sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Construção da casa paroquial

 
 
 
 
Ei to ajudando na construção?


Quarta-feira de Cinzas

Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar

 
A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal.

Uma das frases – no momento  da imposição das cinzas – serve de lembrete para nós: 'Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.' A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.

A origem deste nome é puramente religiosa. Neste dia, é celebrada a tradicional missa das cinzas. As cinzas utilizadas neste ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A estas cinzas mistura-se água benta. De acordo com a tradição, o celebrante desta cerimônia utiliza essas cinzas úmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel, proferindo a frase “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás” ou a frase “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

A Quarta-feira de Cinzas leva-nos a visualizar a Quaresma, exatamente para que busquemos a conversão, busquemos o Senhor. A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como o princípios da Quaresma.

A própria Quarta-feira de Cinzas nos coloca dentro do mistério. É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus. O livro das Crônicas  diz: “Se meu povo, sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar, se procurar minha face para orar, se renunciar ao seu mau procedimento, escutarei do alto dos céus e sanarei sua terra” (II Cr 7, 14).

A Quaresma é tempo conversão, tempo de silêncio, de penitência, de jejum e de oração.

Eu, Cristão(a) , pergunto para Deus: “Senhor, que queres que eu faça”? - mesma pergunta de São Francisco diante do crucifixo. Mas, geralmente, a minha penitência é ofertar algo de que eu gosto muito para Deus neste tempo quaresmal. Você, que fuma, por exemplo, deixe de fazê-lo na Quaresma. Tenho certeza de que após esse tempo quaresmal Deus o libertará do vício do cigarro. Você, que bebe, não beba, permitindo que o próprio Deus o leve à conversão pela penitência que você está fazendo. Talvez você precise fazer penitência da língua, da fofoca. Escolha uma coisa concreta e não algo que, de tão abstrato, não vai levá-lo a nada. Faça penitência de novela, você que as assiste. Tem de ser algo que o leve à conversão.

O Espírito Santo o levará à penitência que você precisa fazer nesta Quaresma.
 

 

A Igreja na América Latina não pode esbanjar o tesouro da sua juventude : Papa Francisco à Comissão para a América Latina

“A Igreja quer imitar Jesus ao abordar os jovens”. (Ela) “está convencida de que o melhor Mestre para os jovens é Jesus Cristo” – sublinhou o Papa Francisco, recebendo, nesta sexta ao meio-dia, no Vaticano, os membros da Comissão Pontifícia para a América Latina, na conclusão da sua assembleia anual, consagrada em grande parte a uma reflexão sobre a JMJ do Rio de Janeiro, de julho passado. Partindo do episódio do jovem rico, que se encontrou com Jesus, o Santo Padre referiu três momentos e atitudes, na relação da Igreja e dos seus pastores com os jovens de hoje, a começar pelo acolhimento:
“O acolhimento: é este o primeiro gesto de Jesus e também o nosso”. “Cristo deteve-se com aquele jovem, olhou-o com afeto, com muito amor: é o abraço da caridade sem condições”. 
“Depois, Jesus entabulou um diálogo franco e cordial com aquele jovem.” Jesus escutou as suas inquietações e clarificou-as à luz da Sagrada Escritura… não começa por condenar, não tem preconceitos.
“os jovens têm que sentir-se em casa na Igreja.” Há que abrir-lhes as portas, mais ainda – há que sair à busca deles… dando-lhes espaço para que se sintam escutados.
“Finalmente, Jesus convida aquele jovem a segui-Lo”. “Cristo – observou o Papa - não é um personagem de romance, é uma pessoa viva que quer partilhar esse desejo irrenunciável que eles (os jovens) têm de vida, de compromisso, de entrega”. 
“A Igreja na América Latina não pode dispersar o tesouro da sua juventude , com todas as suas potencialidades para o crescimento da sociedade, com as suas grandes aspirações a forjar uma grande família de irmãos reconciliados no amor”.
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Para além da Comissão para a América Latina, o Santo Padre recebeu nesta manhã, em audiências sucessivas, mais catorze bispos espanhóis, das províncias eclesiásticas de Madrid e Valência, liderados pelos respectivos arcebispos metropolitas, o cardeal Rouco Varela e D. Carlos Sierra.
Ainda nesta sexta-feira, ao fim da tarde, o Papa Francisco desloca-se ao Seminário Maior de Roma, junto à basílica de São João de Latrão, por ocasião da festa da padroeira, Nossa Senhora da Confiança.

