quarta-feira, 16 de março de 2016

4 maneiras de manter o diabo longe de você
E não só isso: também são 4 grandes ajudas no seu caminho para a santidade!
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Nos Evangelhos, lemos o caso de uma pessoa que foi exorcizada e depois voltou a ser atormentada por toda uma legião de demônios, que queriam possuí-la de forma ainda mais vigorosa (cf. Mt 12, 43-45).
O rito de exorcismo, de fato, serve para expulsar o diabo: mas não é uma “garantia” de que o diabo nunca mais vai tentar voltar.
Os exorcistas recomendam quatro maneiras de manter a alma em paz e nas mãos de Deus:
1. Recorrer com frequência aos sacramentos da Confissão e da Eucaristia
O que permite mais facilmente a entrada do diabo na vida de alguém é o habitual estado de pecado mortal desse alguém. Mesmo o pecado venial enfraquece a nossa relação com Deus e nos expõe ao inimigo.
A confissão dos pecados é a principal maneira de que dispomos a trilhar um novo caminho. Não por acaso, o diabo tentou implacavelmente impedir São João Maria Vianney de ouvir as confissões dos pecadores empedernidos. O santo sabia que um grande pecador estava chegando à cidade quando o diabo o assediava durante a noite. A confissão tem tanto poder e graça que o diabo teme as almas que recorrem com frequência a este sacramento.
A Santa Eucaristia é ainda mais poderosa para afastar o diabo – afinal, a Eucaristia é nada menos que a presença real de Jesus Cristo, verdadeiro Deus, diante de quem os demônios não têm absolutamente nenhum poder. A Eucaristia recebida em estado de graça após a confissão é uma dupla muralha contra o diabo, como confirmou São Tomás de Aquino em sua Summa Theologiae: “[A Eucaristia] repele todos os assaltos do diabo”.
2. Vida de oração consistente
A pessoa que recorre frequentemente aos sacramentos da confissão e da Eucaristia também tem de alimentar uma vida de oração diária e consistente, que a coloca em estado permanente de graça e relacionamento com Deus. A pessoa que conversa regularmente com Deus não precisa nunca ter medo do diabo. Os exorcistas sempre sugerem às pessoas que alimentem sólidos hábitos espirituais, como a leitura frequente das Escrituras, o rosário e as formas privadas de oração e reflexão cristã.
3. Jejum
Este é um conselho que vem diretamente dos Evangelhos: “[Há demônios que] não podem ser expulsos senão com oração e jejum” (Mc 9,29). Cada um de nós deve discernir que tipo de jejum é chamado a praticar: como vivemos no mundo e temos tantas responsabilidades, em especial para com a nossa família, não podemos jejuar irresponsavelmente a ponto de negligenciar a nossa própria vocação e pôr a saúde em risco. Em contrapartida, se quisermos mesmo deixar o diabo longe, também precisamos nos desafiar a um jejum que vá além de renunciar a um mísero chocolatinho durante a Quaresma. As virtudes da temperança e da prudência nos ajudarão a definir uma modalidade de jejum que ao mesmo tempo seja sensata e nos exija um sacrifício real.
4. Sacramentais
Os exorcistas não só usam os sacramentais (o próprio rito do exorcismo é um sacramental) como ainda aconselham as pessoas que sofreram possessão diabólica a usarem com frequência os sacramentais. Eles são uma arma poderosa na luta diária para afugentar o diabo. De que sacramentais estamos falando? Dos mais comuns e conhecidos pelas pessoas: água benta, sal abençoado, escapulário… Mantenha-os não só em casa, mas também no seu local de trabalho, no seu carro, junto a si mesmo quando for o caso (como é o do escapulário).
Estas quatro grandes ajudas não só vão manter o diabo longe como também ajudarão você no caminho para a santidade – que nada mais é, afinal, do que viver sempre em união com Deus!

