sábado, 27 de setembro de 2014

Espiritualidade: conversa com Deus…


Transmita às pessoas o quanto é importante a devoção e o reconhecimento de tudo que nos é dado


Um dia, levantei-me de manhã cedo para assistir o nascer do sol. A beleza da criação Divina estava além de qualquer descrição. Enquanto eu assistia, louvei a Deus pelo Seu belo trabalho.

Sentado lá, senti a presença de Deus comigo. Ele me perguntou:

- Você me ama?

Eu respondi:

- É claro, meu Deus. Você é meu Senhor e Salvador.

Então Ele perguntou:

- Se você tivesse alguma dificuldade física, ainda assim Me amaria?

Eu fiquei perplexo. Olhei para meus braços, pernas e para o resto do meu corpo e me perguntei quantas coisas eu não seria capaz de fazer as coisas que eu dava por certas. E eu respondi:

- Seria difícil, Senhor; mas eu ainda Te amaria.

Então o Senhor disse:
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- Se você fosse cego, ainda amaria minha criação? Como eu poderia amar algo sem a possibilidade de vê-lo?

Então eu pensei em todas as pessoas cegas no mundo e quantos deles ainda amaram Deus e Sua criação. Então respondi:

- É difícil pensar nisto, mas eu ainda Te amaria.

O Senhor então perguntou-me:

- Se você fosse surdo, ainda ouviria minha palavra?

Como poderia ouvir algo sendo surdo? Então eu entendi. Ouvir a palavra de Deus não é simplesmente usar os ouvidos, mas nossos corações. Eu respondi:

- Seria difícil, mas eu ainda ouviria a Tua palavra.

O Senhor então perguntou:

- Se você fosse mudo, ainda louvaria Meu nome?

Como poderia louvar sem uma voz? Então me ocorreu: Deus quer que cantemos de toda nossa alma e todo nosso coração. Nao importa como possa parecer. E louvar a Deus não é sempre com uma canção, mas quando somos oprimidos, nós louvamos a Deus com nossas palavras de gratidão. Então eu respondi:

- Embora eu não pudesse fisicamente cantar, eu ainda louvaria teu nome.

E o Senhor perguntou:

- Você realmente Me ama?

Com coragem e forte convicção, eu respondi seguramente:

- Sim, Senhor (…) Eu te amo! Tu és o unico e verdadeiro Deus.

Eu pensei ter respondido bem, mas entao Deus perguntou:

- ENTÃO POR QUE PECAS?

Eu respondi:

- Porque sou apenas um ser humano. Não sou perfeito.

- Então, por que em tempos de paz você vagueia ao longe? Por que somente em tempos de problemas você ora com fervor?

Sem respostas… somente lágrimas. O Senhor continuou:

- Por que cantas somente nas confraternizações e nos retiros? Por que me buscas somente nas horas de adoração? Por que Me pedes coisas tão egoístas? Por que me fazes perguntas tão sem fé?

As lágrimas continuavam a rolar em minha face.

- Por que você tem vergonha de mim? Por que você não está anunciando as Boas Novas? Por que em tempos de opressão, você chora a outros quando eu ofereço Meu ombro pra você chorar nele? Por que cria desculpas quando lhe dou oportunidades de servir em Meu nome? Você é abençoado com vida. Eu não te fiz para que jogasse este presente fora. Eu lhe abençoei com talentos para Me servir, mas você continua a se virar. Eu revelei Minha Palavra a você, mas você não progride em conhecimento. Eu falei com você, mas seus ouvidos estavam fechados. Eu mostrei minhas bênçãos, mas seus olhos se voltavam para outra direção. Eu lhe mandei servos, mas você  se sentou ociosamente enquanto eles eram afastados. Eu ouvi suas orações e respondi a todas elas… Eu quis responder, mas não havia resposta a ser dada. VOCÊ VERDADEIRAMENTE ME AMA?

Eu não pude responder. Como eu poderia? Eu estava inacreditavelmente constrangido. Eu não tinha desculpa. O que eu poderia dizer? Quando meu coração chorou e as lágrimas brotaram, eu disse:

- Por favor, perdoe-me Senhor. Eu não sou digno de ser seu filho.

O senhor respondeu:

- Esta é Minha Graça, meu filho.

E o Senhor continuou:

- Porque você é Minha criação. Você é meu filho. Eu nunca te abandonarei. Quando você chorar, Eu terei compaixão e chorarei com você. Quando você estiver alegre, Eu vou rir com você. Quando você estiver desanimado, Eu te encorajarei. Quando você cair, Eu vou te levantar. Quando você estiver cansado, Eu te carregarei. Eu estarei com você até o final dos tempos, e te amarei pra sempre.

Eu jamais chorei daquela maneira antes. Como pude ter sido tão frio? Como pude ter magoado Deus como fiz? Então eu perguntei a Deus:

- O Senhor me ama?

O Senhor esticou Seu braço. Logo, curvei-me aos seus pés, e, pela primeira vez eu orei verdadeiramente (…).

Transmita às pessoas o quanto é importante a devoção e o reconhecimento de tudo que nos é dado. Dê valor às coisas simples, não seja ambicioso, muito menos materialista; trate “seus irmãos” com dignidade (…).
(Cléofas)
Fonte: Aleteia

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O que fazer quando os filhos já não escutam os pais?


Você é sacerdote do seu lar e pode exercer este sacerdócio com a autoridade que o Senhor lhe deu para isso

A paternidade é um dom, mas, como tal, implica responsabilidade. A concepção de um filho exige novas atitudes diante da própria vida e daquela que foi colocada nos braços dos pais, levando em consideração que o filho não lhes pertence, que a pátria potestade que a natureza e o Estado lhe reconhecem não são um simples direito, mas um dever a ser cumprido.

Tais direitos não se limitam aos conteúdos da Carta Universal dos Direitos Humanos, mas também a outros que a Bíblia nos traz: " Quem se descuida dos seus, e principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel" (1 Tim 5, 8); "Os mandamentos que hoje te dou serão gravados no teu coração. Tu os inculcarás a teus filhos, e deles falarás, seja sentado em tua casa, seja andando pelo caminho, ao te deitares e ao te levantares" (Dt 6, 6-7).

Não é somente o Estado quem exigirá o cumprimento das responsabilidades que os pais têm, mas o próprio Deus pedirá contas a eles com relação ao dom que lhes ofereceu.

Não é fácil educar, sobretudo quando se leva em consideração que tudo o que a família ensina em casa parece querer ser tirado pelo mundo, diante das propostas destrutivas que este faz permanentemente, mascaradas de comodidade e prazer.