Fonte: Radio Vaticano

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Unção dos Enfermos: presença de Jesus na doença e velhice – Papa na audiência geral. Apelo à reconciliação na Venezuela

 Na audiência geral desta quarta-feira o Papa Francisco propôs uma catequese sobre o Sacramento da Unção dos Enfermos. Um sacramento que nos fala da compaixão de Deus pelo homem no momento da doença e da velhice. 

“Há um ícone bíblico que exprime em toda a sua profundidade o mistério que transparece na Unção dos Enfermos: é a parábola do bom samaritano no Evangelho de Lucas.”

A parábola do “bom samaritano” oferece-nos uma imagem desse mistério – afirmou o Papa Francisco - o bom samaritano cuida de um homem ferido, derramando sobre as suas feridas óleo e vinho, recordando o óleo dos enfermos. Em seguida, sem olhar a gastos, confia o homem ferido aos cuidados do dono de uma pensão: este representa a Igreja, a quem Jesus confia os atribulados no corpo ou no espírito.
Este mandato é repetido em modo explícito e preciso na Carta de Tiago, onde recomenda que: ‘Quem está doente, chame para si o presbítero da Igreja e esse reze por ele, ungindo-o com o óleo no nome do Senhor. A oração feita com fé salvará o doente: o Senhor o aliviará e os seus pecados serão perdoados’.”
Também a Carta de S. Tiago – continuou o Santo Padre - recomenda que os doentes chamem os presbíteros, para que rezem por eles ungindo-os com o óleo. De fato, Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma predileção que Ele tinha pelos doentes e atribulados, difundindo alívio e paz. O problema – considerou ainda o Santo Padre - é que cada vez menos se pede para celebrar este Sacramento.

Há um pouco a ideia que depois da visita do sacerdote a um doente chega o caixão da funerária

Segundo o Papa em muitas famílias cristãs chegou-se a uma situação em que, debaixo do influxo da cultura e da sensibilidade moderna, considera-se o sofrimento e a própria morte como um tabú, como algo que se deve esconder e falar o menos possível. Assim – considerou ainda o Santo Padre - é preciso lembrar a todos aqueles que consideram o sofrimento e a morte como um tabu, que, na unção dos enfermos, Jesus nos mostra que pertencemos a Ele e que nem a doença, nem a morte, poderão separar-nos d’Ele.
No final da catequese o Papa Francisco, nas saudações, dirigiu-se também aos peregrinos de língua portuguesa:
Queridos peregrinos de língua portuguesa: sede bem-vindos! Em cada um dos sacramentos da Igreja, Jesus está presente e nos faz participar da sua vida e da sua misericórdia. Procurem conhecê-Lo sempre mais, para poderem servi-Lo nos irmãos, especialmente nos doentes. Sobre vós e sobre as vossas comunidades, desça a benção do Senhor!
No final da audiência o Papa Francisco fez um apelo para a paz e reconciliação nacional na Venezuela:
Sigo com particular apreensão o que está a acontecer nestes dias na Venezuela. Desejo vivamente que acabem o mais depressa possível as violências e as hostilidades e que todo o povo venezuelano, a partir dos responsáveis políticos e institucionais, favoreçam a reconciliação nacional, através do perdão recíproco e de um diálogo sincero, respeitoso da verdade e da justiça, capaz de enfrentar temas concretos para o bem comum. Ao mesmo tempo asseguro a minha constante oração, em particular, para todos quantos perderam a vida nos confrontos e pelas suas famílias, convido todos os crentes a elevar súplicas a Deus, pela materna intercessão de Nossa Senhora de Coromoto, por forma a que o país reencontre prontamente paz e concórdia.”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção! (RS)
Fonte: Rádio Vaticano

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Seguir Jesus é ter uma casa, a Igreja 

Seguir Jesus é ter uma casa, a Igreja – esta a ideia principal da homilia do Papa Francisco na missa desta segunda-feira em Santa Marta. A liturgia do dia propõe o Evangelho de S. Marcos que nos narra a cura de um jovem tomado por possessão diabólica. Angustiado, o pai do rapaz, deposita em Jesus a sua esperança. 
O seu filho está por terra, parece morto, mas Jesus depois de expulsar o espírito ajuda o jovem a levantar-se: “ Toda aquela desordem, aquela discussão acaba num gesto: Jesus que se baixa, pega no menino. Estes gestos de Jesus fazem-nos pensar. Jesus quando cura, quando vai entre a gente e cura uma pessoa, nunca a deixa só. Não é um mago, um bruxo que vai e cura e continua. A cada um faz voltar ao seu lugar, não o deixa pelo caminho. E são gestos belíssimos do Senhor.”

