quarta-feira, 22 de outubro de 2014


Paróquia Imaculada Auxiliadora encerra escola catequética

Tendo como objetivo capacitar os catequistas para atuar nas comunidades da Paróquia Imaculada  Auxiliadora de Porto Barreiro, concluímos em 08 de outubro de 2014, a Escola Bíblico-Catequética Paroquial, iniciada em 12 de junho de 2013, da qual participaram 63 catequistas.
    Respondendo os apelos de DA n° 14 de: "Mostrar a capacidade da igreja de formar discípulos que
respondam a vocação recebida..." e diante da realidade hoje, tanto da igreja como de mundo, aceitamos o desafio de fazer acontecer a Escola Catequética, não para buscar novos métodos de
catequizar, mas para provocar uma mudança de mentalidade, colocando nos corações dos catequistas o jeito de pensar, de agir e de amar de Jesus, formando verdadeiros discípulos.
    Leonilda Lago, coordenou a Escola Bíblico-Catequética: " Fizemos uma bonita caminhada. Tivemos dificuldades e desafios, porém, com um trabalho integrado entre catequistas, formadores e pároco, vencemos. A semente foi lançada, agora cabe a cada um faze-la germinar e cultiva-la. A colheita cabe ao Divino Agricultor."
    Como os discípulos de Emaús que durante a caminhada com Jesus foram aprendendo com ele e o
reconheceram ao partir o pão e saíram para anunciar, os catequistas que concluíram este processo de formação são os protagonistas da divulgação deste trabalho tão rico e importante, de levar Jesus, seu amor e sua misericórdia, de acordo com a teologia da igreja, mas com modo envolvente aos seus destinatários.
    CATEQUISTA amor traduzido em ações, com a VOCAÇÃO sou chamado a servir, sou DISCÍPULO devo aprender com Jesus. Sendo assim, sou enviado pela Igreja em MISSÃO e devo formar COMUNIDADE FRATERNA.
    Confiantes, seguimos  com a luz do Cristo Ressuscitado que sempre caminha conosco.    
                                                                                                                                                                                  Pascom Paroquial

Faz sentido abrir a Bíblia aleatoriamente para encontrar respostas?


Não se corre o risco de tratar o texto sagrado como se fosse um livro mágico?

Costumo abrir aleatoriamente uma página da Bíblia para buscar consolo e indicações concretas sobre as escolhas da minha vida, mas nem sempre encontro as respostas que procuro.
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Essas palavras me fizeram lembrar o livro “O poder e a glória”, de Graham Greene. A história, ambientada no México durante as perseguições anticlericais, tem como protagonista um sacerdote bêbado, que no final cria coragem para comportar-se como um herói.

Certo dia, esse sacerdote encontrou uma Bíblia em uma casa e, dentro dela, uma folha com as passagens para ler nos momentos tristes, alegres, em caso de necessidade etc. Ele ficou perplexo diante deste uso da Bíblia.

Eu também não sou da ideia de abrir o texto sagrado para encontrar uma resposta imediata para as próprias necessidades.

Pior ainda quando se escolhe uma página aleatoriamente, porque neste caso se corre o risco de tentar o Senhor. A Bíblia não é um livro mágico, mas contém a revelação de Deus aos homens. Uma revelação progressiva, dentro de uma história, que culmina em Cristo, morto e ressuscitado por nós.

A Bíblia nos apresenta a história da salvação, a relação de amor entre Deus e o seu povo. Voltar a ler, de vez em quando, uma passagem desta história, inclusive aleatoriamente, é algo bom, mas precisa ser feito com fé, sem implicações supersticiosas.

A leitura precisa, além disso, ser acompanhada pela oração e feita em comunhão com a Igreja, pedindo, em caso de necessidade, a ajuda do pároco ou de uma pessoa especialista.

O Papa Francisco já falou de um esquema para ler a Bíblia em um ano. Na Escritura, é o próprio Deus quem dialoga conosco. Isso acontece sobretudo na liturgia. Por isso é que existem lugares que publicam o Evangelho de cada dia com um breve comentário. Para que, ao compreender a Palavra de Deus, possamos colocá-la em prática.
Fonte: Aleteia

Seja agradecido com Deus!


Faça um teste: desligue a televisão, o computador, o celular... Faça uma pausa no seu dia e contemple o céu

Eu gosto de escrever, sobretudo sobre as minhas vivências com Jesus. Esta manhã, estive retocando um livro que poderia ser uma resposta a muitas inquietudes. Estava por terminar, quando uma prima da minha esposa me enviou um vídeo que me encantou.