Fonte: Aleteia

segunda-feira, 14 de março de 2016

É assim que minha alma te busca, Senhor

Uma poderosa oração para aumentar a confiança em Deus

Prayer

Renove sua fé e confiança em Deus com uma das orações mais poderosas da Bíblia:

Salmo 41

Como a corça anseia pelas águas vivas,
assim minha alma suspira por vós, ó meu Deus.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo;
quando irei contemplar a face de Deus?
Minhas lágrimas se converteram em alimento dia e noite,
enquanto me repetem sem cessar: Teu Deus, onde está?
Lembro-me, e esta recordação me parte a alma,
como ia entre a turba, e os conduzia à casa de Deus,
entre gritos de júbilo e louvor de uma multidão em festa.
Por que te deprimes, ó minha alma, e te inquietas dentro de mim?
Espera em Deus, porque ainda hei de louvá-lo:
Ele é minha salvação e meu Deus.
Desfalece-me a alma dentro de mim;
por isso penso em vós do longínquo país do Jordão,
perto do Hermon e do monte Misar.
Uma vaga traz outra no fragor das águas revoltas,
todos os vagalhões de vossas torrentes passaram sobre mim.
Conceda-me o Senhor de dia a sua graça;
e de noite eu cantarei, louvarei ao Deus de minha vida.
Digo a Deus: Ó meu rochedo, por que me esqueceis?
Por que ando eu triste, sob a opressão do inimigo?
Sinto quebrarem-se-me os ossos, quando, em seus insultos,
meus adversários me repetem todos os dias:
Teu Deus, onde está ele?
Por que te deprimes, ó minha alma, e te inquietas dentro de mim?
Espera em Deus, porque ainda hei de louvá-lo:
ele é minha salvação e meu Deus.

(Salmo 41, Bíblia Ave Maria)
Fonte: Aleteia

quinta-feira, 10 de março de 2016


O abecedário do cristão
Um guia prático e simples para o seu dia a dia
 happy
Agradeça a Deus por cada circunstância da sua vida.
Busque a excelência, não a perfeição.
Confesse-se com frequência e humildade.
Devolva o que você pegou emprestado.
Empreste suas coisas com generosidade.
Faça pequenos atos de fé ao longo do dia.
Gostem ou não de você, faça o bem a todos.
Hora de dormir: agradeça, peça perdão.
Invista seu tempo em atos de caridade.
Jamais se esqueça da salvação da sua família.
Leia a Bíblia diariamente.
Mantenha-se atento aos sinais do amor de Deus.
Não culpe os outros pelos seus problemas.
Ore pelos seus inimigos.
Perdoe sempre, incondicionalmente.
Que as pessoas enxerguem Jesus em você.
Reconheça sua fragilidade e confie na Graça.
Seja gentil com todos.
Trate as pessoas como Jesus as trataria.
Una-se a Maria ao longo da jornada.
Viva bem a missa, mesmo quando não tiver vontade.
Xô, tristeza! A alegria é o distintivo do cristão.
Zele pela dignidade do seu próximo.

Fonte: Aleteia

 

 

quarta-feira, 9 de março de 2016

Parábola dos dois lobos

Uma lição de vida

Wolf

Um indiano muito sábio estava ensinando ao seu neto importantes lições de vida:
— Existe uma luta dentro de cada um de nós que se assemelha muito a uma luta entre dois lobos. Um deles representa a maldade: inveja, ciúmes, remorso, egoísmo, ambições, mentiras… o outro lobo é a personificação do bem: paz, amor, esperança, verdade, bondade, fidelidade.
A criança, comovida com as palavras de seu avô, ficou pensando por alguns instantes, e depois perguntou:
— E qual dos dois lobos costuma vencer no final?
O sábio sorriu ligeiramente e respondeu:
— Ganha sempre o lobo que você alimenta.