“Porque Jesus não veio do Céu sozinho, é Filho de um povo. Jesus é a promessa feita a um povo e a sua identidade é também a pertença àquele povo, que desde Abraão caminha em direção à promessa. E estes gestos de Jesus ensinam-nos que cada cura, cada perdão sempre nos fazem voltar ao nosso povo, que é a Igreja.”
Os gestos de Jesus ensinam-nos que quando nos dá o Seu perdão acolhe-nos na sua casa que é a Igreja – afirmou o Papa Francisco – que, citando Paulo VI, considerou ainda que quando Cristo chama uma pessoa leva-a para a Igreja. Seguir Jesus é ficar em casa, na Igreja: “E estes gestos de tanta ternura de Jesus fazem-nos perceber isto: que a nossa doutrina, digamos assim, o nosso seguir Cristo, não é uma ideia, é um contínuo ficar em casa. E se cada um de nós tem a possibilidade e a realidade de sair de casa por um pecado, um erro – Deus sabe – a salvação é voltar para casa, com Jesus na Igreja. São gestos de ternura. Um a um, o Senhor chama-nos assim ao Seu povo, dentro da sua família, a nossa mãe, a Santa Igreja. Pensemos nestes gestos de Jesus.” (RS
Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 23 de fevereiro de 2014

"O Cardeal entra na Igreja de Roma, não entra numa corte" - Papa Francisco aos novos Cardeais, recomendando-lhes santidade e um estilo de vida centrado no serviço

Na manhã deste domingo, 23 de Fevereiro, o Papa Francisco presidiu à missa concelebrada com os novos Cardeais criados sábado no primeiro Consistório do seu pontificado. Foi na Basílica de São Pedro. 

A vossa ajuda, Pai misericordiosos, sempre nos torne atentos à voz do Espírito 
Foi desta oração da Colecta que o Papa partiu para a sua homilia, em que se dirigiu de modo particular aos novos Cardeais, convidando-os a escutar a voz do Espírito que fala através das Escrituras proclamadas na missa deste domingo. Leituras que apelam à santidade e à perfeição, como Santo é Senhor, como perfeito é o Pai Celeste. 
Santidade e perfeição que – disse o Papa – “interpelam-nos a todos nós, discípulos do Senhor; e hoje são dirigidas especialmente a mim e a vós, discípulos do Senhor, mas de modo particular a voz, queridos Irmãos que ontem começastes a fazer parte do Colégio Cardinalício.” 
O Papa prosseguiu dizendo que “imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível”, mas recordou que as leituras deste domingo oferecem exemplos concretos e que sem a ajuda do Espírito Santo tudo seria vão, pois a santidade cristã é antes de mais fruto da docilidade – deliberada e cultivada - ao Espírito de Deus. 
Detendo-se depois sobre a leitura do Evangelho em que São Mateus nos fala de santidade através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus, o Papa Francisco pôs em evidência duas dessas antíteses: a vingança e os inimigos. A este respeito recordou que não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, como devemos esforçar-nos por fazer o bem magnanimamente e que devemos amar e orar pelos nossos inimigos. É isto que Jesus pede a quem quer segui-Lo. Ele não veio para nos ensinar as boas maneiras e cortesias, mas sim para nos mostrar o caminho… 
Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho é a misericórdia. Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo.” 
Dirigindo-se depois aos “Queridos Irmãos Cardeais”, o Papa recordou-lhes que o Senhor e a Mãe da Igreja pedem-lhes ardor e zelo no testemunho da santidade. É neste suplemento de alma que consiste a santidade dum Cardeal – disse acrescentando: 
Por conseguinte, amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso a quem talvez não mereça; não aspiremos a fazer-nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar pelo Espírito de Cristo: Ele santificou-se a si próprio na cruz, para podermos ser “canais” por onde corre a sua caridade. Este é o comportamento, esta é a conduta de um Cardeal. O Cardeal não entra na Igreja de Roma, não entra numa corte. Evitemos todos – e ajudemo-nos mutuamente a evitar – hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferência. A nossa linguagem seja a do Evangelho: “sim, sim; não, não”; as nossas atitudes, as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade 
O Papa passou depois a citar São Paulo que nos recorda que o Templo de Deus é Santo. 
Neste Templo que somos nós, celebra-se uma liturgia existencial: a da bondade, do perdão, do serviço: numa palavra, a liturgia do amor. Este nosso templo fica de certo modo profanado, quando descuidamos os deveres para com o próximo: quando no nosso coração encontra lugar o menor dos nossos irmãos é o próprio Deus que aí encontra lugar; e, quando se deixa fora aquele irmã, é o próprio Deus que não é acolhido. Um coração vazio de amor é como uma igreja dessacralizada, subtraída ao serviço de Deus e destinada a outro fim”. 