Era sobre o sentido da vida e sobre quão pouco admiramos a criação. Mostrava o quanto perdermos ao não observar a realidade ao nosso redor e perceber que tudo é um presente que nos é dado.

Lembro-me de uma vez em que estava com minha esposa e meus filhos passeando pelo interior do país. Às vezes, parávamos à noite, no meio do nada, naquela estrada escura e silenciosa, para admirar o céu e as estrelas. Que espetáculo! Quantas vezes esquecemos de quão incrível e belo é o firmamento.

Vivemos embebidos, absortos em nossas coisas, e esquecemos que a vida é um presente, um dom que nos é dado.

Faça um teste: experimente desligar a televisão, o computador, o celular... Deixe tudo de lado por alguns instantes, saia de casa e contemple o firmamento. Não é maravilhoso tudo o que nos cerca? Você já havia percebido quão belo é?

Pela manhã, antes de ir ao trabalho, olhe com curiosidade ao seu redor. Observe as cores de uma flor, o movimento do gramado, a sombra das árvores...

Estas maravilhas fazem que brote em nós uma palavra esquecida em nossa época: “gratidão”.

Usei esta palavra poucas vezes em meus livros. Quase não pensei nela.

Está acima dos nossos interesses e dificuldades. A gratidão nos engrandece, nos mostra que há outras coisas importantes neste mundo.

Quero cultivar esta palavra, ser agradecido com Deus. Cada manhã, quando levanto, penso nisso. Com certeza, o bom Deus espera de nós um pouco de gratidão, como o leproso que voltou para agradecer Jesus por tê-lo curado. Quero ser como esse homem e agradecer a Deus por tudo o que me deu.

Adoro ler livros sobre a vida dos santos. Sempre aprendo algo novo deles: sua fé, sua confiança, a vida de oração que tiveram, como conseguiram caminhar na presença de Deus... Fico emocionado com suas últimas palavras, aquelas que nos deixaram antes de partir para o Paraíso.

Santa Clara é uma das que mais me marcou. Ela incentivava as irmãs em seus últimos momentos: “Filhinhas minhas, louvem Deus”, dizia.

Com profunda paz, brotou dos seus lábios esta oração, que podemos repetir: “Obrigado, Senhor, por ter me criado!”.

Fonte: Aleteia
 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Escutar Deus em meio ao barulho e às limitações cotidianas



Nosso nome, pronunciado por Jesus, está escrito em tudo o que nos rodeia

É difícil escutar a voz de Deus em nosso coração e descobrir seus desejos, a missão que Ele nos confiou. O Espírito Santo fala no silêncio e nós não o ouvimos, porque parece haver barulho demais.

Você conhece a lenda do monge e do templo na ilha? Disseram ao monge que os sinos mais belos era ouvidos nessa ilha, mas que, com o passar dos séculos, a ilha havia afundado no mar e, com ela, o templo e seus sinos. Uma antiga tradição afirmava que os sinos continuavam tocando sem cessar e que qualquer um que prestasse muita atenção poderia ouvi-los.

O único desejo do monge era ouvir esses sinos. E ele ficou sentado durante dias na beira do mar, diante do lugar em que o templo havia existido, e tentava ouvir com toda a atenção. Mas só escutava o barulho das ondas ao bater nas pedras. Ele fez todo o esforço possível para afastar de si o barulho das ondas, com o fim de ouvir os sinos. Mas foi em vão: o mar parecia inundar o universo.

Um dia, desanimado, desistiu da sua ideia, acreditando não ser um dos seres afortunados a quem era dado o dom de ouvir os sinos. Em seu último dia no local, ele apenas deitou na areia, contemplando o céu e ouvindo o som do mar. Naquele dia, ele não opôs resistência ao som do mar, apenas se entregou, e descobriu que o som das ondas era realmente doce e agradável. E foi ficando absorto naquele som, até seu coração ficar em silêncio profundo. E, em meio àquele silêncio, ele ouviu! Primeiro um sino, depois outro, outro e outro. E todos e cada um dos mil sinos do templo, que formavam uma gloriosa harmonia. Seu coração transbordou de assombro e alegria.

Sonhamos com ouvir a voz de Deus, buscamos o silêncio e nos retiramos do mundo. Não o encontramos. Os barulhos da vida nos incomodam e queremos evita-los. Queremos fazer silêncio, mas não conseguimos, porque continuam os barulhos, as vozes, os gritos. Não há silêncio em nosso interior e no mundo que nos cerca.

