sábado, 31 de outubro de 2015

Afinal, quem são “Todos os Santos”?

Padre explica por que a Igreja celebra todos os santos


No dia 1º de novembro, a Igreja celebra a solenidade de Todos os Santos. Para explicar por que esta festa foi instituída e o que ela representa, o Canção Nova em Foco conversou com o Pe. Fernando Santamaria, especialista em Escatologia.
O padre explica que a vocação à santidade é universal, ou seja, não é reservada para poucos. Todos os homens e mulheres são chamados a serem santos. As pessoas que correspondem a este chamado, e que, portanto, viveram e morreram em Cristo se encontram com Ele no Reino Celeste. No Livro do Apocalipse, capítulo 20, São João afirma que é uma multidão. Porém, nem todos chegarão a ser canonizados pela Igreja; então, esta solenidade existe para recordar todos os fiéis que estão no céu.
“São esses nossos irmãos e irmãs, de diferentes estados de vida, diferentes idades, que nós acreditamos que já contemplam a face do Senhor e já estão nesta dimensão triunfante da Igreja, esses que celebramos na Solenidade de Todos os Santos. Mas essa festa existe também, para recordarmos que todos nós somos chamados ao Reino Celestial.”
Para exemplificar, padre Fernando compara a festa a um monumento histórico, erguido para recordar soldados mortos em uma guerra. Não se sabe o nome dos soldados mortos em batalha, mas o monumento é erguido para fazer memória a todos eles.
“A solenidade de todos os santos é comparável a esse ato civil. Há uma data e um marco para lembrar de todos num só [dia]. Lembramos de todos os santos e santas que não foram canonizados mas que se encontram na glória.”
Assim como muitos fiéis costumam celebrar seu santo de devoção e pedir sua intercessão, especialmente no dia dedicado a eles, neste primeiro de novembro, é possível pedir a intercessão de todos os santos.
Santos canonizados ao longo da história da Igreja, e também no século XXI, como João Paulo II, são prova de que a vocação à santidade é possível. Entretanto, o padre destaca que assumir essa vocação não é obra pessoal, mas um projeto de Deus, somente possível com a graça d’Ele, ou seja, não se pode ter a pretensão de querer ser santo pelas próprias forças.
“Os santos com muito esforço, muita graça de Deus, pelo mérito de Cristo, se santificaram, ao ponto de também agora terem méritos […] Nenhum santo cura, liberta ou faz milagre. O único que faz milagre é Deus, mas Ele quis, por intercessão da Virgem Maria, dos santos e dos anjos, distribuir as Suas graças”.
 (Canção Nova)

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A pergunta que não quer calar: você ora ou simplesmente reza orações?


A diferença que faz a diferença

Pray - pt
Certa vez, eu estava com um grupo de jovens ao redor de uma fogueira, em um dia frio de inverno. Conversamos durante horas, compartilhamos experiências. Mas observei que um dos jovens ficava o tempo todo se levantando para fazer coisas: ajeitava a lenha, abanava a fogueira, ajustava alguma coisa. A cada cinco minutos, ele se levantava para verificar se tudo estava bem.
No final da reunião, perguntei-lhe o que ele tinha achado da experiência. Sua resposta me deixou impressionado: “Não consegui prestar atenção em muita coisa, na verdade”. E como ia conseguir prestar atenção desse jeito? Em nenhum momento ele realmente deu atenção à conversa que tivemos.
Às vezes, vamos à oração com esta inquietude. Ficamos preocupados em como orar e não oramos; buscamos cumprir uma série de passos e esquecemos que estamos em diálogo com Alguém; olhamos continuamente para nós mesmos e não vemos o “Tu”; pensamos muito e amamos pouco.
O que é orar?
Os santos jamais definem a oração como um método. Santa Teresa de Jesus a descreve como “tratar de amizade, estando muitas vezes a sós com alguém que sabemos que nos ama”. Não se trata apenas de ficar de joelhos, cuidar da minha postura, ficar tentando ver se estou atento. Amizade. Estar a sós com o Amado.
Assisti recentemente “Up”, a produção da Disney. O início do filme é um dos melhores cantos ao amor que já vi na vida. E daqui tiro esta imagem, que pode resumir bem o que estou tentando dizer:
Nessa cena, nenhum dos dois está falando… Mas dizem tantas coisas um ao outro! Esse unir as mãos, estar juntos, compartilhar uma mesma coisa… tudo isso é um dos atos de amor mais profundos entre duas pessoas. E Deus quer realizar isso conosco em cada oração!
Orar é estar com Deus, dedicar-lhe um tempo, falar com Ele.
É verdade que precisamos saber fazer isso, sobretudo no começo, aprender um método que nos ajude a orar (assim como na infância aprendemos a caminhar ou a falar), mas não podemos nos limitar a isso: o método é um caminho para chegar a um objetivo. E este objetivo é Deus.
É importante lembrar: não se inquiete se lhe custa estar a sós com Deus porque você se distrai ou porque está cansado. Lembre-se: orar é estar com Deus. Se, no meu tempo de oração, estou continuamente elevando minha alma a Deus, mesmo com cansaço ou distrações, estou amando… porque estou com Ele.
Assim, não me preocupo pela quantidade do que dou a Deus ou pelo que faço enquanto oro; o único que me importa é estar ao seu lado, acompanhá-lo, dedicar-lhe tempo.
Como é a minha oração?
Esta é uma pergunta que podemos nos fazer algumas vezes, mas corremos o risco de ter uma resposta frustrante, que nos desanima. Mas espero que estas linhas possam ajudar você a ter mais confiança em sua capacidade de orar.
Sabe por quê? Porque o ser humano foi feito para amar, e a oração é um dos atos de amor a Deus mais simples e profundos que o ser humano pode realizar!
Mas é importante não ficar olhando para si mesmo, e sim para Deus. Quem faz esta distinção, captou o essencial: que orar é um diálogo simples e profundo com um Deus que está esperando você, no fogo da alma da sua chaminé interior, para estar um tempo a sós com você.
Fonte: Aleteia

