segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Podemos cantar o Pai-Nosso na missa?
Mass
O canto e a música são de vital importância em qualquer festa e celebração – também nas celebrações eclesiais. Uma celebração sem canto, especialmente da Eucaristia, seria como um dia nublado: é dia, mas falta alguma coisa de luz e cor para que esteja mais alegre. O canto será mais santo na medida em que estiver unido à ação litúrgica.
Antes de falar sobre a possibilidade de cantar o Pai-Nosso, é importante destacar que esta oração merece o máximo de respeito e solenidade. Isso é um convite a que revisemos em profundidade nossa situação diante de Deus e das pessoas, com muita devoção.
Os cantos da missa, de acordo com a instrução “Musicam Sacram”, se dividem em três grupos:
1. Primeiro grau: são as ações que correspondem ao povo, como aclamações e respostas ao celebrante: “Amém”, “Graças a Deus”, “Anunciamos, Senhor, a vossa morte…”, bem como os hinos: “Santo”, “Pai-Nosso”.
2. Segundo grau: Kyrie, Glória, Agnus Dei, Credo, oração dos fiéis.
3. Terceiro grau: cantos de entrada, comunhão, ofertório, Aleluia antes do Evangelho, leituras (quando são cantadas).
Sendo assim, o Pai-Nosso pode ser cantado, é opcional, e é um canto de primeiro grau. Portanto, o Pai-Nosso não apenas pode ser cantado, senão que, ao ser do primeiro grau, é dos cantos que mais deveriam ser cantados.
A instrução “Musicam Sacram” afirma no número 35: “O Pai-Nosso, é bom que o diga o povo juntamente com o sacerdote. Se for cantado em latim, empreguem-se as melodias oficiais já existentes; mas se for cantado em língua vernácula, as melodias devem ser aprovadas pela autoridade territorial competente”.
A melodia para cantar o Pai-Nosso nunca deve ser escandalosa, para não perder de vista a intenção do ato, que é orar.
As pessoas não sabem se o Pai-Nosso pode ser cantado precisamente porque é raro que se cante esta oração nas missas. Por quê? Justamente por causa dos abusos cometidos. Em muitos casos, este canto é deformado e mal interpretado.
Na América Latina, sobretudo, é frequente ouvir o Pai-Nosso com mais palavras que na oração original, ou com menos palavras, e até com outras palavras (exemplo comum no Brasil: “Pai, meu Pai do céu, eu quase me esqueci que o teu amor vela por mim, que seja sempre assim…”).
Por que mudar as palavras de Jesus? É por isso que os padres costumam seguir o caminho mais seguro, que é recitar o Pai-Nosso.
Portanto, quando cantamos o Pai-Nosso, é importantíssimo conservar intacto o texto original da oração. Outra coisa é a música que acompanha o canto, que precisa ser realmente música sacra, e não qualquer música (não pode ser um canto adaptado com ritmo popular).
Outro texto a ser levado em consideração é a Instrução Geral do Missal Romano, que afirma no número 81: “Na Oração do Senhor pede-se o pão de cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo o pão eucarístico, e pede-se a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas aos santos. O sacerdote profere o convite, todos os fiéis recitam a oração com o sacerdote, e o sacerdote acrescenta sozinho o embolismo, que o povo encerra com a doxologia. Desenvolvendo o último pedido do Pai-nosso, o embolismo suplica que toda a comunidade dos fiéis seja libertada do poder do mal O convite, a própria oração, o embolismo e a doxologia com que o povo encerra o rito são cantados ou proferidos em voz alta”.
Em resumo, o Pai-Nosso pode ser cantado, sim. Mais ainda: deve ser cantado. Mas, como mencionamos antes, o problema é que as pessoas costumam usar versões que não se parecem em nada com a oração que Jesus nos ensinou.
Fonte: Aleteia
Você realmente sabe o que é rezar?

Algumas definições curtas e simplesmente incríveis para recordar verdades profundas ao seu coração
boy praying to God
Rezar é escutar o Deus que lhe fala.
Rezar é abrir-se finalmente ao que Deus nos propõe desde sempre.
Rezar é abrir-se ao perdão que Deus nos dá.
Rezar é aprender a escutar.
Rezar é abrir-se a Deus para que Ele nos abra ao próximo.
Rezar é ter um momento de intimidade com Deus, é a abertura à vida verdadeira.
Rezar é descobrir que Deus nos ama.
Rezar é encontrar um tempo de silêncio.
Rezar é dedicar um tempo a parar, repensar, reorganizar diante de Deus os dias, as horas e os acontecimentos.
Fonte: Aleteia

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

5 maneiras do demônio atacar durante a Quaresma

Sentindo-se mais tentado do que o habitual? Esta é a temporada, e aqui está como reconhecer e responder a ela