A história dos sinos no mar nos ensina a orar sem desprezar o mundo que nos rodeia, sem querer fugir dele. Quando aprendermos a ouvir nossa alma cheia de barulho, as ondas do nosso interior, o mar dos que estão ao nosso lado, a vida com sua falta de paz, esse dia cheio de atividades, então conseguiremos escutar os sinos de Deus.

Quantas vezes não vemos Deus no cotidiano! Não sabemos onde Ele está, nem o que quer de nós. Onde está nessa dor que sentimos, na rotina, em nossa família ou na tempestade do nosso coração. Ou diante de uma decisão difícil, de um fracasso.

Gostaríamos de ver o céu se abrindo e Deus dizendo “Sou eu, estou aqui”. Mas Ele fala de outra forma, às vezes apenas sussurra. Se começarmos a ver nossa vida e tudo o que os cerca com os olhos de Deus, descobriremos o melhor caminho para ouvi-lo.

Às vezes, essa voz de Deus são as pessoas que passam pela nossa vida. Aí podemos escutar Deus. Não andando na ponta dos pés sobre a vida, mas segurando-a entre as mãos. Não queremos abstrair-nos de todos os barulhos do mundo, mas colocando nosso coração ali, na realidade em que Deus nos fala.

No meio dos nossos barulhos, é possível ouvir a voz de Deus pronunciando nosso nome, dizendo-nos o quanto nos ama. Sim, nosso nome está escrito em tudo o que nos cerca, pronunciado por Jesus. E o nome de Jesus também está presente em todas as realidades, mas às vezes nós o pronunciamos timidamente.

É preciso amar o mundo no qual Cristo se fez carne. Aí mesmo, entre as pessoas, na falta de amor e paz, pois aí nasce o eterno. Aí começa a fronteira da eternidade. Aí entendemos o sentido da nossa vida, e os sinos de Deus começam a tocar na nossa alma. Sua voz é doce e clara.

Escutemos o que Deus nos fala a cada dia e sigamos o caminho que Ele nos mostra.

Fonte: Aleteia

Sei quem sou eu e por que estou aqui?


Vale a pena dedicar a vida a descobrir e vivenciar este tesouro único que Deus colocou na sua alma com uma missão particular


Deus sempre entra na nossa vida para lhe dar sentido. Ele chega, com amor e respeito, e nos pergunta com os olhos abertos, expectante, enamorado: “O que você busca no mais profundo? O que lhe faz sofrer?”.

São as perguntas que Jesus nos faz na vida. Perguntas que procuram dar nome à nossa sede mais autêntica.

Tantas vezes buscamos na escuridão, lutando por achar respostas: quem sou eu? Qual é a minha missão? Estas são as perguntas mais importantes no caminho.

A sede que temos, a verdadeira sede, a mais profunda, a que está gravada na alma, tem a ver com o que somos e com o que podemos chegar a ser, com o que descobrimos e com o que não conseguimos desvelar, com os passos já dados e os caminhos que ainda faltam por percorrer.

Sim, nossa sede tem a ver com o que somos, com a imagem de Deus gravada na alma.

Jesus nos revela sua identidade. Ele os diz que Deus é esse pai cheio de amor, que quer fazer uma festa para o seu filho. O pai, repleto de alegria, que quer compartilhar seu amor com muitos. E nos convida a uma festa.

Muitos não entenderam as palavras de Jesus. Muitos não souberam de que festa Ele falava, de que filho, de que pai. Mas Jesus sabia quem era. Era o noivo, era o filho. O motivo da alegria, o próprio lugar da festa.

Jesus é o rosto do Pai, o sonho do Pai, a alegria do Pai. Jesus é a própria festa do encontro.

Cristo nos mostra quem é e qual é sua missão, o mais próprio dele, seu ideal pessoal. Seu nome, esse nome inscrito no coração do Pai. E eu? Sei quem sou eu? Sei qual é o meu nome, minha missão?

Vale a pena dedicar a vida a descobrir esse tesouro único que Deus colocou na minha alma, isso que me torna diferente de todos, esse nome que Deus pronuncia toda manhã e repete toda noite, que carrega uma missão particular. Esse dom pelo qual quer fazer uma festa e convidar todos.

Sim, eu também sou esse filho. Sou o motivo da festa. Deus quer fazer uma festa por mim. Ele se alegra com a minha vida e canta feliz. Acolhe a minha dor e faz uma festa. Esse dom que eu recebi é uma tarefa. Meu ideal pessoal. Meu lugar. Meu carisma, meu talento. O nome da minha sede.

Jesus descobriu quem era orando com seu Pai, observando o que o movia, seus sonhos, sua sede, o que o fazia sofrer, seu impulso por curar, tocar o coração de toda pessoa, perdoar.