Chega um momento da vida em que, como pai de família, você experimentará a limitação que seus filhos vão impondo à sua autoridade sobre eles e de que maneira sentem que cada ensinamento se torna o que eles consideram uma limitação da sua autonomia e liberdade.

Então surge o desespero e a frustração embarga o coração dos que veem, impotentes, como seus filhos vão pisoteando tudo aquilo que lhes foi transmitido com tanto esforço, para começar a viver de uma maneira muitas vezes contrária aos princípios cristãos.

"O que fazer?" – perguntam-se muitos. É então que começam a nos procurar para pedir um pouco de oração pelo rebelde que se afasta cada vez mais de Deus: "O senhor está mais perto de Deus, padre, Ele o escuta mais facilmente". Diante destas petições, costumo dizer que eu posso fazer a oração, mas que a oração de um pai e de uma mãe é insubstituível aos olhos de Deus.

Todos os pais e mães de família são verdadeiros sacerdotes do seu lar; estão chamados a oferecer sacrifícios pelos seus
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filhos e por si mesmos diante do Senhor, pela sua conversão e salvação.

Deus nunca deixará de ouvir a oração de uma mãe aflita que clama ao céu pela conversão dos seus filhos. Esta oração tem todo o poder de transformar e de fazer o inferno tremer, pela fé daquela que, de joelhos diante do Senhor, lhe oferece um culto reverente e de adoração obediente.

As famílias de hoje precisam de pais que cubram seus filhos com sua oração. Enquanto são pequenos, eles se deixam levar e escutam atentamente o que lhes é ensinado, mas, na adolescência e na juventude, sentem-se invencíveis e acreditam que nada nem ninguém poderá prejudicá-los, e sobretudo acham que estão totalmente prontos para vencer o mal.

O que não sabem é que o mal nunca aparece com seu verdadeiro rosto, mas com outro disfarçado de bem, de bondade, de altruísmo e de "amigos" que só querem ajudar a voar.

Mães e pais intercessores sabem que a oração não é somente para pedir saúde (considerado o maior bem existente, algo que não é verdade), mas também para pedir sabedoria, como Salomão, para conduzir seus filhos ao porto seguro da eternidade diante de Deus.

Precisamos de pais e mães que confiem no poder que sua oração tem, como a de Maria nas bodas de Caná, e que se unam para ajudar-se nesta tarefa de interceder pelos seus familiares.

A responsabilidade da paternidade não acaba com a maioridade dos filhos, pois o limite não é entregá-los ao mundo sendo bons cidadãos, mas filhos salvos pelo amor de Jesus. "De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se perde sua alma?"

Dobre seus joelhos diante do Criador, clame ao céu para que, pela sua obediência, todos os da sua casa sejam abençoados. Lembre-se de que você pode ser um instrumento de salvação ou condenação para eles.

Você é sacerdote do seu lar e precisa exercer este sacerdócio com a autoridade que o Senhor lhe deu para isso. O Senhor o escutará. Quando os conselhos não são ouvidos por um filho obstinado, a oração que você faz por ele será seu principal recurso na fé.
FONTE: Aleteia

Movimento Apostólico de Schoenstatt organiza Centenário da Aliança de amor

A importância da Santíssima Virgem, a mulher, que é próxima de Deus e dos homens desempenha um papel fundamental para o Movimento Apostólico de Schoenstatt, que tem por objetivo principal a responsabilidade de seus aliados para proteção dos cristãos e a condução do amor de Deus para com os homens em suas vidas diárias.

1376484_355147844630458_431356371_nÉ com esta intenção que o Santuário de Shoenstatt da Diocese de Guarapuava, localizado na PR 170, Km 06, no trevo de saída para o Pinhão está organizando o Centenário da Aliança de amor.  A programação inicia  de segunda a sexta feira, no dia (09)de outubro às 20hs com o preparativo da Novena onde as paróquias do Decanato Centro vão presidiar com término no dia (17), já aos sábados e domingos às 17hs.
Para o encerramento da programação, no dia (18) as 9h terá o terço meditado, 9h45 a conquista da Estrela Comemorativa, perto do horário de almoço às 11h30 a Celebração da Aliança de Amor transmitida direto de Schoenstatt da Alemanha e as 16h celebração eucarística (Missa).
Durante todos os dias da programação haverá apresentação dos trabalhos do movimento de Shoenstatt nas 05 áreas de atuação (FAMÍLIA, JUVENTUDE, IGREJA, PEDAGOGIA E SOCIEDADE, também atividades para as crianças e venda de lanches).
Para mais informações entrar em contato pelo telefone (42) 3623-2682.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Nossas feridas aos olhos de Deus


Deus nos aceita como somos e não se envergonha das nossas fraquezas

Como as nossas feridas são importantes! Da ferida pode brotar a vida, surgir a esperança. Sim, dessa ferida que causa tanta dor e que às vezes temos vontade de tapar, esconder, negar.

Deus nos quer com as nossas feridas, não apesar delas. Nossas feridas podem ser fonte de vida, como a ferida do lado de Cristo. Quando as aceitamos e beijamos, Deus as usa para gerar vida.

Deus não nega nossas feridas. Ele não constrói sobre uma alma sem pecado, exceto no caso de Maria. O Senhor nos aceita como somos e não se envergonha de nós.

Podemos pensar que Deus só ama nossas virtudes e aproveita somente o que fazemos bem, os talentos que Ele nos deu. É difícil compreender que Deus possa querer usar nossa limitação, nossa fraqueza, aquela ferida que queremos esquecer, para dar vida em abundância a outros.

Deus utiliza o barro da nossa história pessoal para criar uma obra de arte. A ferida e a ruptura se tornam pontes, caminhos de santidade. Sem nossas fraquezas, Deus não pode dar vida a outros, porque elas são portas de entrada para Deus e para os outros; nossas feridas nos fazem humildes, misericordiosos, nos fazem julgar a realidade partindo da pequenez, não do orgulho.

Chega de formular ideais que não são nossos, mas tirados da vida dos santos ou de ideais distantes, que nos destroem por dentro, ao recordar-nos continuamente a desproporção entre aquilo por que ansiamos e o que somos.

Tenhamos nossas feridas como ponto de partida, nossa vida assim como ela é, nossa pequenez que sonha com as alturas. Precisamos entender que é a partir dessas feridas, do mais profundo da nossa dor, dessa história da qual muitas vezes nos envergonhamos que Deus começa a esculpir a verdadeira obra-prima que Ele quer fazer conosco.

Nossas feridas são nosso caminho de salvação. Aceitemos a nossa história, porque Deus fará maravilhas com ela. Ele pode fazer maravilhas com a nossa pobreza, como fez com Maria, partindo da sua pequenez, como fez com os santos.