Fonte: Rádio Vaticano



sábado, 22 de fevereiro de 2014

A solenidade dos grandes momentos mas ao mesmo simplicidade e recolhimento caracterizaram o clima com que decorreu, na basílica de São Pedro, com a presença do Papa emérito, Bento XVI, o primeiro consistório do pontificado do Papa Francisco para a criação de 19 cardeais, incluindo 16 eleitores. A celebração inclui o rito de entrega do barrete e do anel cardinalícios (momentos unificados desde 2012, por decisão de Bento XVI), assim como a tradicional atribuição a cada um dos novos cardeais do “título” de uma igreja de Roma. O Papa Francisco comentou o Evangelho proclamado (Marcos 10, 32-45), sublinhando duas afirmações do texto: “Jesus caminhava à frente deles” e “Jesus chamou-os”. 
Também neste momento Jesus caminha à nossa frente. Ele está sempre à nossa frente. Precede-nos e abre-nos o caminho... E esta é a nossa confiança e a nossa alegria: ser seus discípulos, estar com Ele, caminhar atrás d’Ele, segui-Lo... 
O Santo Padre evocou a primeira concelebração, há um ano, na Capela Sistina, após a eleição. Já nessa altura, recordou, «caminhar» foi a primeira palavra que o Senhor nos propôs: caminhar e, em seguida, construir e confessar. 
Hoje de novo volta esta palavra, mas como um acto, como a acção de Jesus que continua: «Jesus caminhava…» isto é uma coisa que impressiona nos Evangelhos: Jesus caminha muito e instrui os seus discípulos ao longo do caminho. Isto é importante. Jesus não veio para ensinar uma filosofia, uma ideologia... mas um «caminho», uma estrada que se deve percorrer com Ele; e aprende-se a estrada, percorrendo-a, caminhando. Sim, queridos Irmãos, esta é a nossa alegria: caminhar com Jesus. 
Isso não é fácil, não é cómodo, porque a estrada que Jesus escolhe é o caminho da cruz. Enquanto estão a caminho, fala aos seus discípulos do que Lhe acontecerá em Jerusalém: preanuncia a sua paixão, morte e ressurreição. E eles ficam «surpreendidos» e «cheios de medo». Surpreendidos, sem dúvida, porque, para eles, subir a Jerusalém significava participar no triunfo do Messias, na sua vitória – como se vê em seguida pelo pedido de Tiago e João; e cheios de medo, por causa daquilo que Jesus haveria de sofrer e que se arriscavam a sofrer eles também. 
Mas nós, ao contrário dos discípulos de então, sabemos que Jesus venceu e não deveríamos ter medo da Cruz; antes, é na Cruz que temos posta a nossa esperança. E, contudo, sendo também nós humanos, pecadores, estamos sujeitos à tentação de pensar à maneira dos homens e não de Deus. 
E quando se pensa de maneira mundana, qual é a consequência? – interrogou-se o Papa. «Os outros dez indignaram-se com Tiago e João» (cf. Mc 10, 41). Indignaram-se. 
Se prevalece a mentalidade do mundo, sobrevêm as rivalidades, as invejas, as facções… Assim, esta palavra que o Senhor nos dirige hoje, é muito salutar! Purifica-nos interiormente, ilumina as nossas consciências e ajuda a sintonizarmo-nos plenamente com Jesus; e a fazê-lo juntos, no momento em que aumenta o Colégio Cardinalício com a entrada de novos Membros. 
Comentando depois a outra passagem do texto em que se refere: «Jesus chamou-os...» (Mc 10, 42). É o outro gesto do Senhor. Ao longo do caminho, dá-Se conta que há necessidade de falar aos Doze, pára e chama-os para junto de Si. 