Jesus teve sede. Viveu aguardando o “sim” do homem. Dos seus discípulos, dos doentes curados, dos seus amigos, da sua família. Tinha sede de amor. Sede de estar com os seus. Sede ao ver tantas pessoas perdidas, distantes, indolentes diante de um convite a viver.

Sede desse “sim” que chegou muitas vezes e desse “sim” que talvez nunca chegará. Sua sede de amar cada um, de dar a vida, de ser água para os sedentos e repouso para os cansados, mar e lago, pausa e caminho.

Jesus descobriu seu lugar junto ao Pai. Em uma festa, em uma vinha. Sua missão de entregar-se totalmente por nós.
Fonte: Aleteia

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Eu tinha um cachorro preto, seu nome era depressão. [LEGENDADO]


Um divorciado pode ser catequista?
 
Os divorciados não devem ser excluídos da vida paroquial: seu papel nela se concretiza em diálogo com o sacerdote.

Papa Francisco deixou claro que a doutrina da Igreja continua sendo a mesma, mas pediu uma mudança no enfoque pastoral, que consistiria em deixar de insistir nos temas polêmicos, para dar espaço à pregação da misericórdia de Deus.
O núcleo do problema consiste em reduzir a atenção pastoral aos fiéis divorciados a que possam receber a comunhão sacramental, esquecendo que existem outras formas de comunhão com Deus, porque continuam dentro da Igreja e podem continuar também praticando a fé. A união com Deus é alcançada quando o crente se dirige a Ele com fé, esperança e amor, no arrependimento e na oração.
Toda a Igreja, como boa mãe, sempre expressou sua preocupação pela situação dos católicos divorciados, alguns dos quais, erroneamente, se sentem excluídos da Igreja. Mas Deus, por meio da Igreja, os convida a aproximar-se.Os divorciados precisam recordar que são membros da Igreja, e seria um grave erro, por parte de uns e outros, confundir o fato de não poder comungar com estar excomungados. São duas coisas muito diferentes. Os divorciados não estão excomungados, pois continuam em plena comunhão com a Igreja; portanto, são convidados a não se autoexcluir, a reforçar esta união com ela e, nela, com Deus, recordando que a Igreja é o corpo místico de Cristo, do qual somos parte graças ao Batismo.
Há muitas maneiras de viver e concretizar esta comunhão com Deus e com sua Igreja; portanto, seria um gesto reducionista e irresponsável enfocar o tema única e exclusivamente partindo da perspectiva da possibilidade de que os divorciados possam ou não receber o sacramento da Eucaristia.
 Para a Igreja, a situação dos divorciados que voltaram a se casar civilmente é um verdadeiro desafio pastoral. E a atenção pastoral a estas pessoas não está na mudança de doutrina ou em uma mudança de práxis, mas na necessidade de ir ao encontro dessas pessoas que estão em uma situação muitas vezes de grande sofrimento, na qual não podemos abandoná-las.
Portanto, é preciso levar em consideração dois aspectos fundamentais: por um lado, as razões bíblicas, patrísticas e históricas que pedem que os fiéis divorciados não recebam os sacramentos; por outro, estão os ensinamentos dos papas, eu indicam expressamente que estes crentes podem e devem continuar unidos à Igreja.
Por exemplo, João Paulo II, na “Familiaris consortio” (n. 84), indica que eles pertencem à Igreja, têm direito à atenção pastoral e devem fazer parte da vida da Igreja. Depois, Bento XVI, na “Sacramentum caritatis”, exorta os bispos e padres e dedicar uma atenção especial aos divorciados, buscando que cultivem um estilo de vida cristã mediante a participação da missa (ainda que sem comungar), a escuta da Palavra de Deus, a adoração eucarística, a oração, a participação na vida comunitária, o diálogo com um sacerdote de confiança ou diretor espiritual, a entrega a obras de caridade e penitência e a tarefa de educar os filhos.