Viver assim nos tornará mais misericordiosos, humanos, humildes e alegres, porque não precisaremos nos defender de ninguém.

Às vezes, valorizamos demais os talentos e nos focamos só nas capacidades; a perfeição nos atrai; as pessoas mais destacadas parecem ser mais fecundas que as que não sabem tanto, que parecem não ter muitos talentos, que são complicadas, que estão muito feridas.

Mas não estamos aqui para buscar só a eficiência e a perfeição, para ser seletivos, porque não foi esse o caminho que Jesus seguiu. Ele se cercou de pecadores e pessoas rejeitadas, feridas, doentes.

Tenhamos um coração aberto e misericordioso como o de Jesus, um coração que veja as pessoas como Ele as vê.
Fonte: Aleteia

O Moleiro, O Filho e o Burro  
Um dia de verão, um moleiro e seu filho saíram do moinho e iam levando um burrinho à feira da aldeia vizinha, para vendê-lo. No caminho, algumas moças começaram a rir deles.

    - Que bobos vocês são! Bem poderia a criança montar no burro, em vez de ir a pé num dia tão quente!

    O moleiro fez o filho montar no burro e continuou andando a seu lado. Logo chegaram perto de um grupo de velhos e um deles disse, apontando o moleiro, o filho e o burro:

    - Ninguém mais respeita os velhos! Reparem só! Enquanto uma criança monta no burro, seu velho pai se esfalfa a arratá-lo!

    Ouvindo-o, o moleiro fez descer o filho da garupa do burro e ele próprio montou-o, continuando logo o caminho.

    Chegaram junto a um grupo de mulheres e crianças. Uma das mulheres exclamou:

    -Como pode um homem adulto ir montado num burro e deixar uma criança ir a pé!

    O moleiro suspendeu o filho e colocou-o em cima do burro. Logo adiante, de outro grupo surgiu um homem que gritou:

    - Que malvados! Como podem maltratar assim um burrinho tão pequeno?

    Envergonhado, o moleiro amarrou as pernas do burro e carregou-o nas costas, ajudado pelo filho.

    Os moradores da aldeia riram `s gargalhadas quando viram pai e filho carregando o burro. Riram tanto que o burrinho se assustou, começou a sacudir as pernas, as cordas que as amarravam rebentaram, e ele caiu dentro do rio.

Moral da História - "Quando se quer agradar a todos, acaba-se não agradando a ninguém."

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O decálogo da felicidade do Papa Francisco


Em uma entrevista a uma revista argentina, o Papa deixou conselhos preciosos se para alcançar uma vida realizada e cheia de sentido

O Papa Francisco concedeu uma entrevista à revista argentina Viva, publicada no dia 27 de julho, em que deixou para os leitores algumas dicas preciosas para ajudar na busca da felicidade. Eis os 10 conselhos do Papa:

1) Viver e deixar viver, primeiro passo para a felicidade
"Aqui os romanos têm um ditado e podemos levá-lo em consideração para explicar a fórmula que diz: 'Vá em frente e deixe as pessoas irem junto'." Viva e deixe viver é o primeiro passo da paz e da felicidade.

2) Doar-se aos outros para não deixar o coração dormindo
"Se alguém fica estagnado, corre o risco de ser egoísta. E água parada é a primeira a ser corrompida."

3) Mover-se com humildade, com benevolência entre as pessoas e as situações
O Papa usa o termo “remansadamente”, de um clássico da literatura argentina. "No [romance] 'Dom Segundo Sombra' há uma coisa muito linda, de alguém que relê a sua vida. Diz que em jovem era uma corrente rochosa que levava tudo à frente; quando adulto era um rio que andava para a frente e que na velhice se sentia em movimento, mas remansado. Eu utilizaria esta imagem do poeta e romancista Ricardo Guiraldes, este último adjetivo, remansado. A capacidade de se mover com benevolência e humildade, o remanso da vida. Os anciãos têm essa sabedoria, são a memória de um povo. E um povo que não se importa com os mais velhos não tem futuro."

4) Preservar o tempo livre como uma sadia cultura do ócio
“O consumismo levou-nos a essa ansiedade de perder a sã cultura do ócio, desfrutar a leitura, a arte e as brincadeiras com as crianças. Agora confesso pouco, mas em Buenos Aires confessava muito e quando via uma mãe jovem perguntava: Quantos filhos tens? Brincas com os teus filhos? E era uma pergunta que não se esperava, mas eu dizia que brincar com as crianças é a chave, é uma cultura sã. É difícil, os pais vão trabalhar e voltam às vezes quando os filhos já dormem. É difícil, mas há que fazê-lo".

5) O domingo é para a família
"Um outro dia, em Campobasso (Itália), fui a uma reunião entre o mundo universitário e mundo trabalhador, todos reclamavam que o domingo não era para trabalhar. O domingo é para a família".

6) Ajudar de forma criativa os jovens a conseguir um emprego digno
"Temos de ser criativos com este desafio. Se faltam oportunidades, caem na droga. E é muito elevado o índice de suicídios entre os jovens sem trabalho. Outro dia li, mas não me fio porque não é um dado científico, que havia 75 milhões de jovens com menos 25 anos desempregados. Não basta dar-lhes comer, há que inventar cursos de um ano de canalizador, electricista, costureiro. A dignidade de levar o pão para casa".

7) Cuidar da natureza, amar a criação
"Há que cuidar da criação e não o estamos fazendo isso. É um dos maiores desafios que temos.”

8) Esquecer-se rapidamente do negativo que afeta a vida
“A necessidade de falar mal de alguém indica uma baixa auto-estima. É como dizer ‘sinto-me tão em baixo que em vez de subir baixo o outro’. Esquecer-se rapidamente do negativo é muito mais saudável”.

9) Respeitar o pensamento dos outros
“Podemos inquietar o outro com o testemunho para que ambos progridam com essa comunicação, mas a pior coisa que se pode fazer é o proselitismo religioso, que paralisa: ‘Eu dialogo contigo para te convencer'. Não. Cada um dialoga sobre a sua identidade. A Igreja cresce por atração, não por proselitismo".

10) Buscar a paz é um compromisso
"Vivemos uma época de muitas guerras. Na África parecem guerras tribais, mas são algo mais. A guerra destrói. E o clamor pela paz é preciso ser gritado. A paz, às vezes, dá a ideia de quietude, mas nunca é quietude, é sempre uma paz ativa".
Fonte: Aleteia

domingo, 21 de setembro de 2014

Carta de Jesus para você: da minha cruz à sua solidão

A você, que nem sempre acredita que estou ao seu lado, que me olha e não me vê, e às vezes perde a esperança em me encontrar

Eu escrevo da minha cruz à sua solidão. A você, que tantas vezes olhou para mim sem me ver e me ouviu sem me escutar. A você, que tantas vezes prometeu me seguir de perto e, sem saber por quê, se distanciou das pegadas que lhe deixei no mundo para que você não se perdesse.

