via Oleada Joven)
sources: Oleada Joven
 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Você conhece um padre cheio de defeitos? Saiba o que fazer

Há soluções concretas e muito mais eficazes do que sair por aí falando mal dos sacerdotes

A young Catholic priest and nun_
 
É muito difícil agradar todo mundo.
 
Há pessoas que criticam o padre por causa de suas homilias; outros, por ele ser muito exigente; ou pelo seu jeito de realizar o trabalho pastoral ou administrar a paróquia. Definitivamente, todosacerdote é sinal de contradição.
 
Com relação às homilias, o problema para um padre é que, na mesma missa, há pessoas de todas as idades, de todas as condições socioeconômicas, de todos os níveis de formação. Como adequar a mensagem ao gosto de todos?
 
Indiferentemente de como o padre faça sua homilia, sempre haverá descontentamento entre os fiéis: uns porque a homilia é curta; outros porque é longa; outros porque é profunda demais; outros porque parece superficial; outros porque é fiel à doutrina da Igreja; outros porque é espiritual...
 
Qual é a solução? Dividir a paróquia por grupos, para que haja uma missa para crianças, outra para jovens, outra para adultos? No fundo, isso não é lógico, pois, indiferentemente dos grupos que forem formados, sempre haverá fiéis de outras idades.
 
Dividir os fiéis por grupos, para que haja uma missa para pessoas cultas, outra para pessoas menos cultas, outra para os pobres, outra para os ricos? Isso também não tem razão de ser, sob nenhum ponto de vista.
 
Há críticas de todos os tipos feitas aos sacerdotes:
 
- Se é bonito, deveria ter se casado; se é feio, coitado, foi por isso que virou padre.
 
- Se é sério, é porque está bravo; se sorri para todo mundo, quer ser o centro das atenções.
 
E assim por diante.
 
Indiferentemente do fato de as críticas serem fundadas ou infundadas, vale a pena recordar que os padres, apesar do seu jeito de ser e da sua história pessoal, querem encarnar o modelo de sacerdócio que Jesus propõe, como sumo e eterno Sacerdote. E pretendem exercer uma liderança ao estilo de Jesus, que não veio para condenar, mas para servir.
 
É uma pena que, na sociedade, e não só contra os sacerdotes, haja tantas críticas negativas e sobretudo generalizações.
 
Antes de criticar quem quer que seja, as pessoas precisam recordar o que Jesus disse: quem estiver livre de pecados, que atire a primeira pedra (Jo 8, 7). As críticas negativas crescem muito mais que as positivas.
 
Basta lembrar da história da Igreja. Os clérigos ou sacerdotes sempre sofreram muitos ataques, desde sempre, e assim será até o final.
 
Só que, na atualidade, é preciso acrescentar um ingrediente: a crescente apostasia (abandono público da fé), que torna mais cruéis ainda os ataques à Igreja e aos seus ministros.
 
As pessoas precisam ser conscientes de que os padres não têm um caminho fácil; independentemente de sua forma de ser, eles carregam uma missão pesada sobre os ombros, em prol da salvação do povo de Deus.
 
O trabalho é muito grande e os padres são tão poucos... E, ainda por cima, acabam sendo objeto da crítica de muitos, pois hoje é mais popular ser qualquer coisa, menos sacerdote.
 
É preciso recordar que eles fazem as coisas da melhor maneira possível, ou pelo menos fazem coisas que muitas outras pessoas não querem fazer.
 
Eles renunciam a ter filhos para poder ajudar outras pessoas a educar seus filhos.
 
Pedimos ajuda aos padres para melhorar nosso casamento, quando eles nem sequer recebem um alimento quente em casa ao chegar do trabalho.
 
Pedimos que ajudem a solucionar problemas alheios, quando humanamente às vezes nem conseguem solucionar os próprios.
 
Mesmo assim, eles se doam a nós.
 
Ainda por cima, as pessoas costumam sempre questionar o que um padre diz, mas acreditam piamente no que foi dito pelo apresentador de televisão mais famoso.
 
O erro fundamental de quem critica os sacerdotes ou que incentiva esta atitude de crítica é que se presta atenção na parte humana e não se vai além; não há uma firme convicção do que o padre representa e do que ele é: um humilde "distribuidor" das graças de Deus, em meio às suas fraquezas, que são comuns a todos nós.
É muito fácil criticar, e mais ainda seguir a onda de ataques.
 
Nos sacerdotes, há virtudes e defeitos, como em qualquer ser humano, com a grande diferença de que eles atenderam generosamente um chamado superior, respondendo a uma vocação especial que exige renúncias, uma luta interior séria e anos de preparação.
 
São pessoas preparadas, e às vezes muito preparadas. Se compararmos o sacerdócio a qualquer outra profissão, penso que pouquíssimas delas requerem toda a preparação que o sacerdócio exige.
 
Eles, os padres, não se formam da noite para o dia. Da grande maioria dos padres que conheço, tenho pessoalmente uma impressão positiva, como deve ser, mesmo vendo coisas que não deveriam acontecer, mas que, felizmente, são poucas e sem transcendência.
 
Como tudo nesta vida, é preciso colocar na balança nossas ações e depois as dos outros. É preciso ser misericordiosos com os padres, pois eles são assim com os fiéis.
 
Recordemos sempre que os sacerdotes são seres humanos escolhidos por Deus para ser nossos pastores. Portanto, tomemos cuidado para não lançar ataques contra eles, com ou sem sentido.
 
Mas, se queremos fazer algo para ajudá-los, oremos por eles e colaboremos com seu ministério.
 
Se um fiel objetivamente não está contente com seu pároco ou com algum padre em concreto, se tem alguma reclamação a fazer, pode se dirigir ao respectivo bispo para que tal padre receba a ajuda necessária, se for preciso.
 
Mas não é correto sair por aí falando mal do padre. Isso não vai resolver nada.
 
Não me canso de dizer que, ao invés de criticá-los, precisamos orar por eles, poque eles são os que estão mais em risco de cair na fraqueza. Oremos pela sua salvação e pela sua santificação.
 
Demos graças a Deus que, por meio dos seus sacerdotes, nos dá suas graças nos sacramentos que eles administram.
 
Por que você é tão duro com seu sacerdote?
 
Como você gostaria que ele fosse?
 
Você acha que, se o padre fosse como você, ele faria as coisas de um jeito melhor?
 
Lembre-se, querido irmão, que o padre é feito do mesmo barro que você, um vivo exemplo de virtudes e defeitos.
 
Peça a Deus que o padre que está mais perto de você não seja como você quer, e sim como Deus e a Igreja precisam.
 
Aliás, você sabia que pode ajudar mais um padre rezando por ele do que criticando sua pessoa? Você reza pelo padre que não lhe agrada?
Fonte: Aleteia