Image of a girl under the covers with a flashlight the night afraid of ghosts
E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor  (Jó 1, 12)
Eu não sei sobre você, mas desde que retornei à Igreja, costumo me sentir como Jó durante a Quaresma. Eu sinto que Deus permite que o diabo se aproxime um pouco, e as coisas tendem a ficar caóticas na minha vida espiritual!
Jesus foi tentado no deserto. E a Quaresma é um tempo de deserto. De acordo com o Catecismo, durante “Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja une-se ao mistério de Jesus no deserto” (item 540). Portanto, faz sentido que também pudéssemos sentir mais tentações neste momento. Mas Deus não permite qualquer coisa, a não ser que possa ser usada para o bem; Ele pode até mesmo usar a tentação e ataques do diabo para a nossa conversão, transformação e santidade.
Aqui estão alguns ataques que tenho reconhecido e as respostas que eu encontrei. Você já experimentou alguma destas tentações nesta Quaresma?
  1. A tentação da distração
A Quaresma pode ser um tempo de grandes realizações espirituais e humanas. Diante disso, o diabo quer nos desencorajar e fazer desistir. A única coisa que a Quaresma deve ser é sobre Deus, não sobre nossas próprias atividades, por bem-intencionadas que possam ser.
É melhor pedir a Deus para nos ajudar a concentrar em uma coisa fundamental durante a Quaresma, e depois, apesar das nossas falhas, pedir-lhe a graça de perseverar.
  1. A Tentação de Julgar
Foi o orgulho que transformou anjos em demônios, mas é a humildade que faz de homens anjos”.― Santo Agostinho
Se somos naturalmente mais disciplinados ou temos mais força de vontade do que aqueles que nos rodeiam, na Quaresma surge a tentação de nos compararmos favoravelmente em relação aos outros. Isto é exatamente o que o diabo quer. Ele quer que pensemos que somos melhores que os outros e, assim, crescermos no orgulho, que é precisamente do que devemos nos arrepender durante a Quaresma.
Se tivermos essa tendência, ou experimentarmos isso nesta Quaresma, o melhor antídoto é escolher uma penitência que é absolutamente impossível de alcançar perfeitamente e que desafia a nossa tendência para o orgulho. Isto ajuda-nos a perceber que Quaresma não é ser perfeito, ser julgador. Trata-se de perceber que, mesmo com os dons naturais que Deus nos deu, ainda somos pecadores e necessitamos da Sua graça.
  1. A Tentação do Auto-aperfeiçoamento
Nas penitências da Quaresma podemos querer perder peso ou excluir um mau hábito que se tornou uma irritação em nossas vidas, ao invés de crescer perto de Deus. E o diabo adoraria que a Quaresma fosse sobre nós. Mas a Quaresma não é sobre isso.
Como o Padre Anthony Gerber apontou em um excelente post sobre este assunto: “Quaresma é… sobre falhar miseravelmente – sobre você chegar a esta terceira semana e fazer a difícil escolha dos pregos e espinhos do amor… Mas, em seguida, negar Jesus por algumas moedas de prata, de conforto, de egoísmo, amor-próprio. E nesse momento, você ficará de joelhos e irá levantar os braços para o céu e dizer: ‘Senhor, eu não posso fazer isso por mim! Senhor, ajuda-me! Eu sou tão ruim em amor!’”.
Nós geralmente somos bons em amar a nós mesmos e ruins em amar o próximo. É por isso que é importante escolher penitências que nos ajudarão a crescer no amor altruísta.
  1. A tentação da divisão
“A divisão vem do demônio. Fujam das lutas internas, por favor!” – Papa Francisco
Divisão é um dos utensílios favoritos do diabo em sua caixa de ferramentas. Ele gosta de provocar rivalidades, confusão, inveja, raiva e paranoia. O diabo quer que olhemos para outros cristãos e enxerguemos o inimigo em vez de reconhecer que o único verdadeiro inimigo entre nós é ele (e nós mesmos quando o deixamos operar em nós).
Então, é claro, durante a Quaresma o diabo pode tentar incitar a divisão entre os cristãos em nossas casas, em nossas paróquias e até mesmo online. Se você ler algum material online, uma boa pergunta durante a Quaresma (e na verdade, em qualquer momento) seria: “Será que este material me ajuda a amar mais meus irmãos cristãos, ou ele leva à divisão?”.
Recentemente falecido, o juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos e fiel católico Antonin Scalia disse uma vez: “Eu ataco ideias. Eu não ataco pessoas”. Este é um sinal de caráter. E é uma distinção que é cada vez mais perdida em nossa sociedade. Se o que você está lendo ou escrevendo online se concentra em atacar as pessoas ao invés de trabalhar para a unidade no amor cristão, pode ser a ferramenta do diabo para mantê-lo (e outros) afastado do crescimento na vida espiritual.
  1. A tentação do desânimo
As tentações contra a fé e a pureza são mercadorias que o inimigo oferece – São Padre Pio
O diabo gosta de nada mais do que fazer-nos tão miseráveis como ele é. E ele sabe quando estamos nos sentindo desanimados e estamos susceptíveis a ser menos cooperativos com a graça de Deus. Assim, durante a Quaresma, o diabo pode nos tentar a sentir vontade de desistir de viver o espírito penitencial da temporada. Ele pode fazer-nos sentir que estamos constantemente falhando e que apenas não somos bom para isso. A coisa é – ninguém é “bom” na Quaresma. Se você pensa que é, você não está escolhendo as penitências certas.
Assim, quando nos sentimos desanimados, é uma oportunidade para agradecer a Deus com louvores de alegria por nos salvar de nossa mediocridade e do pecado. Não faz sentido desanimar se nós realmente acreditamos na mensagem do Evangelho. Mesmo na Quaresma, sabemos que Jesus morreu, sim, mas ele ressuscitou, e a alegria e a graça já está disponível para nos transformar. E agradeça a Deus por isso!
# # #
Existem muitas outras maneiras do diabo atacar durante a Quaresma. E há muitas maneiras de lutar contra isso. Se você tem alguma idéia para adicionar a partir de sua própria experiência pessoal, a partir das Escrituras ou a partir dos Santos, por favor, sinta-se à vontade para adicioná-la nos comentários!

Irmã Theresa Aletheia Noble, FSP, é autora de The Prodigal You Love: Inviting Loved Ones Back to the Church. Recentemente, ela pronunciou seus primeiros votos com as Filhas de São Paulo. Ela escreve no blog “Pursued by Truth. 

Fonte: Aleteia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Aos trancos e barrancos
Entenda por que Deus permite tantos problemas e dificuldades na sua vida
a woman who suffers - pt
“Ainda que o mundo venha abaixo, haveremos de prosseguir.”
 