Irmãos, deixemos que o Senhor Jesus nos chame para junto de Si! Deixemo-nos “con-vocar” por Ele. E ouçamo-Lo, com a alegria de acolhermos juntos a sua Palavra, de nos deixarmos instruir por ela e pelo Espírito Santo para, ao redor de Jesus, nos tornarmos cada vez mais um só coração e uma só alma. 
É isto de que a Igreja precisa – sublinhou o Papa Francisco, dirigindo-se aos cardeais presentes: 
A Igreja precisa de vós, da vossa colaboração e, antes disso, da vossa comunhão, comunhão comigo e entre vós. A Igreja precisa da vossa coragem, para anunciar o Evangelho a tempo e fora de tempo, e para dar testemunho da verdade. A Igreja precisa da vossa oração pelo bom caminho do rebanho de Cristo; oração que é, juntamente com o anúncio da Palavra, a primeira tarefa do Bispo. A Igreja precisa da vossa compaixão, sobretudo neste momento de tribulação e sofrimento em tantos países do mundo. 
Neste contexto, o Papa exprimiu “proximidade espiritual às comunidades eclesiais e a todos os cristãos que sofrem discriminações e perseguições”. 
A Igreja precisa da nossa oração em favor deles, para que sejam fortes na fé e saibam reagir ao mal com o bem. E esta nossa oração estende-se a todo o homem e mulher que sofre injustiça por causa das suas convicções religiosas. 
A Igreja precisa de nós também como homens de paz, precisa que façamos a paz com as nossas obras, os nossos desejos, as nossas orações: por isso invocamos a paz e a reconciliação para os povos que, nestes tempos, vivem provados pela violência e a guerra. 
Após esta homilia e o profundo silêncio de recolhimento que se lhe seguiu, o Papa Francisco procedeu à leitura da fórmula de criação e proclamou solenemente os nomes dos novos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito à Sé de Pedro”.
Teve depois lugar a profissão de fé e o juramento dos novos cardeais, de fidelidade e obediência a Francisco e seus sucessores, “agora e para sempre”. Um a um ajoelharam-se aos pés do Papa, para dele receberem o barrete cardinalício, imposto “como sinal da dignidade do cardinalato”, significando que todos devem estar prontos a comportar-se “com fortaleza, até à efusão do sangue", como refere o ritual 
O Papa entregou depois aos novos cardeais o respectivo anel, para que se “reforce o amor pela Igreja”. E nessa altura, foi atribuído a cada cardeal uma igreja de Roma (título ou diaconia) - simbolizando a “participação na solicitude pastoral do Papa” na cidade -, recebendo ainda a bula de criação cardinalícia, momento selado por um abraço de paz.
Esta tarde, entre as 16h30 e as 18h30, têm lugar as visitas de cortesia aos novos cardeais, distribuídos por diversos locais do Palácio Apostólico do Vaticano e da sala Paulo VI. Amanhã, domingo, o Papa presidirá à missa com os novos cardeais, a partir das 10h00, de novo na Basílica de São Pedro.
Com os novos purpurados o Colégio Cardinalício passa a ter 218 cardeais vindos de 68 países (53 com cardeais eleitores), entre eles Portugal, representado por D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos (com mais de 80 anos), D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé, e D. José Policarpo, patriarca emérito de Lisboa.
Fonte: Rádio Vaticano








sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Papa Francisco inicia seu primeiro Consistório