Fonte: Aleteia

segunda-feira, 7 de março de 2016

Perdoar sem medo de amar

Perdoar nem sempre é fácil, principalmente quando a causa da ofensa abriu profundas feridas no coração 
Depressed woman in front of a bench
Muitos caminham pela vida com feridas abertas há muitas décadas, buscam a cura para a cicatrização; mas quando pensam que ela ocorreu, a ferida se abre novamente e causa dores maiores que no passado.
Jesus nos diz que devemos perdoar o nosso irmão setenta vezes sete, ou seja, o perdão não tem limites para ser concedido. No entanto, nossa realidade humana, frágil e pecadora insiste em deixar que a ofensa seja maior que o perdão. Tudo isso se deve à profundidade que a mágoa causou em nossa alma. Bom mesmo seria se conseguíssemos perdoar sempre e de coração.
O perdão é um processo que precisa de nossa ajuda para que possa ser concedido de maneira plena. As causas das mágoas podem ser várias e ocorrer nas mais diversas situações, desde uma palavra mal interpretada até uma carência profunda e sem consciência. Muitos são os motivos para que as feridas abertas demorem muito tempo para serem cicatrizadas.
Quanto mais remoemos em nosso coração a ofensa sofrida, maior será a dificuldade de perdoar. A mágoa que é alimentada pelo nosso coração não é benéfica para o nosso processo de cura interior. Pelo contrário, uma mágoa que é alimentada constantemente pelo sentimento de revolta aumenta as dores emocionais e dificulta a processo de cicatrização de uma ferida aberta.
O desejo de vingança é bastante comum em quem sofreu uma traição. O primeiro sentimento que surge no coração de quem passa por e processo é: “Assim como fez comigo, também farei”. Esse sentimento é sempre prejudicial, porque nunca iremos resolver um problema usando das mesmas armas que feriram nossa alma. Guerra de sentimentos produz destruição em massa do amor. A solução para os conflitos não se busca na vingança, mas sim no diálogo sincero, maduro e humano.
Também não adianta falarmos para todo mundo e espalharmos aos quatro ventos a revolta que sentimos, se nunca temos a coragem de procurar quem nos ofendeu. Palavras de revolta, quando partilhadas com todos, podem aumentar os princípios de reconciliação. São muitas as situações em que o ser humano precisa de uma plateia que aplauda suas críticas para reforçar a autoestima de que o agressor não merece perdão.
No tumulto das emoções, toda busca de reconciliação e de paz será infrutífera. É preciso cultivarmos a paciência da espera. Emoções à flor da pele nunca vão nos ajudar na busca da paz. O tempo é um precioso aliado para quem deseja fazer do perdão um ponto de partida para um novo recomeço. Espere até que as ondas da fúria possam ceder lugar à serenidade das águas de um lago.
Nunca deixe de orar pela situação que você enfrenta. A oração é o alimento da alma e a paz que acalma nossos sentimentos. Busque na oração o primeiro passo para a cura de suas mágoas. Coloque tudo o que você sente nas mãos de Deus e deixe que Ele transforme o negativo de suas emoções nas flores do perdão.