A frase acima é uma das minhas prediletas de Teresa D’Ávila. Revela a força de uma alma apaixonada por Deus, que mesmo consciente de suas fraquezas e das dificuldades enfrentadas, conheceu o caminho da perseverança, do prosseguir, do continuar, do ir até o fim.
Seria muito bom se fosse tudo muito fácil na vida cristã! Que durante a nossa caminhada para Deus nada saísse do lugar, tudo permanecesse tranquilo como um lago, calmo como a brisa e fácil como descansar na casa de praia.
Na verdade, experimento outra realidade. Parece que vou mesmo é “aos trancos e barrancos”, caindo e levantando, nas lutas sem fim, no cansaço que não descansa, na labuta do começar sempre de novo, no desejo constante de ser fiel; caminhando sem forças, esperando sempre além, indo mais longe do que meus próprios passos, testemunhando tudo desabar, sem aviso prévio, sem chance de voltar.
É um verdadeiro mar agitado por fortes ondas de tentações, uma ventania de medos e a experiência de nem mesmo ter onde “repousar a cabeça” ou mesmo o coração. Uma sábia irmã de comunidade costumava dizer que quem quer “sombra e água fresca” não deve se meter com o Espírito Santo! E que verdade!
Verdade porque Deus tem a capacidade de nos desinstalar continuamente de nossas seguranças, de fazer o mundo girar de cabeça para baixo, de testar os limites da nossa lógica, de desfazer qualquer planejamento em fração de segundos e de recomeçar todo o processo novamente minutos depois. Tudo isso porque Ele se especializou em nos salvar. E se Ele permanecer no controle das nossas vidas, o mundo pode cair e desabar, venha o que vier, seja o que for, prosseguiremos por Sua Graça e veremos que nada pode impedir que a vontade Dele se cumpra em um coração decidido a ir até o fim.
Quando menos tenho forças, para que a Graça prevaleça diante da minha pequenez, gosto de dizer baixinho, para que Deus escute como um pedido, “não por presunção, mas por vocação”, que “ainda que o mundo venha abaixo”, quero, desejo e preciso prosseguir.
Santa Teresa, Rogai por nós
 
Via Aleteia
 
 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Papa Francisco: o medo nos faz mal e nos enfraquece
O Papa explicou hoje de onde vem a coragem e como conquistá-la para viver com liberdade e alegria
 
<a href="http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=216311464&src=id" target="_blank" />Pope Francis</a> © Giulio Napolitano / Shutterstock.com
O Papa Francisco afirmou hoje que o medo faz mal aos cristãos, tornando-se um vício, e explicou que atitudes devem ser tomadas para superá-lo.
“O medo – disse em sua homilia em Santa Marta – é uma atitude que nos faz mal; nos enfraquece, nos limita e até nos paralisa. Quem tem medo não faz nada, não sabe o que fazer. Concentra-se em si mesmo para que não lhe aconteça nada de mal; o medo leva a um 'egocentrismo egoísta', que paralisa. O cristão medroso é aquele que não entendeu a mensagem de Jesus”.
“E por isso, Jesus diz a Paulo: ‘Não tenha medo, continue a falar’. O medo não é cristão; é um comportamento de quem tem a alma aprisionada, presa, sem liberdade de olhar para a frente, de criar, de fazer o bem… E diz sempre: ‘Não, aqui há este perigo, aqui outro… e assim por diante… E isto é um vício. O medo faz mal”. 
“Não ter medo é pedir a graça da coragem, da coragem do Espírito Santo que nos envia”.
“Existem comunidades medrosas, que apostam sempre no certeiro: ‘Não, não vamos fazer isso… isso não, não pode…’. É como se na porta de entrada estivesse escrito ‘proibido’: tudo é proibido, por medo. E quando se entra numa comunidade assim, se sente o marasmo, porque é uma comunidade doente. O medo faz adoecer a comunidade e a falta de coragem também”. 
“O medo – explicou ainda o Papa – deve ser distinguido do ‘temor de Deus’, que é santo, é o temor da adoração diante do Senhor. O temor de Deus é uma virtude: não é limitativo, não enfraquece, não paralisa: faz ir adiante para cumprir a missão dada pelo Senhor”.
A outra palavra da liturgia foi ‘alegria’. “Ninguém pode tirá-la de vocês”, diz Jesus. “E nos momentos mais tristes, nos momentos de dor” – ressaltou Francisco – “a alegria se torna paz. Ao contrário, um divertimento no momento da dor se torna sombrio, escurece. 
Um cristão sem alegria não é cristão; um cristão que continuamente vive na tristeza não é cristão. E um cristão que no momento da provação, das doenças ou das dificuldades, perde a paz… é porque lhe falta algo”. 
“A alegria cristã, que não é um simples divertimento, não é uma alegria passageira; a alegria cristã é um dom, um dom do Espírito Santo. É ter o coração sempre alegre porque o Senhor venceu, o Senhor reina, está à direita do Pai; Ele olhou para mim e me enviou; me deu a sua graça e me fez filho do Pai… É esta a alegria cristã. Um cristão vive na alegria”.
“Uma comunidade sem alegria – acrescentou o Papa – também é uma comunidade doente: pode até ser uma comunidade ‘divertida’, mas é ‘doente de mundanidade’, porque não tem a alegria de Jesus Cristo. Assim, quando a Igreja é medrosa e não recebe a alegria do Espírito Santo, a Igreja adoece, as comunidades adoecem e os fiéis adoecem”. 
O Papa concluiu a homilia com a prece: “Elevai-nos Senhor, ao Cristo, sentado à direita do Pai; elevai o nosso espírito. Despojai-nos de todo o medo e dai-nos a alegria e a paz”. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016


Poesias para a Quaresma: “À Coroa de Espinhos”, de Agostinho da Cruz (1540-1619)
"...Quando morto d’amor, d’amor matais"
 
coroa de espinhos

À Coroa de Espinhos
Agostinho da Cruz (Portugal 1540 – 1619)
A que vindes, Senhor, do Céu à terra,
Terra que, sendo vossa, vos enjeita,
E que tanto vos honra e vos respeita,
Que em não vos receber insiste e emperra?
Ah! Quanta ingratidão nela s’encerra!
Quão mal de vossa vinda se aproveita!
Pois se põe a tomar-vos conta estreita,
Mais brada contra vós, quanto mais erra.
E vós de vosso amor puro forçado
Os malditos espinhos lhe pisais,
Dos quais, ainda sendo coroado,
A maldição antiga lhe trocais
Na bênção, que lhe dais crucificado,
Quando morto d’amor, d’amor matais.
Fonte: Aleteia