A pastoral é a forma de levar a doutrina à prática. A doutrina, que é uma aplicação da palavra divina, não é uma armadura que impede a vida ou a ação pastoral; ela é o esqueleto da vida cristã. Portanto, não teria sentido conceber uma pastoral negando a doutrina, pois quem busca soluções pastorais contra ela está criando novos e maiores problemas pastorais.
Quando se pensa no tema da comunhão dos divorciados novamente casados e/ou sua relação com a Igreja e com Deus, muitas vezes se misturam várias questões, algumas doutrinais e outras pastorais intrinsecamente relacionadas. É um erro apresentar a questão em termos antagônicos, como se a misericórdia ou a pastoral fossem em uma direção e a justiça e a doutrina, em outra antagônica.
divorciados têm um lugar e um papel na Igreja, mesmo aqueles que não podem receber a comunhão. A comunhão eucarística é importante, mas não é a única forma de participar da vida da Igreja ou da vida de Deus.
Como todos os fiéis, eles podem e podem orar, ir à missa, rezar o terço, educar cristãmente os filhos, levá-los à catequese, participar de grupos de oração, de formação, de ajuda social, catequese etc.
Estas últimas ações, ou seja, ter um papel na vida de paróquia, se concretizam como fruto de um diálogo com o sacerdote, com o pároco.
Ao nos ocuparmos dos divorciados, precisamos fazê-lo no contexto de todos os fiéis e da realidade da situação de cada um. Não podemos nos esquecer, por exemplo, dos muitos cônjuges que, uma vez separados em seu casamento, permaneceram fiéis ao vínculo conjugal. Ninguém se atreveria a dizer que eles foram vítimas da doutrina, nem que deveriam buscar alguém com quem refazer sua vida.
Penso que a aproximação dos divorciados a Deus tem de passar por um acompanhamento personalizado por parte do bispo ou sacerdote a uma pessoa concreta desejosa de aproximar-se de Deus; acompanhamento que, em cada caso, supõe um caminho diferente, independentemente de quem tiver a iniciativa.
Se a pessoa é dócil e quer realmente amar a Deus sobre todas as coisas, colocará os meios e tudo da sua parte. Se é assim, uma vez recebida validamente a absolvição sacramental, não haveria inconveniente em receber a comunhão eucarística.
Se, em determinada comunidade paroquial, a recepção destes sacramentos pudesse ser causa de confusão ou escândalo, seja pela notoriedade do caso ou por outro motivo, a prudência pastoral pode indicar a conveniência da recepção privada de tais sacramentos.
Fonte: Aleteia


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

RETIRO DECANAL DE CASAIS
 
       
              A Paróquia Imaculada Auxiliadora sediou nos dias 20 e 21 de setembro, o retiro de casais do Decanato de Laranjeiras do Sul.
Este contou com a presença de 23 casais participantes. A organização do retiro ficou sob responsabilidade da Pastoral Familiar
de Porto Barreiro que contou com a ajuda de Laranjeiras do Sul e Rio Bonito do Iguaçu, contou também com a equipe de retiro 
diocesana de Guarapuava, que trouxe seu total apoio e motivação, pode contar com a presença e as orações do Padre Fernando
Antonio Stasiak Pároco da comunidade católica de Porto Barreiro e Valdecir Badzinski assessor da Pastoral Familiar.
       Segundo João e Eliane Marcolin coordenadores da pastoral da Paróquia Imaculada Auxiliadora, o retiro é o encontro com
 Deus e consigo mesmo, renovando sua fé e valorizando a família.
        No dia 30 de setembro aconteceu o pós retiro, onde 20 casais voltaram animados, agradecidos e compartilharam as bonitas
experiências vividas.
 
Fonte: Pascom Paroquial

Acompanhar a missa pela televisão vale como missa dominical?


Os especialistas respondem à pergunta de um leitor

Pergunta: 
idoso que, apesar de ser autossuficiente e capaz de sair de casa, tem medo de arriscar sua saúde no inverno e, por isso, acompanha a santa missa dominical pela televisão. Ele cumpre o preceito dominical?

Resposta de Gilberto Aranci, professor de Teologia Pastoral:

A resposta precisa pelo menos de duas premissas gerais: uma litúrgica e outra moral.

Segundo a liturgia cristã, o culto prestado a Deus é principalmente comunitário (liturgia = culto do povo) e enriquece a participação pessoal. Sempre é assim a celebração da Eucaristia: toda a assembleia participa (não apenas assiste) da celebração eucarística presidida pelo sacerdote e, junto dele, exerce o sacerdócio comum unindo a oferenda de si à de Cristo, feita de uma vez para sempre.

Como consequência – eis aqui o aspecto moral – o preceito festivo da missa não pode ser cumprido sem a participação pessoal da Eucaristia dominical. Além disso, leva-se em consideração o outro princípio moral segundo o qual ninguém é obrigado a cumprir atos “impossíveis”.

Por isso, quem, por sérios ou graves motivos, está impedido ou impossibilitado não está sujeito ao
O caso é de um
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preceito: por exemplo, quem está doente ou é idoso, ou quem está particularmente longe do lugar da celebração dominical, ou onde, por falta de padres, a missa não é celebrada etc.