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Conselhos de amor da Madre Teresa de Calcutá

“Espero que você encontre aquela pessoa que lhe faça sorrir”

teresa de calcuta - pt
O amor chega a quem espera, ainda que o tenham decepcionado; a quem ainda acredita, mesmo que antes tenha sido traído; a quem ainda precisa amar, mesmo que tenha sido ferido; e a quem tem coragem e fé para construir a confiança novamente.

"O princípio do amor é deixar que aqueles que conhecemos sejam eles mesmos, e não tentar      mudá-los  segundo nossa própria imagem, porque então só amaremos o reflexo de nós mesmos."

Não se deixe levar pelo exterior, porque ele pode enganar. Não se deixe levar pelas riquezas, porque ela pode ser perdida. Procure alguém que faça você sorrir, porque um sorriso é capaz de fazer um dia escuro brilhar.
Espero que você encontre aquela pessoa que lhe faça sorrir! Há momentos nos quais você sente tanta saudade da pessoa em seus sonhos, que tem vontade de tirá-la dos seus sonhos e abraçá-la com todas as suas forças.
Espero que você sonhe com esse alguém especial e que essa pessoa sonhe o que você quer sonhar. Veja por onde você quer caminhar e seja o que você quer ser, porque você só tem uma vida e uma oportunidade de fazer tudo o que você quer fazer.
Espero que você tenha felicidade suficiente para tornar-se doce; provas suficientes para tornar-se forte; dores suficientes para ser um humano autêntico; esperança suficiente para ser feliz, recordando que as pessoas mais felizes nem sempre são as que têm o melhor de tudo.
(Madre Teresa de Calcutá)
Fonte: Aleteia

Sínodo dos bispos abre portas para integrar divorciados recasados

Os 270 "padres sinodais", entre bispos e cardeais, que representam os bispos de todo o mundo, aprovaram a suspensão de várias proibições