 
Sem título
A família “é célula fundamental da sociedade humana”, disse o papa Francisco na abertura dos trabalhos do Consistório extraordinário, que teve início hoje, 20, no Vaticano.
Estão presentes 185 cardeais, com a participação dos 19 prelados que serão criados cardeais pelo papa Francisco sábado, 22, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.
Em foto divulgada pela Rádio Vaticano, o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, aparece caminhando ao lado do papa Francisco.
O colégio cardinalício está reunido para refletir sobre temas relacionados à Família.  “A nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”, comentou o papa no início da reunião.
Reflexão
Durante o Consistório serão aprofundadas a teologia da família e a pastoral que deve ser implementada no contexto atual.  O papa Francisco pediu aos cardeais que ajudem a refletir sobre a realidade da família com profundidade sem cair na “casuística”.
“Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”, afirmou Francisco.
Concluindo sua fala, o papa lembrou que é necessário colocar em evidência o plano de Deus para a família. E disse aos cardeais: “ajudemos os esposos a viverem-no com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades com uma pastoral inteligente, corajosa e amorosa”.
Após a colocação do papa, o presidente emérito do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, o cardeal Walter Kasper, também falou aos participantes.
No decorrer da reunião, estão previstas outras intervenções sobre a família que irão contribuir para a preparação do próximo Sínodo dos Bispos, em outubro.
Fonte: CNBB

As respostas de Deus pra você (+playlist)

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Para conhecer Jesus não basta o catecismo é preciso segui-Lo como discípulo – o Papa em Santa Marta              

Para conhecer Jesus é preciso segui-Lo – esta a principal mensagem do Papa Francisco na missa desta quinta-feira em Santa Marta. O Evangelho de S. Marcos apresenta-nos a figura de Pedro que perante a pergunta de Jesus: Quem dizeis vós que eu sou? – respondeu que Jesus era o Messias. Contudo, logo a seguir, quando Jesus ensinava os seus discípulos dizendo-lhes que teria que sofrer muito e que seria morto, Pedro repreende Jesus que logo se afasta de Pedro chamando-o de Satanás e dizendo-lhe que os seus pensamentos não são os de Deus mas os dos homens. O Papa escolhe este modelo de Pedro para afirmar que não basta saber dar boas respostas a Jesus mas é preciso segui-Lo: 

“Parece que para responder àquela pergunta que nós todos sentimos no coração – ‘Quem é Jesus para nós?’ – não é suficiente aquilo que nós aprendemos e estudamos no catecismo, que é importante, mas não é suficiente. Para conhecer Jesus é necessário fazer o caminho que fez Pedro: depois desta humilhação, Pedro foi para a frente com Jesus, viu o seus milagres, viu o seu poder... “
“... Mas, a uma certa altura, Pedro renegou Jesus, traiu Jesus e aprendeu aquela tão difícil ciência – mas do que ciência, sabedoria – das lágrimas, do choro.”

“Esta primeira pergunta – Quem sou eu para vós, para ti? - a Pedro, apenas se percebe através de um caminho, depois de um longo caminho, um caminho de graça e de pecado, um caminho de discípulo. Jesus a Pedro e aos discípulos não disse ‘Conhece-me? mas disse ‘Segue-me’. E este seguir Jesus faz-nos conhecer Jesus. Não é um estudo de coisas que é preciso mas uma vida de discípulo.”

O Papa Francisco considera que é preciso um encontro quotidiano com o Senhor, com as nossas debilidades e as nossas vitórias. Mas – continuou o Santo Padre – é “um caminho que nós não podemos fazer sozinhos”. É necessária a intervenção do Espírito Santo:

“Olhemos Jesus, Pedro, os apóstolos e ouçamos no nosso coração esta pergunta: ‘Quem sou eu para ti?’ E como discípulos peçamos ao Pai que nos dê o conhecimento de Cristo no Espírito Santo, que nos explique este mistério.” (RS)
 
Fonte: Rádio Vaticano

 

 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

organizando o local

respondendo as perguntas

Momento de oração na capela


Iniciamos hoje a infância missionaria contamos com 15 crianças ,elas estavam tão animadas com a proposta de trabalhos a serem desenvolvidos; entre elas é conhecer a vida de Jesus com dinâmicas ou seja aprender com erros, brincamos com o boliche a
cada erro responde uma pergunta se não sabe passa e repassa até alguém responder certo

Diocese de Guarapuava promove Jornada Diocesana Juvenil


Com o lema: “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10) o Setor Juventude da Diocese de Guarapuava está organizando para a Semana Santa deste ano, 17 a 19 de abril, a Jornada Diocesana da Juventude – JDJ.