A você, que nem sempre acredita que estou ao seu lado, que me procura sem me achar e às vezes perde a esperança em me encontrar. A você, que de vez em quando pensa que eu sou apenas uma lembrança e não compreende que estou vivo.

Eu sou o começo e o fim; sou o caminho para você não se desviar, a verdade para que você não erre, e a vida para que você não morra. Meu tema favorito é o amor, que foi minha razão para viver e para morrer.

Eu fui livre até o fim; tive um ideal claro e o defendi com o meu sangue para salvar você. Fui mestre e servidor, sou sensível à amizade e há muito tempo espero pela sua.

Ninguém como eu conhece sua alma, seus pensamentos, seu proceder, e sei muito bem quão grande é o seu valor. Sei que talvez sua vida pareça pobre aos olhos do mundo, mas sei também que você tem muito para dar, e tenho certeza de que, dentro do seu coração, há um tesouro escondido: conheça-se e então você reservará um lugar para mim.

Se você soubesse quanto tempo faz que bato à porta do seu coração e não recebo resposta! Às vezes sofro quando você me ignora e me condena, como Pilatos; também sofro quando você me nega, como Pedro; e quando me trai, como Judas.

Hoje, eu lhe peço que se una à minha dor, que carregue sua pequena cruz junto à minha. Peço-lhe paciência com relação aos seus inimigos, amor ao seu cônjuge, responsabilidade com seus filhos, tolerância com os idosos, compreensão com seus irmãos, compaixão pelo que sofre, serviço com todos, assim como eu vivi e lhe ensinei.

Eu não gostaria de voltar a vê-lo egoísta, rebelde, inconformado, pessimista. Gostaria que sua vida fosse alegre, sempre jovem e cristã. Cada vez que você desanimar, procure-me e me encontrará; cada vez que você se sentir cansado, converse comigo, conte-me seus problemas.

Cada vez que você achar que não serve para nada, não se deprima, não se ache inferior, não se esqueça de que precisarei da sua pequenez para entrar na alma do seu próximo.

Cada vez que você se sentir sozinho na estrada, não se esqueça de que estou com você. Não se canse de me pedir, que eu não me cansarei de lhe dar; não se canse de me seguir, que eu não me cansarei de acompanhar você.

Nunca o deixarei sozinho.

(Artigo publicado originalmente por Oleada Joven)
Fonte: Aleteia
Igreja Católica do Paraná se reúne para a 35ª Assembleia do Povo de Deus

A Assembleia inicia na sexta-feira (26), em Curitiba

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“Comunidade de Comunidades: Uma nova paróquia”, agora Documento da CNBB sob o número 100, será o tema da 35ª Assembleia do Povo de Deus do Regional Sul 2 da CNBB, que acontece em Curitiba, de 26 a 28 de setembro.
O local da Assembleia, Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossungê, reunirá todos os arcebispos e bispos das Arquidioceses e Dioceses do Paraná, Arquieparquia e Eparquia Ucraniana Católica, coordenadores da Ação Evangelizadora, coordenadores diocesanos da Pastoral da Comunicação (Pascom), coordenadores diocesanos dos grupos de reflexão e leigos ligados a coordenações pastoral, além dos coordenadores regionais das pastorais, organismos e movimentos da igreja, para este encontro anual. Cada diocese estará enviando 5 pessoas e a previsão é que a Assembleia supere o número de 150 participantes.
A Assembleia inicia na sexta-feira (26), às 14h, com término previsto para as 13h do domingo (28). O episcopado paranaense já reúne-se na manhã da sexta-feira, a partir das 7h40.
Para comemorar o Jubileu de Ouro do Regional Sul 2 acontecerá um jantar festivo, no Restaurante Cascatinha de Santa Felicidade.
Fonte: diopuava

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O drama da vida diária

Para o cristão, toda experiência tem significado

"A religião consiste na crença de que tudo o que nos acontece é extraordinariamente importante. Por esse motivo, a religião não pode desaparecer do mundo" (Cesare Pavese, 1908-1950, poeta italiano e suicida).

Certa vez, durante uma missa em que a leitura tratava da conversão de São Paulo no caminho de Damasco (Atos 9,3-9), o padre observou na homilia: "Nossas vidas são muito diferentes da vida de São Paulo. As nossas vidas não têm tanta dramaticidade".

“A minha tem!”, eu pensei na hora. A minha vida tem um nível de drama inacreditável, todos os dias, o dia todo! Será que as fotos vão ficar boas? Será que, pela primeira vez na vida, eu vou conseguir manter a calma na conversa com o departamento de cobranças da operadora de celular? Será que o leite vai ser suficiente para o café da manhã ou vou ter que sair para comprar na loja de conveniência? E, neste caso, não é melhor ir até o mercadinho e pegar também o jornal e aproveitar para subir a colina e ver se a figueira já começou a dar figos? Será que eu vou conseguir redigir essa frase, parágrafo, ensaio, postagem do blog ou livro do jeito que eu quero?

Carl Jung observou certa vez:
"A experiência religiosa é absoluta; ela não pode ser contestada. Você só pode dizer que nunca teve essa experiência, e o seu oponente vai responder: ‘Desculpe, mas eu sim’. E aí a discussão termina. Não importa o que o mundo pensa sobre a experiência religiosa: quem a tem possui um grande tesouro, que se tornou para ele uma fonte de vida, de significado e de beleza, e que trouxe um novo esplendor ao mundo e à humanidade. Ninguém sabe quais são as coisas finais. Temos, portanto, que acatá-las à medida que as experimentamos. E se essa experiência ajuda a tornar a vida mais saudável, mais bonita, mais completa e mais satisfatória para você e para aqueles que você ama, você pode dizer com segurança: ‘Foi a graça de Deus’".

Nós acreditamos, portanto, não por causa daquilo que os outros nos dizem, mas por causa daquilo que aconteceu conosco. E a maior parte do que nos acontece, quando olhamos de fora, não é particularmente chamativa. Ainda assim, se você é humano, é bem provável que, neste exato momento, você esteja desejando alguém, chateado com alguém, com ciúmes de alguém, ressentido com alguém, incomodado com alguém, sentindo-se abandonado por alguém, com medo de alguém (e talvez esses vários alguéns sejam a mesma pessoa). Você está preocupado com as suas finanças, com o seu peso, com os seus dentes, com o seu futuro, com seus pais idosos, com sua própria idade que também vai aumentando, com os seus filhos rebeldes, com o câncer no mundo, com a possibilidade de ter feito papel de bobo na noite passada, com o que vai comer no almoço.