Tendo estas premissas, torna-se clara a resposta à pergunta sobre o caso particular: não se cumpre o preceito nunca escutando ou assistindo à transmissão radiofônica ou televisiva da missa; mas se pode afirmar simplesmente que, neste determinado caso, a pessoa, por motivos de saúde ou idade, não está sujeita ao preceito.

Resta, no entanto, considerar a ajuda e o significado espiritual que a transmissão televisiva da missa pode dar às pessoas impossibilitadas de participar pessoalmente da celebração dominical. São esclarecedoras as palavras que, em vários momentos, os bispos italianos expressaram com relação a isso. Um dos trechos diz:

“A missa pela televisão é frequentemente vivida com participação e devoção por parte do doente, do idoso ou de quem se encontra na impossibilidade de assistir pessoalmente na Igreja. E, precisamente a estes últimos, ela pode oferecer um serviço espiritual bastante útil. Mais ainda: é sobretudo nesta categoria de pessoas que será preciso pensar na participação dessas missas, na homilia, nas intenções da oração universal.

Quem está impedido, por motivos sérios, não está sujeito ao preceito. Por outro lado, a participação da missa pelo rádio ou pela televisão nunca satisfaz o preceito. No entanto, é evidente que uma missa pela televisão ou no rádio, que de forma alguma substitui a participação direta e pessoal da assembleia eucarística, tem seus aspectos positivos: a palavra de Deus é proclamada e comentada “ao vivo” e pode incentivar a oração; o doente e o idoso podem se unir espiritualmente à comunidade que, nesse momento celebra o rito eucarístico; a oração universal pode ser compartilhada e participada.

Falta certamente a presença física, mas a impossibilidade de levar uma oferenda ao altar não exclui a de fazer da própria vida (doença, fraqueza, lembranças, esperanças, temores) uma oferenda para unir à de Cristo. E a impossibilidade de se aproximar do baquete eucarístico pode ser hoje superada, em muitos casos, pelo pontual serviço dos ministros extraordinários da comunhão.” (Il giorno del Signore, 1984).

Mais ainda, a vinte anos de distância: “Pela natureza e pelas exigências do ato sacramental, não é possível equiparar a participação direta e real (da missa) com a midiática e virtual, por meio de instrumentos da comunicação social.

Ainda que represente uma forma bastante válida de ajuda na oração, sobretudo para quem está doente ou impossibilitado de estar presente, dado que oferece a possibilidade de se unir a uma celebração eucarística no momento em que esta é levada a cabo em um lugar sagrado, é preciso evitar qualquer equiparação” (Comunicaziones e Missione. Direttorio sulle comunicazione social nella missione dela Chiesa, 2004, n. 64).

(Artigo publicado originalmente por Toscana Oggi)

Idosos morrem de mãos dadas após 65 anos de casamento


Com 89 anos, seu Italvino deixava o mundo às 15h; dona Diva, 80, esperou mais 40 minutos

Companheiros por 65 primaveras, os idosos Italvino Possa e Diva Alves Oliveira deixaram esta vida juntos na última sexta-feira, dia 3, em um hospital da capital gaúcha. Ele sofria de leucemia há um ano; ela descobriu um câncer de bexiga no último mês de abril.

Dona Diva estava internada desde que encontrou sua doença. Seu Italvino frequentava periodicamente o hospital para receber transfusões de sangue, no entanto, recusava-se a ficar internado. Ele não perdia a esperança de que a parceira ainda pudesse voltar para casa.

Quando descobriu que o marido estava doente, a idosa ficou sem saber o que fazer. Ele cuidava de várias tarefas da casa e acordava mais cedo para preparar o chimarrão da companheira. As brigas também eram comuns.

Na véspera da despedida, o marido acordou desesperado e chamou a esposa durante toda a madrugada. Ele teve que ser internado para cuidar de uma hemorragia. Os dois foram colocados no mesmo quarto e tiveram suas camas encostadas.

Com 89 anos, seu Italvino deixava o mundo às 15h; dona Diva, 80, esperou mais 40 minutos, o necessário para que ela pudesse se despedir da família. Eles partiram de mãos dadas. Ao longo de todo esse tempo de estrada, o casal teve 10 filhos, 14 netos, seis bisnetos e uma bela história de amor.
Fonte: Aleteia

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Outubro mês do Rosário


Na repetição das orações do Pai Nosso, das Aves Marias e do Glória ao Pai vai criando em nossa mente o filme da vida de Cristo.