Fonte: Aleteia

sexta-feira, 4 de março de 2016

Papa: o segredo para deixar a misericórdia de Deus entrar no coração
Francisco explicou em sua homilia diária a atitude que um cristão deve ter para não deixar que seu coração endureça
Pope Francis General Audience March 02, 2016
O Papa Francisco explicou hoje que o segredo para deixar a misericórdia de Deus entrar no coração é reconhecer-se pecador.
Segundo o Papa, que falava em sua homilia de hoje na Casa Santa Marta, somente se o nosso coração estiver aberto, será possível acolher a misericórdia de Deus.
Francisco comentou a fidelidade de Deus e a fidelidade do seu povo. Na Primeira Leitura extraída do Livro de Jeremias, o Papa destacou que “Deus é sempre fiel, porque não pode renegar a si mesmo, enquanto o povo não presta atenção à sua Palavra. Jeremias narra de “tantas coisas que Deus fez para chamar à atenção os corações do povo”, mas o povo permanece na sua infidelidade.
“Esta infidelidade do povo de Deus – advertiu – e também a nossa própria infidelidade, endurece o coração: fecha o coração!”
“Não deixa entrar a voz do Senhor que, como pai amoroso, sempre nos pede para abrir-nos à sua misericórdia e ao seu amor. Rezamos no Salmo, todos juntos: ‘Escutem hoje a voz do Senhor. Não endureçam o seu coração!’. O Senhor sempre nos fala assim, inclusive com ternura de pai nos diz: ‘Voltem a mim com todo o coração, porque sou misericordioso e piedoso. Mas quando o coração é duro, não se entende isso. A misericórdia de Deus só é compreensível se você é capaz de abrir o seu coração para que possa entrar”.
“O coração se endurece – retomou o Papa – e vemos a mesma história” no trecho do Evangelho de Lucas, onde Jesus é enfrentado por aqueles que tinham estudado as Escrituras, “os doutores da lei que conheciam a teologia, mas eram tão, tão fechados”. A multidão, ao invés, “estava impressionada”, “tinha fé em Jesus! Tinha o coração aberto: imperfeito, pecador, mas o coração aberto”.
“Estes teólogos”, acrescentou o Papa, “tinham um comportamento fechado! Sempre buscavam uma explicação para não entender a mensagem de Jesus”, pediam-lhe um sinal do céu. Sempre fechados! Era Jesus que tinha de justificar aquilo que fazia”.
“Esta é a história, a história daquela fidelidade falida. A história dos corações fechados, dos corações que não deixam a misericórdia de Deus entrar, que se esqueceram da palavra ‘perdão’, perdoa-me Senhor, simplesmente porque não se sentem pecadores: se sentem juízes dos outros. Uma longa história de séculos. Esta fidelidade falida, Jesus a explica com duas palavras chaves, para colocar fim, para terminar o discurso desses hipócritas: Quem não está comigo, está contra mim. Ou você é fiel, com o seu coração aberto, ao Deus que é fiel a você ou você está contra Ele: ‘Quem não está comigo, está contra mim’.”
“Mas é possível um meio termo, uma negociação”, se pergunta o Papa. “Sim”, é a sua resposta. “Existe uma saída: se reconheça pecador! Se você diz: sou pecador, o coração se abre e entra a misericórdia de Deus e você começa a ser fiel.
“Peçamos ao Senhor a graça da fidelidade. O primeiro passo para caminhar nesta estrada da fidelidade é sentir-se pecador. Se você não se sente pecador, você começou mal. Peçamos a graça para que o nosso coração não se endureça, que seja aberto à misericórdia de Deus e à graça da fidelidade. Peçamos, nós, infiéis, a graça de pedir perdão.”

(Com Rádio Vaticano)

quinta-feira, 3 de março de 2016

29 perguntas sobre a Quaresma

Tudo o que você precisa saber sobre este tempo especial

LENT with bred and water - pt
O QUE É A QUARESMA?Chamamos Quaresma o período de quarenta dias reservado a preparação da Páscoa, e indicado pela última preparação dos catecúmenos que deveriam receber nela o batismo.

DESDE QUANDO SE VIVE A QUARESMA?
Desde o século IV se manifesta a tendência para constituí-la no tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, menos em um princípio, nas igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma vem sido cada vez maior no ocidente, mas deve se observar um espírito penitencial e de conversão.
POR QUE A QUARESMA NA IGREJA CATÓLICA?
“A Igreja se une todos os anos, durante os quarenta dias da Grande Quaresma, ao Mistério de Jesus no deserto” (n. 540).
QUAL É, PORTANTO, O ESPÍRITO DA QUARESMA?
Deve ser como um retiro coletivo de quarenta dias, durante os quais a Igreja, propondo a seus fiéis o exemplo de Cristo em seu retiro no deserto, se prepara para a celebração das solenidades pascoais, com a purificação do coração, uma prática perfeita da vida cristã e uma atitude penitencial.
O QUE É A PENITÊNCIA?
A penitência, tradução latina da palavra grega que na Bíblia significa a conversão (literalmente a mudança do espírito) do pecador, designa todo um conjunto de atos interiores e exteriores dirigidos a reparação do pecado cometido, e o estado de coisas que resulta dele para o pecador.
Literalmente mudança de vida, se diz do ato do pecador que volta para Deus depois de haver estado longe Dele, ou do incrédulo que alcança a fé.
QUE MANIFESTAÇÕES TEM A PENITÊNCIA?“A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobre tudo em três formas: o JEJUM, a oração, a missa, que expressam a conversão com relação a si mesmo, com relação a Deus e com relação aos demais. Junto a purificação radical operada pelo Batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação pela salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade “porque a caridade cobre a multidão dos pecados” (1 Pedro, 4,8.).” (Catecismo Igreja Católica, n. 1434).