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O Sínodo de Bispos sobre a Família votou com ampla maioria um documento final de 94 parágrafos, que propõe “a integração” na Igreja dos divorciados que voltarem a se casar, após a análise de “caso a caso”.
O texto foi entregue ao papa Francisco, que o divulgou ao público imediatamente.
Os 270 “padres sinodais”, entre bispos e cardeais, que representam os bispos de todo o mundo, aprovaram a suspensão de várias proibições aos divorciados que se casarem novamente, entre elas a de serem padrinhos de batismo e de casamento.
Os padres sinodais insistem, contudo, em que é necessário um “discernimento”, um exame “caso a caso”, para autorizar o acesso aos sacramentos, como a comunhão e a confissão.
Com isso, os bispos fizeram algum movimento no sentido de uma Igreja mais acolhedora com os casais que vivem juntos e com os católicos em situação irregular, ecoando o pedido do papa argentino a favor de uma instituição que pare de julgar e de condenar.
Três parágrafos tiveram um consenso menor – sobretudo, os de número 85 e 86, dedicados a temas bastante sensíveis para a Igreja Católica. Superando a maioria mínima necessária de dois terços (177), os parágrafos 85 e 86 estão entre os menos votados, com 178 votos a favor e 80 contra.
Nesses parágrafos, os bispos sinodais propõem que “os batizados que tiverem se divorciado e voltado a se casar civilmente sejam reintegrados à comunidade cristã, na medida do possível, evitando gerar escândalo”. O texto não especifica se poderão realizar a comunhão.
“Os divorciados que voltarem a se casar não devem se sentir excomungados e podem viver e envelhecer como membros vivos da Igreja, sentindo-a como uma mãe que acolhe sempre”, acrescenta o texto.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, lembrou que se trata de propostas dirigidas ao papa, que decidirá se será necessário elaborar um documento papal sobre a família.
“Não se pode negar que, em algumas circunstâncias, a responsabilidade (da crise do casal) pode ser menor, ou anulada (…) As consequências de alguns atos não podem recair sobre todos por igual”, defendem os prelados, ao se referirem aos divorciados.
No encerramento do sínodo, o papa Francisco elogiou a liberdade de expressão que reinou ao longo das três semanas de trabalho e criticou abertamente “os métodos não de todo benévolos” empregados pelos setores conservadores contra suas propostas de reforma.

Decepção para alguns
O espinhoso tema da homossexualidade foi abordado em apenas um parágrafo, no qual se reitera que a Igreja “respeita” os homossexuais, condena qualquer “discriminação injusta” e se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O restante desse parágrafo recomenda a Igreja a “acompanhar as famílias com um membro homossexual”.
Para muitos dos presentes, tratar do tema da homossexualidade em uma reunião dedicada à família significou uma anomalia, enquanto para outros prelados, sobretudo africanos, o assunto continua sendo tabu.
“O que parece normal para um bispo de um continente pode ser estranho, quase um escândalo, para outro de outro continente”, reconheceu o sumo pontífice.
Francisco decidiu convocar dois sínodos sucessivos sobre a família – um, em outubro de 2014, e o outro, em outubro de 2015 – para levar a Igreja a se atualizar frente às mudanças na sociedade moderna.
Na sexta-feira, em uma missa, o papa disse querer estimular a Igreja a “avaliar os tempos e a mudar com eles, permanecendo firme no Evangelho”.
Sobre outro ponto importante, no Sínodo, os bispos reiteraram que a instituição aplicará “tolerância zero” em relação à pedofilia, comprometendo-se a colaborar “de forma estreita” com a Justiça.
Fonte: Aleteia

segunda-feira, 26 de outubro de 2015


A FRAGILIDADE HUMANA

I Was An Atheist Without Hope in Life. Then I Tried Praying. - pt

Ontem, presenciei a fragilidade humana mais uma vez!
Não é um acontecimento nada agradável e se você não estiver legal, recomendo que leia depois.
Embora um fato ruim, tirei o melhor para mim e compartilho com você hoje!
Estava no carro com minha família, pela Serra da Cantareira em São Paulo, em direção ao Santuário de Nossa Senhora do Rosário.
Meu marido, sempre muito prudente, dirigia cautelosamente quando uma moto nos ultrapassou, perdeu a direção, desgovernou-se e atingiu em cheio a uma árvore na lateral da pista. O corpo do rapaz de vinte e poucos anos, sem capacete, voou de volta a pista, inanimado como um objeto sem vida.
Uma cena horrível, marcante, que nos deixou bem abalados.
Até agora não entendemos direito o que aconteceu, se alguma peça da moto quebrou, se ele não tinha muitas habilidades com a moto ou se estava alterado de alguma forma…
A queda foi muitíssimo violenta e, sinceramente não sei se o rapaz sobreviveu.
O que somos nós neste mundo?
Seres frágeis.
Seres frágeis em busca de algo que nem sempre sabemos o que é. Procuramos a felicidade, bens materiais, conforto. Nos cercamos de boa alimentação, esportes e cuidados.
E as vezes, meu amigo leitor, nos esquecemos de cuidar daquilo de mais precioso que trazemos conosco que é a nossa alma.
Estaria aquele rapaz da moto preparado para aquele momento?
Estaria aquele rapaz preparado para ver Cristo face a face?
E, eu te pergunto:
O que você está fazendo hoje para que quando o seu dia chegar você possa estar plenamente livre e limpo para gozar da presença de Deus?
O que você responderá ao ser indagado sobre os seus talentos e missão aqui nesta terra?
“Procure-O enquanto pode ser achado!”
Àquele desconhecido, que inexplicavelmente e lindamente amamos por um instante, minhas preces.
Fonte: Aleteia