 

Outubro, o mês das Missões, é o mês em que somos convidados a refletir sobre a atualidade do Santo Rosário em nossa vida cristã. Por isso mesmo, neste mês devemos reforçar a nossa devoção mariana empreendendo a Oração do Rosário em família, em grupos de orações, nos setores pastorais, nas comunidades e nas paróquias. Essa devoção contemplativa faz-nos meditar sobre os mistérios de nossa redenção. É uma oportunidade de chegar às pessoas em todos os lugares e começar ali um grupo católico, embrião de uma futura pequena comunidade. Neste tempo em que tanto falamos de Paróquia como comunidade de comunidades, uma das formas de iniciarmos uma comunidade é através da oração. É claro que os grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros tipos de reuniões e celebrações também formam as futuras comunidades, que farão parte da paróquia presente em todo o seu território. São oportunidades que nos ajudam a viver o trabalho pastoral. Mas a Oração do Rosário também precede as celebrações eucarísticas, acompanha-nos nas viagens, nos tempos de reflexão, andando pelos caminhos, nos momentos de alegria ou aflição, fazendo-nos próximos do Senhor que nos conduz e ilumina nossas vidas.

Na Carta Apostólica sobre o “Rosário da Virgem Maria”, o Papa João Paulo II nos ensina que: "O Rosário, de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor" (cf. RVM, n. 1). Com isso vemos que essa oração devocional sustentou durante muito tempo a vida cristã católica de nosso povo num passado não muito distante.

João Paulo II nos incentivava a reza do Rosário cotidianamente pelo "fato de este constituir um meio validíssimo para favorecer entre os crentes aquele compromisso de contemplação do mistério cristão que ele propôs na Carta apostólica Novo millennio ineunte como verdadeira e própria pedagogia da santidade: 'Há necessidade dum cristianismo que se destaque principalmente pela ‘arte da oração'. Enquanto que na cultura contemporânea, mesmo entre tantas contradições, emerge uma nova exigência de espiritualidade, é extremamente urgente que as nossas comunidades cristãs se tornem 'autênticas escolas de oração'. O Rosário situa-se na melhor e mais garantida tradição da contemplação cristã. Desenvolvido no Ocidente, é oração tipicamente meditativa e corresponde, de certo modo, à 'oração do coração' ou 'oração de Jesus' germinada no húmus do Oriente cristão" (cf. RVM, n. 5).

O Papa disse que o Rosário é o compêndio dos Santos Evangelhos: o Rosário é um dos percursos tradicionais da oração cristã aplicada à contemplação do rosto de Cristo. Paulo VI assim o descreveu: 'Oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora, o Rosário é, por isso mesmo, uma prece de orientação profundamente cristológica. Na verdade, o seu elemento mais característico – a repetição litânica do 'Alegra-te, Maria' – torna-se também ele louvor incessante a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da saudação da mãe do Baptista: 'Bendito o fruto do teu ventre' (Lc 1, 42). “Diremos mais ainda: a repetição da Ave Maria constitui a urdidura sobre a qual se desenrola a contemplação dos mistérios; aquele Jesus que cada Ave Maria relembra é o mesmo que a sucessão dos mistérios propõe, uma e outra vez, como Filho de Deus e da Virgem Santíssima" (cf. RVM, n. 18).

O Rosário é composto de quatro mistérios: gozosos, dolorosos, gloriosos e da luz. Os mistérios da luz foram acrescidos pelo Papa João Paulo II. Ensina o futuro santo que: "Passando da infância e da vida de Nazaré à vida pública de Jesus, a contemplação leva-nos aos mistérios que se podem chamar, por especial título, 'mistérios da luz'. Na verdade, todo o mistério de Cristo é luz. Ele é a 'luz do mundo' (Jo8, 12). Mas esta dimensão emerge particularmente nos anos da vida pública, quando Ele anuncia o evangelho do Reino. Querendo indicar à comunidade cristã cinco momentos significativos – mistérios luminosos – desta fase da vida de Cristo: 1o no seu Batismo no Jordão, 2o na sua auto-revelação nas bodas de Caná, 3o no seu anúncio do Reino de Deus com o convite à conversão, 4o na sua Transfiguração e, enfim, 5o na instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal".

O Santo Rosário "coloca-se ao serviço deste ideal, oferecendo o “segredo” para se abrir mais facilmente a um conhecimento profundo e empenhado de Cristo. Digamos que é o caminho de Maria. É o caminho do exemplo da Virgem de Nazaré, mulher de fé, de silêncio e de escuta. É, ao mesmo tempo, o caminho de uma devoção mariana animada pela certeza da relação indivisível que liga Cristo à sua Mãe Santíssima: os mistérios de Cristo são também, de certo modo, os mistérios da Mãe, mesmo quando não está diretamente envolvida, pelo fato de Ela viver d'Ele e para Ele. Na Ave Maria, apropriando-nos das palavras do Arcanjo Gabriel e de Santa Isabel, sentimo-nos levados a procurar sempre em Maria, nos seus braços e no seu coração, o 'fruto bendito do seu ventre' (cf. Lc 1, 42) “(cf. RVM 24).