Eu demorei muito tempo para entender que a religião não é aquilo que fazemos quando conseguimos deixar tudo isso de lado. A religião é perceber que existe um poder maior do que nós e que ele está conosco inclusive no meio de tudo isso.

"No meio da minha vida diária, nas pessoas com quem entrei em contato com, nas coisas que li e ouvi, eu senti aquela sensação de estar sendo acompanhada, de ser desejada; um sentimento de esperança e de expectativa", disse Dorothy Day, fundadora do Movimento Operário Católico.

A vida que interiormente é vivida ao máximo, mas que exteriormente é contida, focada e quase invisível, é uma marca do santo. "Até mesmo pegar um alfinete, se for por amor, pode converter uma alma", declarou Santa Teresa de Lisieux.
 
É claro que há uma linha tênue entre a paixão e a patologia: a crença de que tudo o que acontece conosco é extremamente importante também é a crença do narcisista. Por isso, é importante lembrar que tudo o que nos acontece não é importante porque nós sejamos importantes, mas porque Deus é importante.

Só Cristo, aprendi, pode preencher o meu coração, o meu desejo, a minha saudade, a minha dor, os meus anseios, a minha fome e a minha sede; o meu amor. Sem Ele, a vida poderia se tornar tão dramática e tão extraordinária que não suportaríamos a intensidade dos nossos sentimentos.

Morrer por amor, no entanto, talvez seja justamente a razão pela qual a religião não pode nunca desaparecer da face da terra.
Fonte: Aleteia

Os dois viajantes e o urso

Um amigo verdadeiro não abandona o outro nas horas de aflição. Amigo da onça é aquele que, nas horas em que mais precisamos, se afasta de nós.

Certa vez, dois homens viajavam a pé dentro de uma floresta. De repente, um enorme urso lhes apareceu. Um deles correu e subiu em uma árvore. O outro, incapaz de enfrentar sozinho a enorme fera, deitou-se no chão e permaneceu imóvel, fingindo estar morto.

O urso aproximou-se, cheirou-o de cima a baixo e, aparentemente convencido de que o homem estava morto, foi embora.

Aquele que estava em cima da árvore desceu. Curioso com a cena que viu lá de cima, perguntou ao colega: “Pareceu-me que o urso estava sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Ele lhe disse algo?”

“Sim”, respondeu o outro. “Disse-me que não é nada sábio e sensato andar na companhia de um amigo que, no primeiro momento de perigo, me deixa na mão”.

Um amigo verdadeiro não abandona o outro nas horas de aflição. Amigo da onça é aquele que, nas horas em que mais precisamos, se afasta de nós.

O nosso melhor amigo é Jesus Cristo. Veja o que ele mesmo diz: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos se fizerdes o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi” (Jo 15,13-16).

Jesus é tão amigo que nos deu sua própria Mãe. Ela é a nossa grande amiga, sempre pronta a nos socorrer com seu carinho materno.

Pe. Queiróz
Fonte: Aleteia

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Dez motivos para ler a Bíblia. Qual é o seu?

A Igreja celebra em setembro o mês da Bíblia

Aproveite este mês para ler a Bíblia, meditar com ela, permitir que seja lâmpada para os seus passos, luz para seu caminho. Considere que existam pelo menos dez razões para entrar no fascinante mundo da Sagrada Escritura.

1. Conhecer a Deus

Seria impossível sabermos algo de Deus se Ele não nos tivesse revelado. E isso Ele fez através da Sua Palavra. Por isso, para poder conhecê-Lo e criar com Ele uma relação pessoal de amor e confiança, é indispensável ler a Sua Palavra.

2. Conhecer a si mesmo

A Palavra de Deus penetra até o ponto de divisão entre a alma e o espírito (cfr. Eb 4,12). Lê-la nos permite conhecer a fundo nós mesmos. Isso sem partir da ótica humana do juízo e da condenação, mas do olhar esperançoso e misericordioso de Deus.

3. Receber luz

O salmista afirma que a Palavra é lâmpada para os passos e luz no caminho (cfr. Sl 119, 105). Tem sempre uma mensagem para iluminar a sua situação atual. Tem sempre alguma coisa de pertinente a lhe dizer; às vezes o consola, outras vezes exorta. Pode também tranquilizar, às vezes o inquieta e agita, mas pode ter certeza que lhe dá sempre aquilo de que precisa para a alma.

4. Dialogar com Deus

Tem quem acredite que rezar consiste somente em falar com Deus, porque Ele não diz nada. Mas Deus fala através da Sua Palavra. Ler a Bíblia lhe permite escutar aquilo que Ele quer dizer, para poder depois respondê-Lo, dialogar com Ele e, com a Sua graça, colocar em prática.

5. Participar da reflexão e da oração de toda a Igreja

Quando você lê os textos proclamados a cada dia na Missa, ou na Liturgia das Horas, une-se a milhões de católicos em todo o mundo que, naquele mesmo momento, estão lendo, escutando, refletindo, rezando com as mesmas palavras. Ler a Palavra lhe permite participar ativamente da unidade e universalidade da Igreja.

6. Colocar-se dentro da história da Salvação

Ler a Bíblia lhe permite descobrir como Deus se revelou ao ser humano, estabeleu uma aliança com o homem, promeu o Seu amor e a Salvação e respeitou esta promessa. Conhecer o passado lhe permite compreender o presente e vivê-lo com a alegria de saber que está fazendo parte do povo de Deus, que você é membro do Seu rebanho, ovelha do Bom Pastor.

7. Conhecer, compreender e amar a Igreja

Ler a Bíblia lhe permite conhecer a Igreja da qual faz parte para compreendê-la e amá-la mais, e se alegrar pelo fato de pertencer a ela sabendo que foi fundada por Cristo. Além do fato de que é formada por seres humanos propensos ao erro, como você e eu. A Igreja é conduzida através da história pelo Espírito de Deus.

8. Anunciar a Boa Nova

Ler a Bíblia lhe permite cumprir o mandato de Jesus de ir ao mundo todo e anunciar a Boa Nova (cfr. Mc 16,15). Apenas conhecendo a Escritura é possível compartilhar a Sua luz com outros.

9. Conhecer e defender a fé

São Paulo diz que cada texto da Escritura é útil para ensinar (cfr. 2Tm 3,16). Conhecer a Bíblia lhe permite enfrentar quem ataca a sua fé católica e respondê-los não somente com clareza, mas também com argumentações sólidas.