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

10 frases do Papa Francisco sobre a confissão

Uma seleção feita a partir das respostas do Papa Francisco ao jornalista Andrea Tornielli

Seven Reasons to Return to Confession AP Photo L Osservatore Romano - pt
 
1. Costumo dizer aos confessores: falai, escutai com paciência e sobretudo dizei às pessoas que Deus lhes quer bem. E se o confessor não pode absolver, que explique as razões, mas que dê de todo o modo uma bênção, ainda que seja sem absolvição sacramental. O amor de Deus também existe para quem não está na disposição de receber o sacramento; esse homem ou essa mulher, esse jovem ou essa rapariga também são amados por Deus, são procurados por Deus, estão necessitados de bênção.
2. Os apóstolos e os seus sucessores — os bispos e os sacerdotes que são seus colaboradores — convertem-se em instrumentos da misericórdia de Deus. Atuam in persona Christi. Isto é muito bonito.
3. Confessar-se com um sacerdote é um modo de pôr a minha vida nas mãos e no coração de outro, que nesse momento atua em nome e por conta de Jesus. É uma maneira de sermos concretos e autênticos; estar frente à realidade olhando para outra pessoa e não para si mesmo refletido num espelho.
4. É verdade eu posso falar com o Senhor, pedir-Lhe logo perdão a Ele, implorar-lho. E o Senhor perdoa, logo. Mas é importante que vá ao confessionário, que me ponha a mim mesmo frente a um sacerdote que representa Jesus, que me ajoelhe frente à Mãe Igreja chamada a distribuir a misericórdia de Deus. Há uma objetividade neste gesto, em ajoelhar-me frente ao sacerdote, que nesse momento é a via da graça que me chega e me cura.
5. Como confessor, mesmo quando deparei com uma porta fechada, sempre procurei uma fissura, uma greta, para abrir essa porta e poder dar o perdão, a misericórdia.
6. O que se confessa está bem que se envergonhe do pecado; a vergonha é uma graça que é preciso pedir, é um fator bom, positivo, porque nos faz humildes.
7. Há também a importância do gesto. O simples facto de que uma pessoa ir ao confessionário indica que já há um início de arrependimento, ainda que não seja consciente. Se não tivesse existido esse movimento inicial, a pessoa não teria ido. Que esteja ali pode evidenciar o desejo de uma mudança. A palavra é importante, explicita o gesto. Mas o próprio gesto é importante.
8. Que conselhos daria a um penitente para fazer uma boa confissão? Que pense na verdade da sua vida diante de Deus, o que sente, o que pensa. Que saiba olhar-se com sinceridade a si próprio e ao seu pecado. E que se sinta pecador, que se deixe surpreender, assombrar por Deus.
9. A misericórdia existe, mas se tu não a queres receber… Se não te reconheces pecador quer dizer que não a queres receber, quer dizer que não sentes a necessidade.
10. Há muitas pessoas humildes que confessam as suas recaídas. O importante, na vida de cada homem e de cada mulher, não é nunca voltar a cair pelo caminho. O importante é levantar-se sempre, não ficar no chão a lamber as feridas. O Senhor da misericórdia perdoa-me sempre, de maneira que me oferece a possibilidade de voltar a começar sempre.
Frases extraídas do livro entrevista ao Papa Francisco “O nome de Deus é misericórdia, conversa com Andrea Tornielli”. Seleção realizada pela página web Lexicon Canonicum.

(via OpusDei)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Conselhos para colocar a Quaresma em prática
São dicas bem concretas, anote aí
 https://www.flickr.com/photos/ashleyrosex/4129765971