A motivação para o evento brotou com a Jornada Mundial da Juventude – JMJ do ano passado, na qual os jovens voltaram animados a continuar a peregrinação, bem como toda movimentação do ano da Juventude, com a Campanha da Fraternidade 2013, a passagem dos símbolos da JMJ e o primeiro Hallel celebrando o Dia Nacional da Juventude em novembro do ano passado.
Para que seja realizado tal evento o Setor Juventude realizou diversas reuniões modelando o projeto e encaixando de modo adequado a realidade. Ficando organizado que na quinta-feira Santa (17) os jovens dos decanatos fora da cidade de Guarapuava serão recepcionados nas paróquias do Decanato Centro, para o início do Tríduo Pascal. Na Sexta-feira Santa, pela manhã, os jovens farão vigília eucarística e após iniciarão as visitas as casas das famílias, rezando com elas e motivando-as a desenvolver um Projeto de Vida, que será apresentado a partir de um folder.
Dentro da programação ainda os jovens vão motivar as famílias a participar da via sacra pelas ruas dos bairros e da celebração da tarde. Na noite os jovens participarão do Espetáculo da Paixão de Cristo na Praça da Fé que há dez anos tem auxiliado a espiritualidade da paixão, morte e ressurreição de Cristo em Guarapuava.
No sábado Santo todos os jovens reunidos realizarão a caminhada no centro da cidade de Guarapuava até a Catedral Nossa Senhora de Belém encerrando as atividades da Jornada Diocesana da Juventude.
As equipes de organização vem realizando diversas ações de preparação como: estudos sobre Projeto de Vida, motivações em todas as paróquias com visitas e reuniões de coordenação.
(Por padre Itamar Turco)
Fonte: Diopuava


  O Sacramento da Reconciliação tem uma
 
dimensão eclesial - Papa, na audiência geral
 
 
Na audiência geral desta quarta-feira, 19 de fevereiro, o Papa Francisco propôs uma catequese sobre o Sacramento da Reconciliação. E começou logo por concretizar a origem deste sacramento.

“O Sacramento da Penitência e da Reconciliação brota diretamente do mistério pascal.”

O Sacramento da Reconciliação foi-nos dado por Jesus no domingo de Páscoa, quando disse aos discípulos: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados». Como vedes – continuou o Papa Francisco - o perdão dos nossos pecados não o podemos dar a nós mesmos, mas é dom do Espírito Santo: Ele derrama sobre nós torrentes de graça e misericórdia do Pai, que jorram sem cessar do Coração aberto de Cristo Ressuscitado. A Confissão é deixar-se envolver no abraço da misericórdia infinita do Pai, que nos comunica toda a sua alegria pelo nosso regresso a casa, à família de Deus. 
“Ao longo do tempo, a celebração deste sacramento passou de uma forma pública àquela pessoal e reservada da Confissão. Isto porém não deve fazer perder a matriz eclesial que constitui o contexto vital.”
Na verdade, embora a forma ordinária da Confissão seja pessoal e secreta, não se deve perder de vista a sua dimensão eclesial – considerou o Papa Francisco - por isso, não basta pedir perdão a Deus no íntimo do próprio coração, mas é necessário confessar os pecados ao sacerdote. Este, no confessionário, não representa apenas Deus, mas toda a comunidade eclesial, a qual se reconhece na fragilidade dos seus membros, constata comovida o seu arrependimento, reconcilia-se com eles e encoraja-os no caminho de conversão e amadurecimento humano e cristão. 
Apesar dos perigos da perda do sentido do pecado o Sacramento da Reconciliação – concretizou o Santo Padre – “representa um verdadeiro tesouro confiado às mãos da Igreja” e “celebrar este sacramento significa sermos envolvidos num abraço caloroso da infinita misericórdia do Pai.”

O Papa Francisco saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos vos saúdo, especialmente aos fiéis de São Sebastião do Rio de Janeiro com o vosso Pastor Dom Orani João Tempesta, desejando-vos que nada e ninguém possa impedir-vos de viver e crescer na amizade de Deus Pai; mas deixai que o seu amor sempre vos regenere como filhos e vos reconcilie com Ele, com vós mesmos e com os irmãos. Desça, sobre vós e vossas famílias, a abundância das suas bênçãos.”
No final da audiência o Santo Padre fez um apelo para a paz na Ucrânia pedindo que cessem as violências e assegurou a sua solidariedade e oração pelas vítimas.
 Papa Francisco a todos deu a sua bênção! (RS)
Fonte: Rádio Vaticano