10. Viver com liberdade e alegria

Ler a Bíblia lhe dá liberdade e alegria. A liberdade daqueles que vivem a alegria de ter abandonado a imobilidade das trevas e caminham em direção Daquele que é a Luz. A alegria de saber que Ele está contigo todos os dias, até o fim do mundo, e a alegria de anunciá-Lo aos outros, como pede o Papa Francisco.

Eis aí dez motivos, são apenas os primeiros dez. Leia a Bíblia e você irá descobrir que existem tantos outros.
Fonte: Aleteia

terça-feira, 9 de setembro de 2014

As Sagradas Escrituras e a nossa vida espiritual


Orientação:
                                  Um cristão acredita em horóscopo?

topicUm verdadeiro cristão não acredita em horóscopo. Ainda que se trate de uma das práticas supersticiosas mais difundidas em nossa sociedade, o horóscopo não serve para predizer os futuros atos livres das pessoas. Além disso, o futuro não é efeito dos movimentos ou posições dos astros. O Catecismo da Igreja Católica é taxativo ao afirmar que os horóscopos devem ser rejeitados. Sim, o Catecismo da Igreja Católica afirma que “todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas”. Pois bem, entre as variadas formas de adivinhação, o Catecismo menciona as seguintes: “recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente ‘reveladoras’ do futuro. A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos ‘médiuns’, tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele” (CIC 2116). Querer conhecer o futuro é pretender ser igual a Deus – pretensão tão soberba quanto absurda. Devemos confiar nossa vida à Providência divina, confiar em Deus como o Pai que Ele é. Mas a consulta aos horóscopos não deve ser rejeitada somente “porque a Igreja diz”: existem outros motivos. Primeiramente, devemos dizer que a crença em horóscopos é perigosa; é quase como acreditar em outra religião. Existem pessoas que tentam nos fazer acreditar que não somos livres, mas que estamos determinados em tudo pelo nosso signo do zodíaco. Não seria a pessoa quem realiza sua própria vida, mas todo o seu agir estaria dirigido por uma força estranha proveniente das estrelas. Nada do que os horóscopos afirmam está cientificamente provado. O que dizem sobre os sagitarianos hoje, por exemplo, dirão sobre os piscianos amanhã. É triste o fato de que continuem escrevendo horóscopos; mas pior ainda é saber que existem pessoas que acreditam em tudo o que leem. O que se pode fazer no campo da educação, particularmente na formação espiritual? É preciso instruir a inteligência e a consciência. O horóscopo é efeito da antiga astrologia, não da astrologia natural, que é mãe da astronomia; trata-se da astrologia judiciária, que se empenhava em descobrir a influência dos astros sobre o destino dos homens e das coisas. Neste sentido, é preciso situá-lo dentro do fenômeno mais amplo das “artes da adivinhação”, entre as quais a adivinhação do que ocorreria a cada hora tinha muito peso entre os persas e os egípcios (“oros-scopeo” significa “horas-olhar”). Os antigos astrólogos observavam o universo a cada hora, cada dia, cada período, esperando encontrar nisso desde a previsão do clima até as causas ou os avisos sobre os acontecimentos sociais, bélicos, religiosos ou sanitários. Também é preciso analisar os traços históricos da astrologia e reconhecer seus efeitos na cultura. A astrologia judiciária se dividiu, às vezes, em vários setores: a mundial, que vê os processos na história e na política; a genética ou individual, para predizer os acontecimentos pessoais; a horária ou de consultório, que busca a resposta, mediante consulta, para perguntas concretas de pessoas interessadas. É evidente que a predição prospectiva, a análise dos resultados que dependem de variáveis observáveis, mais do que adivinhação, é predição e previsão, com mais ou menos grau de probabilidade. Assim acontece com o tempo atmosférico ou com a evolução de uma doença. Mas a predição do que ocorre por causas livres é evidentemente um engano, uma predição jogando ao azar, ao cálculo de probabilidades, que é o que acontece nas casas lotéricas e na maior parte dos prognósticos humanos. Finalmente, convém também ensinar cada pessoa a se desfazer de superstições e crenças que possam prejudicar a convivência. Tal pode ser o cultivo de atitudes deterministas ou fatalistas, sejam teológicas (Deus decide tudo sem nós), biológicas (o corpo tem mecanismos cegos e irresistíveis) ou sociológicas (o homem depende das suas circunstâncias). Evitar isso também é ajudar a lutar pela liberdade na vida e, portanto, trabalhar pela conquista do amor como dom que os homens podem vivenciar. Por isso, é importante ajudar todos a defender-se dos que propagam os horóscopos, que são adivinhadores e astrólogos que geralmente pretendem viver explorando a credulidade dos ingênuos e buscando ganhar dinheiro à custa disso. A atitude da Igreja com relação aos horóscopos sempre foi de condenação sem paliativos. A Igreja sempre condenou e rejeitou todo o relativo a adivinhação, espiritismo e cultivo de crenças vãs. Recordou sempre que o mundo foi criado por Deus e se rege pelas leis naturais e pelos cuidados especiais da Providência. Em tempos antigos, já houve sínodos e concílios, como o de Toledo (ano 400) e o de Braga (em 561), que rejeitaram frontalmente o culto ou cultivo da astrologia. Para viver, as pessoas precisam de esperança, serenidade, algo em que apoiar-se. Os que acreditam que Deus é providente e reconhecem que tudo o que acontece é porque Ele quer ou permite, não precisam de outros apoios. Os que não têm esse eixo fundamental em seu pensamento buscam, com mais ou menos afinco, segundo sua cultura e sua sensibilidade, os caminhos do azar, da aventura, para esconder suas desventuras, sobretudo quando se sentem em perigo ou são desconfiados. “Mundus vult decipi”, diziam os antigos, isto é, “o mundo quer ser enganado”.
Por Aleteia

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mês da Bíblia 2014: Evangelho de Mateus

Neste ano de 2014, vamos ler o Evangelho de Mateus. O lema para o Mês da Bíblia, desta vez, é "Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que eu ordenei a vocês!" (Mt 28,19-20)
Acolhemos o Evangelho de Mateus como a Nova Lei de Deus que Jesus nos trouxe. Mateus a redigiu na forma de cinco livros, como se fosse um novo Pentateuco. Os livros querem nos inserir na nova e eterna aliança realizada por Jesus, que disse: "Não pensem que eu vim abolir a lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento" (Mt 5,17). Queremos aprofundar esta proposta como a formação necessária para nós que queremos seguir Jesus, sendo suas/seus discípulas/os e missionárias/os.
Fonte: Cebi
Juventude da Diocese de Guarapuava se prepara para mais um DNJ

A juventude da Diocese de Guarapuava já está se preparando para celebrar o Dia Nacional da Juventude (DNJ), que este ano trás como lema “Feitos para sermos livres e não escravos”, que faz referência à luta contra o tráfico humano, que motivou a Campanha da Fraternidade deste ano “Fraternidade e Tráfico Humano”.
10634120_646983832075520_653878770457493111_oCom esse lema os grupos irão refletir em seus encontros preparatório para o DNJ, sobre diversas práticas cotidianas de nossa sociedade, que escravizam o ser humano e o priva de ser livres, conforme a vontade de Deus, o subsidio está disponível para fazer download no blog do Setor Juventude  http://setorpuava.blogspot.com.br.
 