Todo bom cristão teve que ler, nem que seja uma vez em sua vida, o Catecismo da Igreja Católica, livro originalmente escrito para ser fonte e texto de referência para bispos e diocesanos designados nas paróquias, de maneira que eles o utilizem na criação de seus programas catequéticos. Este livro apresenta o Catecismo em sua forma mais abstrata e acadêmica; o como se deve ensinar a doutrina contida aí sempre se deixou que seja a critério dos catecúmenos locais.
Utilizamos o exemplo do Catecismo para ilustrar claramente o desafio comum que enfrentamos como pais católicos: como tornar específico um ensino geral? como fazer da teoria uma prática diária? Como simplificar o conceito complexo sem perder a idéia essencial? Este desafio se faz concreto particularmente na vida familiar.
A vida familiar pode ser descrita como o dia a dia de numerosas atividades que civilizam essas pequenas barbáries, as quais terminamos de polir em nosso próprio caminho de conversão. Fazemos que nossos hábitos, costumes e práticas de nossa vida cristã sejam compreensíveis e ensináveis aos pequenos sem fazer que estes ensinamentos sejam chatos ou superficiais.
Os seguintes conselhos para praticar a Quaresma respondem a este desafio. decidimos começar com o jejum, indicando qual é seu objetivo, e logo sugerindo algumas formas de tornar proveitoso este período de 40 dias de oração, penitência e exercícios espirituais em preparação para a celebração da Páscoa.
Existem dois tipos de jejum:
1) Jejum corporal ou externo
Inclui a abstinência de algumas comidas, bebidas e outras diversões como a música, as festas, os jogos de azar, etc. sobretudo nos dias próximos ao tríduo pascal.
Em uma sociedade hedonista atravessada por uma cultura de morte como a nossa se faz necessário a pratica do jejum, a qual deveria começar pela família.
Pratica corporais
– Comer menos das  comidas que você mais gosta e mais daquelas que não gosta
– Não comer nada entre as refeições
– Não utilizar condimentos na comida
– Não utilizar adoçantes nas bebidas
– Evitar escutar música na rádio todo o dia
– Evitar a televisão e os vídeos; em vez disso , ler a Paixão de Cristo na Bíblia ou Missal
– Rezar um rosário extra.
2) Jejum espiritual ou interno
Consiste na abstinência de todo pecado mortal. São João Crisóstomo ensinou que o valor do jejum consiste nem tanto na abstinência de comida; mas sim na abstinência de praticas pecaminosas. E São Basilio o Grande explicou que afastar-se de toda maldade significa manter nossa boca fechada, controlar nossa ira, eliminar nossos desejos maus e evitar toda intriga, mentira e blasfema. Abstendo-se de todas estas coisas descansa o verdadeiro valor do jejum.
Pratica internas
– Não conversar mais do necessário; em vez disso, faça algumas pequenas jaculatórias em todo o dia.
– Exercitar a paciência em todas as coisas
– Não fazer nenhuma queixa
– Controlar a ira; em vez disso, sugere-se sair ao encontro da pessoa que provocou a irritação.
– Evitar a intriga.
– Quando alguém lhe pedir que faça  algo extra, faça-o com alegria e boa disposição.
– Fale em bom tom a todos cada dia.
– Evite utilizar o telefone
– Sempre fale a verdade em todas as circunstâncias de sua vida
– Evitar a vaidade e o egoísmo
A prática das virtudes e as boas obras deve ser outro nosso de na Semana Santa. Os Padres da Igreja insistiram que durante a Quaresma se deve ser fiel aos serviços próprios deste tempo litúrgico e assistir à Missa diariamente.
Com o passar do tempo, nossa disciplina pelo jejum sofreu numerosas e radicais mudanças. Hoje em dia, infelizmente, a observância da Quaresma se converteu em mero formalismo, reduzido à abstinência em certos dias, sem nenhuma preocupação no crescimento espiritual ou no propósito de ter uma coerência de vida.
É urgente retornar às raízes do espírito desta grande festa tão requerida nestes tempos em que o mundo é presa da cultura material e superficial.
Pratica espirituais (virtudes e boas obras)
  • Praticar a humildade hoje em dia em todas nossas ações
  • Ser generoso; ajudar a alguém que  necessite
  • Observar todas as formas possíveis de ser solidário durante o dia
  • Fazer o trabalho que precisa ser feito sem que alguém lhe peça isso
  • Não seja ocioso todo o dia. Sempre faça algo pelos outros ou por seu próprio crescimento espiritual.
  • Saia ao encontro para ajudar às pessoas ou converse com alguém que está em dificuldade.
  • Seja voluntário em um trabalho solidário.
  • Visite alguém que está doente.
(via ACIdigital)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Jejum: de que adianta não comer carne, se você devora seu irmão?

Uma grande lição para esta quaresma: se você faz jejum, demonstre isso com suas obras

Jejum
São João Crisóstomo ensina:
“A honra do jejum consiste não na abstinência da comida, mas em evitar as ações pecaminosas; quem limita o seu jejum apenas à abstinência de carnes o desonra. Praticas o jejum? Prova-me por tuas obras! Perguntas que tipo de obras?

Se vires um inimigo, reconcilia-te com ele!
Se vires um amigo tendo sucesso, não o inveje!
Se vires uma mulher bonita, passe sem olhar!
Que não apenas a boca jejue, mas também os olhos, e os ouvidos, e os pés, e as mãos, e todos os membros de nossos corpos.
Que as mãos jejuem sendo puras da avareza e da rapina.
Que os pés jejuem, deixando de caminhar para espetáculos imorais.
Que os olhos jejuem, não se detendo sobre feições belas, ou se ocupando de belezas exóticas.

Pois o que é visto é a comida dos olhos, mas se o que for visto for imoral ou proibido, macula-se o jejum e perturba toda a segurança da alma;ma se for moral e seguro, o que é visto adorna o jejum. Pois seria absurdo abster-se da comida permitida por causa do jejum, mas devem os olhos absterem-se até de tocar o que é proibido. Não comes carne? Então não se alimente de luxúria através dos olhos.
Que também os ouvidos jejuem. O jejum dos ouvidos consiste em recusar-se a ouvir assuntos perversos e calúnias. ‘Não receberás notícias falsas’, já foi dito.
Que a boca também jejue de falar coisas vergonhosas e de ficar reclamando. Pois que ganhas se te absténs de pássaros e peixes, e mesmo assim mordes e devoras teu próximo? O que tem fala maligna come a carne de seu irmão, e morde o corpo de seu próximo.”
O que São João Crisóstomo nos diz com esta reflexão?
Que os dias de jejum devem ser especialmente dias para evitarmos o uso desordenado ou inclusive exagerado dos outros sentidos: evitar o que não devo fazer, falar, ouvir, desejar; não buscar satisfazer todas as minhas necessidades emocionais e espirituais; não buscar a todo custo saciar minha solidão; não querer saber tudo; não exigir respostas imediatas a tudo o que vier à minha mente etc.
Nós jejuamos buscando a conversão. Portanto, jejuemos de todas estas atitudes contrárias à virtude. Talvez o seu jejum consista em ser mais serviçal (jejum da sua preguiça e comodidade), pois, assim como precisamos rezar com o coração, também precisamos jejuar com o coração.
Talvez você tenha de jejuar da sua ira, sendo mais amável, mais dócil. Ou jejuar da sua soberba, buscando ativamente viver a humildade em atos concretos.

Fonte: Aleteia

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

“Antes de falar mal de alguém, morda a língua bem forte”

Receita bem prática do Papa Francisco para evitar falar mal do próximo

El Papa Francisco

 Quando você sentir a tentação de dizer algo contra um irmão, uma irmã, de jogar uma bomba de fofoca, então morda a língua, mmmm, bem forte!, recomendou o Papa Francisco, ao receber em audiência os participantes do jubileu da vida consagrada.