Vivemos no dia a dia da correria, de uma sociedade desorientada, infelizmente, em tempos tortuosos e agitados. O mundo parece estar cansado. A Virgem Maria continua cantando em nossos corações: "Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes" (Lc 1,52-53). Entre um mistério e outro repetimos: "Jesus, socorrei principalmente os que mais precisarem". Por isso, na cidade, ou no campo – religiosos, leigos, bispos, padres, até o Papa – todos têm uma simpatia especial pelo “Terço”, rezado por toda a Igreja, que encontra nele uma maneira prática de estar com Deus. Aqui, os grupos do “terço dos homens” se multiplicam. Agora também com o “terço das mulheres”, além dos vários grupos de espiritualidades marianas. O evento arquidiocesano “Senhora do Rosário” quis reunir em nossa catedral, para uma Oração do Terço, todos os grupos que se empenham comunitariamente em rezá-lo.

Portanto, movido pelo entusiasmo da JMJ Rio 2013, convido particularmente os jovens, que já sabem rezar o Rosário, que ensinem esta devoção aos outros jovens ou aos seus companheiros e amigos que ainda não experimentaram a riqueza desta oração mariana. Na repetição das orações do Pai Nosso, das Aves Marias e do Glória ao Pai vai criando em nossa mente o filme da vida de Cristo. Assim, rezando o terço, iremos crescer sempre na maior intimidade com a vida do Cristo Redentor.

Que Nossa Senhora do Rosário nos ajude a redescobrir a beleza e a atualidade do Santo Rosário. E peço a todos: rezem nas intenções da igreja, do santo padre, e também por mim e pela nossa Arquidiocese!
Fonte: Aleteia

Na comunidade cristã, precisamos dos dons de todos, afirma Papa Francisco


Na catequese de hoje, o Papa Francisco recordou Santa Teresinha: foi na oração que descobriu que seu carisma é o amor

Os carismas na Igreja foram o tema da Audiência Geral desta quarta-feira.

Prosseguindo sua série de catequeses sobre a Igreja, o Papa Francisco falou dos dons que o Espírito Santo lhe oferece para a sua caminhada na história. Na linguagem comum, quando se fala de “carisma”, se entende um talento, uma habilidade natural. Mas na perspectiva cristã, assume outra conotação que vai além de uma qualidade pessoal. 

O carisma é uma graça, um dom dispensado por Deus Pai, através da ação do Espirito Santo, para que seja colocado a serviço de todos. De fato, é no seio da comunidade que alguém pode reconhecer os carismas que tem. E Francisco brincou com a multidão, dizendo que uma pessoa não pode achar que tem o dom de cantar. São os outros que têm que reconhecer este carisma.

Mas é importante se questionar: “Há qualquer carisma que o Senhor fez nascer em mim e que os meus irmãos, na comunidade cristã, reconheceram e encorajaram? E como me comporto em relação a este dom: com generosidade ou como motivo de orgulho?”

Todavia, acrescentou o Papa, a mais bela experiência é descobrir a diversidade e a multiplicidade de carismas na Igreja, pois todos são um dom do Pai à comunidade para que esta cresça harmoniosamente como um só corpo: o corpo de Cristo. “Ai de nós se fizermos de tais dons motivo de inveja ou de divisão!”, advertiu.

Como nos recorda São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios, todos os carismas são importantes aos olhos de Deus e ninguém é insubstituível; isto quer dizer que, na comunidade cristã, precisamos uns dos outros e cada dom recebido só se realiza plenamente quando é partilhado com os irmãos para o bem de todos. “Quando a Igreja se expressa em comunhão, não pode errar”, disse o Papa.

Por fim, o Pontífice recordou que hoje celebramos Santa Teresinha do Menino Jesus, que morreu aos 24 anos. “Ela queria ter todos os carismas”, disse o Papa. Porém, foi na oração que Santa Teresinha descobriu que seu carisma é o amor, dizendo a frase: “No coração da Igreja, serei amor”.

E este carisma, reforçou Francisco, todos temos: “Peçamos então a Santa Teresinha esta capacidade de amar a Igreja e aceitar todos os carismas, com o amor de seus filhos.”

(Rádio Vaticano)