Esse ano o Dia Nacional da Juventude na Diocese de Guarapuava será celebrado nos decanatos, mas todos no mesmo dia 19 de Outubro. Devido à distribuição das paróquias do decanato Pinhão o evento será realizado juntamente com decanato Centro.
A organização do dia ficará sob a responsabilidade de cada decanato, que tem um padre assessor da juventude, decanato Centro padre Rogério; decanato pinhão padre Jean; decanato Laranjeiras padre Joaquim e decanato Pitanga padre Adalto e o mesmo deverá articular uma equipe para organizar o dia festivo.
Locais já definidos para o DNJ:
Decanato Centro e Pinhão as atividades irão iniciar às 9 horas da manhã na Paróquia e Catedral Nossa Senhora de Belém.
Decanato Pitanga a cidade de Rosário do Ivaí vai acolher os jovens para celebrarem o seu dia na paróquia Nossa Senhora do Rosário com as atividades iniciando às 8 horas.
Decanato Laranjeiras o responsável Decano é o padre Joaquim.
Fonte: Diopuava

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

88 - Sou católico e estou na universidade! E agora?


Bispos emitem mensagem sobre Reforma Política no Brasil
 
Brasília, 29 de agosto de 2014
Mensagem sobre a Reforma Política
 
A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, atenta à sua missão evangelizadora e à realidade do Brasil, reafirma sua convicção, como muitos segmentos importantes da sociedade brasileira, de que urge uma séria e profunda Reforma Política no País. Uma verdadeira reforma política melhorará a realidade política e possibilitará a realização de várias outras reformas necessárias ao Brasil, por exemplo a reforma tributária.
Esclarecemos que este Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política não está vinculado a nenhum partido político, tão pouco a nenhum candidato a cargos políticos eletivos, embora não haja restrição do apoio de bons políticos do Brasil.
Várias tentativas de reforma política foram feitas no Congresso Nacional e todas foram infrutíferas. Por isto, estamos empenhados numa grande campanha de conscientização e mobilização do povo brasileiro com vistas a subscrever o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política Democrática, nº 6.316 de 2013, organizado por uma Coalizão que reúne uma centena de Entidades organizadas da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Movimento contra a Corrupção Eleitoral (MCCE) e a Plataforma dos Movimentos Sociais.
O Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política Democrática se resume em quatro pontos principais: 1) O financiamento de candidatos; 2) A eleição em dois turnos, um para votar num programa o outro para votar numa pessoa; 3) O aumento de candidatura de mulheres aos cargos eletivos; 4) Regulamentação do Artigo 14 da Constituição com o objetivo de melhorar a participação do povo brasileiro nas decisões mais importantes, através do Projeto de Lei de Iniciativa Popular, do Plebiscito e do Referendo, mesclando a democracia representativa com a democracia participativa.
Durante Semana da Pátria, refletiremos sobre nossa responsabilidade cidadã. Animamos a todas as pessoas de boa vontade a assinarem o Projeto de Lei que, indubitavelmente, mudará e qualificará a política em nosso País. A Coalizão pela Reforma Política e a coordenação do Plebiscito Popular coletarão assinaturas e votos, conjuntamente. Terminada a Semana da Pátria, cada iniciativa continuará o seu caminho.
Trabalharemos até conseguirmos ao menos 1,5 milhões de assinaturas a favor desta Reforma Política.
“No diálogo com o Estado e com a sociedade, a Igreja não tem soluções para todas as questões específicas. Mas, juntamente com as várias forças sociais, acompanha as propostas que melhor correspondam à dignidade da pessoa humana e ao bem comum. Ao fazê-lo, propõe sempre com clareza os valores fundamentais da existência humana, para transmitir convicções que possam depois traduzir-se em ações políticas” (Evangelii Gaudium, 241).
A Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira do Brasil, suplicamos que leve a Jesus as necessidades de todos os brasileiros. E Ele, com toda certeza, nos atenderá. “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5).
 
Por: CNBB

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O lugar privilegiado para o encontro com Jesus são os nossos pecados – o Papa na Missa em Santa Marta nesta quinta-feira
Na Missa na Casa de Santa Marta na manhã desta quinta-feira o Papa Francisco deixou claro que o lugar certo e privilegiado para nos encontrarmos com Jesus são os nossos pecados.
S. Paulo numa passagem do texto aos Coríntios propõe que duas são as coisas de que ele se pode vangloriar – afirmou o Papa Francisco: os seus pecados e Cristo crucificado. A força transformadora da Palavra de Deus parte desta consciência. Por isso – continuou o Santo Padre – Paulo diz-nos que quem “se julga sábio à maneira deste mundo, torne-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus.”
“Paulo diz-nos que a força da Palavra de Deus, aquela que muda o coração, que muda o mundo, que nos dá esperança, que nos dá vida, não é a sabedoria humana: não está no bem falar e dizer as coisas com inteligência humana. Não. Aquela é loucura – diz ele.”
“Ele próprio diz: ‘Eu apenas me vanglorio dos meus pecados’. Escandaliza, isto. E depois numa outra passagem diz: ‘Eu apenas me vanglorio em Cristo e neste Crucifixo.’ A força da Palavra de Deus está no encontro entre os meus pecados e o sangue de Cristo, que me salva. E quando não existe aquele encontro, não há força no coração. Quando se esquece aquele encontro, não há força no coração. Quando se esquece aquele encontro que tivemos na vida, tornamo-nos mundanos, queremos falar das coisas de Deus com linguagem humana, e não serve: não dá vida.”
Também Pedro, no Evangelho do milagre dos peixes – continuou o Santo Padre – faz a experiência de encontrar Cristo. Ajoelha-se a Seus pés e confessa-se pecador. Neste encontro entre Cristo e os meus pecados está a salvação.
“O lugar privilegiado para o encontro com Jesus Cristo são os próprios pecados. Se um cristão não é capaz de se sentir pecador e salvo pelo sangue de Cristo e por este Crucifixo é um cristão a meio caminho, é um cristão tépido. E quando nós encontramos Igrejas decadentes, quando nós encontramos paróquias decadentes, instituições decadentes, seguramente que os cristãos que estão ali nunca encontraram Jesus Cristo. A força da vida cristã e a força da Palavra de Deus está precisamente naquele momento onde eu, pecador, encontro Jesus Cristo e aquele encontro vira a vida, muda a vida... E dá-te a força de anunciar a salvação aos outros.”
O Papa Francisco concluiu a sua homilia sugerindo algumas questões: “Sou capaz de dizer ao Senhor que sou pecador não em teoria, mas confessando o pecado concreto? Sou capaz de acreditar que Ele com o seu sangue salvou-me do pecado e deu-me uma vida nova? Tenho confiança em Cristo? (RS)

Fonte: Radio Vaticano

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Por que dedicar um mês à Bíblia?