O Papa recordou que o primeiro próximo é aquele que está ao nosso lado, aquele que convive conosco.
“Uma maneira de afastar os irmãos e irmãs é precisamente o terrorismo das fofocas. Quem fofoca é um terrorista, porque joga bombas com as palavras” contra os outros. “Quem faz isso destrói, como uma bomba.”
O Pontífice citou as palavras do apóstolo Tiago: “dominar a língua”.
“O apóstolo são Tiago dizia que talvez a virtude mais difícil, a virtude humana e espiritual mais difícil de ter, é aquela de dominar a língua. Se te vier a vontade de dizer algo contra um irmão ou uma irmã, de lançar uma bomba de mexericos, morde a tua língua! Forte! Terrorismo na comunidade, não!”, exclamou.
Mas o que fazer ao encontrar um defeito ou algo a ser corrigido em alguém? O Papa ensinou que é melhor dizer à pessoa diretamente, com palavras como “você tem esta atitude que me incomoda”, por exemplo.
Outra maneira é comentar o defeito com alguém que possa realmente resolver o problema, sem fofocas.
No contexto do Ano Santo da Misericórdia, o Papa recordou: “Se, neste Ano da Misericórdia, cada um de vós conseguisse nunca ser o terrorista mexeriqueiro ou mexeriqueira, seria um sucesso para a Igreja, um grande sucesso de santidade! Tende coragem! Proximidade”.

Fonte: Aleteia

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Deus ou investimento de renda fixa?
“Mas por que aconteceu isso comigo se eu procuro fazer tudo o que Deus quer?”: se você já pensou dessa maneira alguma vez, precisa ler isso
Saving money concept,Male hand putting money coin stack growing business © Singkham / Shutterstock - pt
Ultimamente, tenho ficado impressionada com uma certa atitude conhecida por alguns como “teoria” ou mesmo “teologia retributiva” no relacionamento com Deus, também entre os católicos. A cada pregação, nos mais diversos locais do Brasil – nos outros países não sinto tão forte este fenômeno – alguém apresenta, de uma forma ou de outra, a seguinte pergunta: “Mas por que aconteceu isso comigo se eu procuro fazer tudo o que Deus quer?” e, a seguir, descreve como vai à missa e reza o terço diariamente, como socorre os pobres, como vai regularmente às reuniões da paróquia, como se confessa uma vez por mês, etc.
Outros, que enfrentam, como a quase totalidade dos brasileiros, desafios financeiros, colocam as coisas mais claramente: “Mas, porque é que eu estou com dificuldades se eu sou fiel ao dízimo todos os meses? A Bíblia não promete que se eu for fiel ao tributo do templo Deus vai ser fiel a mim?” Há ainda aqueles que, servindo a Deus com alegria e fidelidade na paróquia, grupos, encontros, comunidades, espantam-se e sentem-se inseguros quando morre um parente, a filha solteira engravida, o filho entra na droga, o cônjuge adultera, os familiares abandonam a Igreja: “Mas eu cuidei das coisas de Deus confiando que ele cuidaria das minhas! Como é que isso pode ter acontecido?” Ao grupo de decepcionados com as “atitudes” de Deus, somam-se os que exclamam, ressentidos: “Mas eu entreguei toda a minha vida a Deus! Consagrei-me a Ele! Por que Ele não me liberta deste pecado? Por que ainda tenho este vício? Por que ainda convivo com esta fobia? Por que continuo deprimido? O que me falta ainda dar a Deus? Você acha que é minha pouca fé?”
Cada vez que ouço algo parecido me vem uma lembrança e uma perplexidade. A lembrança é a de Maria, aos pés da cruz de Jesus, sustentada pela caridade que a une ao Filho, pela fé de que Deus é sempre amor e pela esperança da ressurreição que Ele prometera. A perplexidade refere-se ao tipo de formação que talvez alguns tenham recebido. Terá ela sido verdadeiramente católica, ou traz resquícios da tal teologia retributiva que reduz nosso relacionamento com Deus ao “dai-e-dar-se-vos-á”, típico de algumas visões não católicas?
Será que estamos ensinando que tudo o que damos a Deus e o que “fazemos por Ele” tem como base essencial a gratuidade do amor? Será que estamos ensinando que o amor é, por essência, gratuito e que, ao nos entregarmos a Deus, ao servi-Lo, ao devolver o tributo, ao nos consagrarmos não temos nenhuma garantia de que as coisas vão ser como queremos ou pensamos que seriam? Será que deixamos claro que Deus, longe de ser um investimento de renda fixa, com retorno garantido, é Amor que corre todos os riscos por nós? Será que ensinamos que Deus não dá nenhuma garantia de retorno como nós pensamos que Ele deveria dar?
Ou, talvez, estejamos ensinando – e crendo! – que, se eu der dinheiro à paróquia Deus me dará o dobro; se eu servir à Igreja, Deus me servirá; se eu fizer tudo “certinho” Deus vai fazer com que tudo dê “certo” comigo e com os meus; se eu consagrar minha vida a Deus, tenho garantia de libertação e santidade, em uma negociação infindável de fazer inveja ao título mais promissor do mercado…
Ao olhar a vida dos santos, de Maria e do próprio Jesus, qualquer um ficaria facilmente desencantado com as ideias retributivas que empeçonham a mente de um católico, impedindo-o de ter a mente de Cristo. Tome-se, por exemplo, São Paulo: perseguições, apedrejamentos, naufrágios, falatórios, julgamentos, calúnias, prisões e morte. São Pedro não será muito diferente! Nem Jesus. Nem Maria. Nem Madre Teresa de Calcutá. Nem João Paulo II.
Alguém tem que voltar a ensinar que o amor a Deus, para ser amor, precisa ser absolutamente gratuito, sem nenhuma garantia de retorno. Pelo menos, não na nossa moeda, não na nossa medida.  O “dai e dar-se-vos-á”, a “medida boa, cheia, recalcada, transbordante” são um outro câmbio, uma outra moeda, a moeda do céu, que é sempre amor.
Via aleteia
 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