SOMOS OBRIGADOS A FAZER PENITÊNCIA?
“Todos os fiéis, cada um a seu modo, estão obrigados pela lei divina a fazer penitência; não obstante, para que todos se unam em alguma prática comum de penitência, se fixaram uns dias de penitência para os fiéis que se dedicam de maneira especial a oração, realizam obras de piedade e de caridade e se negam a si mesmos, cumprindo com maior fidelidade suas próprias obrigações e, sobre tudo, observando o jejum e a abstinência.” (Código de Direito Canônico, c. 1249).
QUAIS SÃO OS DIAS E TEMPOS PENITENCIAIS?
“Na Igreja universal, são dias e tempos penitenciais todas as Sextas-feiras do ano e o tempo de quaresma.” Código de Direito Canônico, c. 1250).
QUE DEVE SE FAZER TODAS AS SEXTAS-FEIRAS DO ANO?
Em lembrança do dia em que Jesus morreu na Santa Cruz, “todas as sextas-feiras, a não ser que coincidam com uma solenidade, deve se fazer a abstinência de carne, ou de outro alimento que seja determinado pela Conferência Episcopal; jejum e abstinência se guardarão na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.” (Código de Direito Canônico, c. 1251).
QUANDO É A QUARESMA?A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina imediatamente antes da Missa Vespertina no Domingo de Páscoa . Todo este período forma uma unidade, podendo-se distinguir os seguintes elementos:

A Quarta-feira de Cinzas.
Domingo de Ramos da Paixão do Senhor.
A Missa Crismal.
As férias.
O QUE É QUARTA-FEIRA DE CINZAS?

É um princípio da Quaresma; um dia especialmente penitencial, em que manifestamos nosso desejo pessoal de CONVERSÃO a Deus.
Quando vamos aos templos em que nos impõem as cinzas, expressamos com humildade e sinceridade de coração, que desejamos nos converter e crer de verdade no Evangelho.

QUANDO TEVE ORIGEM A PRÁTICA DAS CINZAS?
A origem da imposição da cinza pertence a estrutura da penitência canônica. Começou a ser obrigatória para toda a comunidade cristã a partir do século X. A liturgia atual conserva os elementos tradicionais: imposição da cinza e jejum rigoroso.
QUANDO SE ABENÇOA E SE IMPÕEM A CINZA?
A benção e a imposição da cinza tem lugar dentro da Missa, após a homilia; embora em circunstâncias especiais, se pode fazer dentro de uma celebração da Palavra. As formas de imposição da cinza se inspiram na Escritura: Gn, 3, 19 e Mc 1, 15.
DE ONDE PROVEM A CINZA?
A cinza procede dos ramos abençoados no Domingo da Paixão do Senhor, do ano anterior, seguindo um costume que se remonta ao século XII. A forma de benção faz relação a condição pecadora de quem a recebeu.
QUAL É O SIMBOLISMO DA CINZA?
O simbolismo da cinza é o seguinte:
Condição fraca do homem, que caminha para a morte;
Situação pecadora do homem;
Oração e súplica ardente para que o Senhor os ajude; Ressurreição, já que o homem está destinado a participar no triunfo de Cristo;
A QUE NOS CONVIDA A IGREJA NA QUARESMA?A Igreja persiste nos convidando a fazer deste tempo como um retiro espiritual em que o esforço de meditação e de oração deve ser sustentado por um esforço de mortificação pessoal cuja medida, a partir deste mínimo, permanece a liberdade e generosidade de cada um.

O QUE DEVE SE CONTINUAR VIVENDO NA QUARESMA?
Se vive bem a Quaresma, deverá se alcançar uma autêntica e profunda CONVERSÃO pessoal, preparando-nos, deste modo, para a maior festa do ano: o Domingo da Ressurreição do Senhor.
O QUE É A CONVERSÃO?

Converter-se é reconciliar-se com Deus, apartar-se do mal, para estabelecer a amizade com o Criador.
Supõe e inclui deixar o arrependimento e a Confissão (ver o Guia da Confissão) de todos e cada um de nossos pecados.
Uma vez em graça (sem consciência de pecado mortal), temos de mudar desde dentro (em atitudes) tudo aquilo que não agrada a Deus.