No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos estabeleceu setembro como o “mês da Bíblia” por várias razões importantes
 
Este mês foi escolhido, porque o grande São Jerônimo, que traduziu a Bíblia do hebraico e grego para o latim, tem sua memória litúrgica celebrada no dia 30 de setembro. Ele foi secretário do grande Papa São Dâmaso (366-384), que o incumbiu dessa grande obra chamada “Vulgata”, por ser usada em toda a parte. São Jerônimo levou cerca de trinta e cinco anos fazendo essa tradução nas grutas de Belém, vivendo a oração e a penitência ao lado da gruta onde Jesus nasceu. O santo disse que “desconhecer as Escrituras é desconhecer o próprio Cristo”. Ele nos deixou um legado de grande amor às Sagradas Escrituras. E possuía grande cultura literária e bíblica, sabia grego, latim e hebraico.
552988_10150891189914632_1488104833_nA Sagrada Escritura é alimento para a nossa alma e fonte de vida. Jesus conhecia profundamente a Bíblia. Mais do que isso: Ele a amava e se guiava por suas palavras. Isso é o suficiente para que todos nós façamos o mesmo. Na tentação do deserto, quando o demônio investiu contra o Senhor, Ele o rebateu com as palavras da Escritura. Quando o tentador pediu que Ele transformasse as pedras em pães para provar Sua filiação divina, Jesus lhe disse: “O homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8,3c).
Quando o tentador exigiu que Ele se jogasse do alto do templo, Jesus lhe respondeu: “Não provocareis o Senhor vosso Deus” (Dt 6,16a). E quando satanás tentou fazer com que Cristo o adorasse, ouviu mais uma vez a Palavra de Deus: “Temerás o Senhor, teu Deus, prestar-lhe-ás o teu culto e só jurarás pelo seu nome” (Dt 6,13). O demônio foi vencido e se afastou, porque não tem poder diante da Palavra de Deus.
Não é sem razão que São Pedro disse: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2 Pd 1,20-21).
A importância do mês da Bíblia é que o povo brasileiro a conheça melhor e seja motivado a estudá-la com mais profundidade, uma vez que não é fácil compreendê-la, especialmente o Antigo Testamento. A Bíblia não é um livro de ciência, mas sim de fé. Utilizando os mais diversos gêneros literários, ela narra acontecimentos da vida de um povo guiado por Deus, quatro mil anos atrás, atravessando os mais variados contextos sociais, políticos, culturais, econômicos, entre outros. Por isso, a Palavra de Deus não pode sempre ser tomada ao “pé da letra”, literalmente, embora muitas vezes o deva ser. “Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Cor 3,6c), disse São Paulo.
Portanto, para ler a Bíblia de maneira adequada, exige-se, antes de tudo, o pré-requisito da fé e da inspiração do Espírito Santo na mente, sem o que a interpretação da Escritura pode ser comprometida. Mas é preciso também estudá-la, fazer um curso bíblico, entre outros.
A Carta aos Hebreus diz que “a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma A carta aos hebreus diz que “a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).
“Vossos preceitos são minhas delícias.
Meus conselheiros são as vossas leis.” (v. 24)
“O único consolo em minha aflição
É que vossa palavra me dá vida.” (v. 50)
“Quão saborosas são para mim vossas palavras,
mais doces que o mel à minha boca.” (v. 103)
“Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos. E uma luz em meu caminho.” (v. 105)
“Encontro minha alegria na vossa palavra,
Como a de quem encontra um imenso tesouro.” (v.162)espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).
Para que a Palavra de Deus seja eficaz em nossa vida, precisamos, pela fé, acreditar nela e colocá-la em prática objetivamente. Em outras palavras, precisamos obedecê-la, pois, ao fazer isso, estaremos obedecendo ao próprio Senhor.
Mas nem sempre a Bíblia é fácil de ser interpretada pelas razões já expostas. É por isso que Jesus confiou a interpretação dela à Igreja Católica, que o faz por meio do Sagrado Magistério, dirigido pela cátedra de Pedro (o Papa) e da Sagrada Tradição Apostólica, que constitui o acervo sagrado de todo o passado da Igreja e de tudo quanto o Espírito Santo lhe revelou e continua a fazê-lo no presente. (cf. Jo 14, 15.25; 16, 12-13).
A alma da Igreja é o Espírito Santo dado em Pentecostes; por isso a Igreja não erra na interpretação da Bíblia, e isso é dogma de fé. Jesus mesmo lhe garantiu isso: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,13a).
Embora seja feita de homens, santos e também pecadores, a Igreja Católica tem a garantia de não errar na interpretação dos assuntos da fé. Entretanto, ela não despreza a ciência; muito pelo contrário, a valoriza tremendamente para iluminar a fé e entender a revelação.
O Vaticano possui a “Pontifícia Academia de Ciências”; em Jerusalém está a Escola Bíblica que se dedica a estudar exegese, hermenêutica, línguas antigas, geologia, história antiga, paleontologia, arqueologia e tantas outras ciências, a fim de que cada palavra, cada versículo e cada texto da Bíblia sejam interpretados corretamente. É a fé caminhando junto com a ciência. Tudo isso para que possamos dizer como o salmista, no Salmo 118:
“Vossos preceitos são minhas delícias.
Meus conselheiros são as vossas leis.” (v. 24)
“O único consolo em minha aflição
É que vossa palavra me dá vida.” (v. 50)
“Quão saborosas são para mim vossas palavras,
mais doces que o mel à minha boca.” (v. 103)
“Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos. E uma luz em meu caminho.” (v. 105)
“Encontro minha alegria na vossa palavra,
Como a de quem encontra um imenso tesouro.” (v.162)
Fonte: Prof. Felipe Aquino, membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II