10 dicas para quem está em depressão

Vale a pena lutar com determinação e persistência

Alone thoughtful sadness girl is sad at the window
A seguir, serão listadas dez dicas básicas para aqueles que sofrem com a tão preocupante depressão. São dicas que com certeza devem fazer parte da vida de qualquer pessoa, independente do transtorno psicológico que ela está enfrentando.
Vale ressaltar que não existem regras nem fórmulas preparadas que garantam a melhora da depressão. De nada adiantam todas as dicas, remédios e terapias, se a pessoa não está verdadeiramente estimulada e preparada para vencer a doença. O processo é difícil, doloroso e muitas vezes, desanimador, por isso é de suma importância ter grande determinação e persistência.
1: Pense no seu bem-estar
Isso não quer dizer que você deva virar um egocêntrico, mas que você precisa dar um pouco mais de atenção para a sua vida, para você e para tudo aquilo que acontece à sua volta. Não menospreze nada que faça parte de você. Cuide-se.
2: Faça o que você ama e, acima de tudo, aprenda novas coisas
Você precisa ocupar seu tempo com coisas que lhe agradam – música, livros, esportes, filmes, amigos – e que lhe façam pensar em coisas boas e agradáveis. Mas não se prenda a isso. Vá explorar novas oportunidades e aprender novas habilidades – tocar um instrumento, aprender uma nova língua –que com certeza lhe trarão muita alegria e sentimentos de satisfação.
3: Não tenha medo de errar
Ou não pense que tudo aquilo que você faz é errado. Confie mais em si mesmo e arrisque mais. Ninguém é perfeito. As pessoas erram a todo momento. A diferença entre elas é que algumas nem reconhecem que erraram e fingem que nada aconteceu, enquanto outras – como é o seu caso- se culpam e ficam desanimadas consigo mesmas. Você deve reconhecer o erro e ver o que pode fazer para não repeti-lo. Aprenda e aceite que errar é humano. Você é um humano.
4: Não se culpe por tudo
Essa dica se relaciona um pouco com a dica anterior. É a velha história de que errar é humano. E é mesmo. Então para que se culpar? Quando nos arrependemos de verdade de um erro, podemos contorná-lo e seguir em frente. Sempre haverá novas chances para aqueles que se arrependem, reconhecem e, acima de tudo, aprendem com seus erros. Cada queda que levamos serve para nos ensinar novas lições. Se culpar é o mesmo que envenenar a própria alma. Esse sentimento só nos mata aos poucos.
5: Pense positivo e se prepare para o pior
Essa dica é importante, porque a depressão promove sentimentos muito negativos e desanimadores. Não ceda a tais sentimentos. Sei que não é fácil. Você precisa cultivar bons pensamentos e se preparar para o pior, afinal nem sempre tudo ocorre como imaginamos. Ter esperanças, mas estar preparado para o retorno negativo, nos ajuda a ser muito mais resilientes, ou seja, a superar muito melhor qualquer perda ou trauma que possa ocorrer na nossa vida.
6: Não leve a sério tudo o que dizem
Aprenda com as críticas. Geralmente, quem está numa crise tende a dar ouvidos a tudo o que as pessoas dizem. Se abalam facilmente e não podem ouvir nenhuma crítica que desabam ainda mais. Tenha consciência de uma coisa: Nem tudo o que os outros dizem realmente tem valor. Muitos só querem te prejudicar ainda mais. Seja mais autoconfiante. E quando receber críticas, analise com calma e veja se tem fundamento. Existem críticas que realmente vem para o nosso benefício. Só nos cabe aceitá-las e corrigi-las para que possamos nos tornar pessoas cada vez melhores.
7: Aceite desafios
Saia da sua zona de conforto. Sei que é muito bom sentir segurança, mas é necessário nos permitir correr riscos, fazer coisas novas, experimentar novos sabores, viver novas experiências. Quando saímos da zona de conforto, percebemos o quão somos capazes de crescer e evoluir. Deixamos de ter aquele medo e aquela crença de que não somos capazes. Por que somos sim.
8: Esqueça os padrões que a sociedade impõe
Você sabe o que é melhor para você.
9: Ria mais de si mesmo
Deixe de ficar se autocriticando e achando que deveria ser perfeito. Esqueça a perfeição. Olhe para si mesmo e para suas trapalhadas e aprenda a rir disso. Garanto que a vida se tornará muito mais leve.
10: Ame
Permita-se amar. Não se isole em seu próprio mundo. Existem tantas pessoas esperando um minuto que for para estar com você. Ame. Ame e ame.

(via Psiconlinews)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Por que a Semana Santa muda de data todos os anos?