POR QUE SE DIZ QUE A QUARESMA É UM “TEMPO FORTE” E UM “TEMPO PENITENCIAL?
“Os tempos e os dias de penitência ao largo do ano litúrgico (o tempo de QUARESMA, cada Sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Estes tempos são particularmente apropriados para os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações como sinal de penitência, o jejum, a comunhão cristã de bens (obras caritativas e missionárias).” (Catecismo Igreja Católica, n. 1438)
COMO CONCRETIZAR MEU DESEJO DE CONVERSÃO?
De diversas maneiras, mas sempre realizando obras de conversão, como , por exemplo:
Ir ao Sacramento da Reconciliação (Sacramento da Penitência ou Confissão) e fazer uma boa confissão: clara, concisa, concreta e completa.
Superar as divisões, perdoando e crescer em espírito fraterno.
Praticando as Obras de Misericórdia.
QUAIS SÃO AS OBRAS DE MISERICÓRDIA?As Obras de Misericórdia espirituais são:

Ensinar ao que não sabe.
Dar bons conselhos ao que necessita.
Corrigir ao que erra.
Perdoar as injúrias.
Consolar ao triste.
Sofrer com paciência as adversidades e fraquezas do próximo.
Rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos
As Obras de Misericórdia corporais são:
Visitar ao enfermo.
Dar de comer ao faminto.
Dar de beber ao sedento.
Socorrer ao cativo.
Vestir ao desnudo.
Dar abrigo ao peregrino.
Enterrar a os mortos.
QUE OBRIGAÇÕES TEM UM CATÓLICO EM QUARESMA?
Tem que cumprir com o preceito do JEJUM e a ABSTINÊNCIA, assim como a CONFISSÃÓ e COMUNHÃO anual.
EM QUE CONSISTE O JEJUM?
O JEJUM consiste em fazer uma única refeição ao dia, sendo que se pode comer algo menos que o de costume pela manhã e a noite. Não se deve comer nada entre os alimentos principais, salvo em caso de doença.
A QUEM SE OBRIGA O JEJUM?
Se obriga a viver a lei do jejum, todos os maiores de idade. (cfr. CIC, c. 1252).
O QUE É A ABSTINÊNCIA?
Se chama abstinência a proibição de comer carne (vermelha ou branca e seus derivados).
A QUEM SE OBRIGA A ABSTINÊNCIA?
A lei da abstinência se obriga aos que já tem catorze anos.(cfr. CIC, c. 1252).
PODE SER MUDADA A PRÁTICA DA ABSTINÊNCIA?
“A Conferência Episcopal pode determinar com mais detalhes o modo de observar o jejum e a abstinência, assim como substituirmos em parte por outras formas de penitência, sobre tudo por obras de caridade e práticas de piedade.” (Código de Direito Canônico, c. 1253).
O QUE IMPORTA DE VERDADE NO JEJUM E NA ABSTINÊNCIA?Deve se cuidar no viver o jejum ou a abstinência com alguns mínimos, mas como uma maneira concreta como a que nossa Santa Mãe Igreja nos ajuda a crescer no verdadeiro espírito de penitência.

QUE ASPECTOS PASTORAIS CONVÊM RESSALTAR NA QUARESMA?
O tempo de Quaresma é um tempo litúrgico forte, em que toda a Igreja se prepara para a celebração das festas pascais. A Páscoa do Senhor, o Batismo e o convite a reconciliação, mediante o Sacramento da Penitência, são suas grandes coordenadas.
Se sugere utilizar como meios de ação pastoral:
A catequese do Mistério Pascal e dos sacramentos;
A exposição e celebração abundante da Palavra de Deus, como aconselha vivamente o cânon. 767, & 3, 3).
A participação, se possível diária, na liturgia quaresmal, nas celebrações penitenciais e, sobre tudo, na recepção do sacramento da penitência: “são momentos fortes na prática penitencial da Igreja” (CEC, n. 1438), fazendo notar que “junto as conseqüências sociais do pecado, detesta mesmo o pecado enquanto é ofensa a Deus”;
O desenvolvimento dos exercícios espirituais, as peregrinações, como penitência assinam, as privações voluntárias como o jejum, a caridade, as obras beneficentes e missionários.

(via Fé Explicada)