Uma pergunta que todo católico precisa saber responder

Moon

Como é importante para os cristãos celebrar, viver e prolongar na vida a presença real do Senhor na liturgia! A liturgia permite celebrar os mistérios da vida de Jesus ao longo do ano, tendo sua ressurreição como eixo. Esse ano é conhecido como ciclo ou ano litúrgico.
O ano litúrgico é regulado entre a data móvel da Páscoa (segundo o ciclo lunar) e seu início, também móvel, relacionado com o Natal.
O Natal é celebrado durante o solstício de inverno do hemisfério norte (segundo o ciclo solar), convertendo a celebração popular pagã do nascimento do sol invicto na celebração do nascimento de Jesus.
Mas por que a Semana Santa muda de data todo ano? Porque muda a data da festa da Páscoa. E a data da festa da Páscoa de ressurreição é móvel porque está ligada à páscoa judaica.
O povo judeu celebrava a páscoa, chamada também de “Festa da Liberdade”, comemorando o fim da escravidão e sua saída do Egito. Segundo o judaísmo, os hebreus devem celebrar todos os anos a festa da páscoa durante uma semana inteira, entre os dias 14 e 21 do mês de Nissan – dias que começam com a primeira lua cheia da primavera.
O mês de Nissan é o primeiro mês do calendário hebraico bíblico (Êx 12, 2), porque nesse mês o povo de Israel saiu do Egito. Tal mês cai entre os dias 22 de março e 25 de abril.
A festa da páscoa era fixada com base no ano lunar, e não no ano solar do calendário civil. Recordemos que, nas antigas civilizações, empregava-se o calendário lunar para calcular a passagem do tempo.
Por que os judeus celebram sua páscoa com a primeira lua cheia da primavera? Porque havia lua cheia na noite em que o povo judeu saiu do Egito, e isso lhe permitiu fugir à noite sem ser descoberto pelo exército do Faraó, ao não depender de lâmpadas.
Mas o que a páscoa judaica tem a ver com a Páscoa cristã?
Na Última Ceia, realizada na Quinta-Feira Santa, os apóstolos celebraram com Jesus a páscoa judaica, comemorando o êxodo do povo de Israel, guiado por Moisés. Com isso, temos a certeza de a primeira Quinta-Feira Santa da história era uma noite de lua cheia.
E é por isso que a Igreja coloca a Quinta-Feira Santa no dia de lua cheia que se apresenta entre os meses de março e abril. Então, a data da Semana Santa depende da lua cheia.
Esta mobilidade afeta não somente as festas relacionadas à Pascoa, mas também o número de semanas do Tempo Comum; são as chamadas festas móveis, que variam todos os anos, juntamente com a solenidade da Páscoa, da qual dependem.
Antigamente, a Páscoa era celebrada exatamente no mesmo dia da páscoa judaica; mas uma decisão do Concílio de Niceia (ano 325) determinou que a Páscoa cristã fosse celebrada no domingo (o domingo posterior à primeira lua cheia primaveral do hemisfério norte).

FONTE: ALETEIA

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

As exigências do Pai-Nosso

Crer que Deus é nosso Pai tem consequências enormes para toda a nossa vida, e exige de nós algumas atitudes

Single mother and her son having a devotional outdoors. Praying for the city with instagramesque effect
Sabemos que esta é a “Oração perfeita”, pois saiu do coração de Jesus quando um dos discípulos pediu-lhe que os ensinassem a rezar (Lc 11,1). São sete pedidos perfeitos ao Pai. Saudamos a Deus como Pai – uma ousadia de amor – e lhe fazemos três pedidos para a Sua Glória e realização de Sua santa vontade, e mais quatro pedidos para nossas necessidades.
O Pai-Nosso é o resumo de todo o Evangelho, como disse Santo Agostinho, “Percorrei todas as orações que se encontram nas Escrituras, e eu não creio que possais encontrar nelas algo que não esteja incluído na Oração do Senhor”.
No Sermão da Montanha e no Pai-Nosso a Igreja ensina que o Espírito Santo dá forma nova aos nossos desejos, o que anima a nossa vida. De um lado Jesus nos ensina uma “vida nova”, por palavras, e por outro lado nos ensina a pedi-la ao Pai na oração, para a podermos viver.
É a oração dos filhos de Deus, que deve ser rezada com o coração, na intimidade com o Pai, para que se torne em nós “espírito e vida”. Isto é possível porque o Pai enviou aos nossos corações o Espírito do Seu Filho que clama em nós Abba, Pai. (Gal 4,6), e nos fez seus filhos adotivos em Jesus Cristo.
De pecadores que somos, mas perdoados em Cristo, podemos levantar os olhos para o Pai e dizer “Pai-Nosso”.
Crer que Deus é nosso Pai tem consequências enormes para toda a nossa vida, e exige de nós algumas atitudes:
1 – Conhecer a majestade e a grandeza de Deus. “Deus é grande demais para que o possamos conhecer”(Jó 36,26). Santa Joana D`Arc disse, “Deus deve ser o primeiro a ser servido”.
2 – Viver em ação de graças. Tudo o que somos e possuímos vem Dele. “Que é que possuis que não tenhas recebido?”(1Cor 4,7). “Como retribuirei ao Senhor todo o bem que Ele me fez?”(Sl 116,12).
3 – Confiar em Deus em qualquer circunstância, mesmo na adversidade. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo”(Mt 6,33).
4 – Conversão continua e vida nova. Desejo e vontade de assemelhar-se a Ele, pois fomos criados a sua semelhança.
5 – Se comportar como filho e não como mercenário que age por interesse ou escravo que obedece por temor.
6 – Contemplar sem cessar a beleza do Pai e deixá-la impregnar a alma.
7 – Cultivar um coração de criança, humilde e confiante no Pai, pois é aos pequeninos que Ele se revela.
8 – Conversar com Deus como seu próprio Pai, familiarmente, com ternura e piedade.
9 – Ter a esperança de alcançar o que lhe pede na oração. Como Ele pode nos recusar alguma coisa se nos aceitou adotar como filhos.
10 – Conhecer a unidade e a verdadeira dignidade de todos os homens, todos criados a imagem e semelhança de Deus (Gen 1,27).
11 – Desapegar-se das coisas que nos desviam Dele. “Meu Senhor e meu Deus, tirai de mim tudo o que me afasta de vós. Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo que me aproxima de vós. Meu Senhor e meu Deus, desprendei-me de mim mesmo para doar-me inteiramente a vós.” (S. Nicolau de Flue).
O Pai nos ama tanto que não nos quer perder de forma alguma para os deuses falsos que querem lhe roubar a glória e o nosso coração. Por isso o Pai nos corrige com “correção paterna”(cf. Hb 12,4s). Nem sempre entendemos os seus mistérios, mas Ele sabe o que precisamos e conduz a nossa vida com amor.
Santa Catarina de Sena, doutora da Igreja disse, `Tudo procede do amor, tudo está ordenado a salvação do homem, Deus não faz nada que não seja para esta finalidade”.

(via Felipe Aquino)