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Papa Francisco: abrir o coração ao Espírito Santo não é fácil

É uma tarefa difícil – reconheceu o Papa – “porque a nossa fraqueza, o pecado original e o diabo sempre nos levam para trás”

Pope Francis wears a Scout's scarf during an audience to catholic Scouts at the Paul VI audience hall on November 8, 2014 at the Vatican. AFP PHOTO / TIZIANA FABI

Abrir o coração ao Espírito Santo: foi o que pediu o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta quinta-feira (22/10), na Casa Santa Marta.
O Papa afirmou que a conversão, para o cristão, “é uma tarefa, é um trabalho de todos os dias”, que nos leva ao encontro com Jesus. Como exemplo disso, Francisco contou a história de uma mãe doente de câncer que fez de tudo para combater a doença.
O Papa se baseou na Carta de São Paulo aos Romanos para sublinhar que para passar do serviço da iniquidade à santidade, devemos nos esforçar cotidianamente.
Não somos faquires
“São Paulo usa a imagem do atleta, pessoa que treina para se preparar para a jogo, e faz um esforço enorme”, disse o pontífice. “Mas se essa pessoa faz todo esse esforço para vencer um jogo, nós que devemos obter aquela vitória grande do Céu, o que devemos fazer?”. São Paulo nos exorta a ir prosseguir neste esforço”:
“Padre, podemos pensar que a santidade vem do esforço que eu faço, assim como a vitória do atleta vem por causa do treinamento? Não. O esforço que nós fazemos, este trabalho cotidiano de servir ao Senhor com a nossa alma, com o nosso coração, com o nosso corpo, com toda a nossa vida somente abre a porta ao Espírito Santo. É Ele quem entra em nós e nos salva! Ele é o dom em Jesus Cristo”. Caso contrário, nos assemelharemos aos faquires: não, nós não somos faquires. Nós, com o nosso esforço, abrimos a porta.”
Não retroceder diante das tentações
Uma tarefa difícil, reconheceu o Papa, “porque a nossa fraqueza, o pecado original e o diabo sempre nos levam para trás”. O autor da Carta aos Hebreus, acrescentou, “nos adverte contra esta tentação de retroceder”, de “regredir, de ceder”. É preciso “ir avante – exortou – sempre: um pouco a cada dia” mesmo “quando existe uma grande dificuldade”:
“Alguns meses atrás, encontrei uma mulher. Jovem, mãe de família – uma bela família – que tinha um câncer. Um câncer feio. Mas ela vivia com felicidade, agia como se estivesse saudável. E falando desta atitude, me disse: ‘Padre, faço de tudo para vencer o câncer!’. Assim deve ser o cristão. Nós que recebemos este dom em Jesus Cristo e passamos do pecado, da vida de injustiça à vida do dom em Cristo, no Espirito Santo, devemos fazer o mesmo. Um passo a cada dia. Um passo a cada dia”.
Treinamento da vida
O Papa indicou algumas tentações, como a “vontade de falar mal” de alguém. E naquele caso, disse, é preciso se esforçar para calar. Ou quando ficamos com preguiça de rezar, mas depois acabamos rezando um pouco. Partir das pequenas coisas, reiterou Francisco:
“Nos ajudam a não ceder, a não retroceder, a não voltar para a injustiça, mas a ir avante rumo a este dom, esta promessa de Jesus Cristo, que será propriamente o encontro com Ele. Peçamos ao Senhor esta graça: de sermos bons, de sermos bons neste treinamento da vida rumo ao encontro, porque recebemos o dom da justificação, o dom da graça, o dom do Espírito em  Cristo Jesus”.
(Com Rádio Vaticano)
Fonte: Aleteia

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Você se sente grato(a) diante de Deus? Então faça esta oração

Para rezar com toda a sinceridade do seu coração

<a href="http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=115086937&src=id" target="_blank" />Praying child</a> © itsmejust / Shutterstock

Obrigado, Senhor, pela vida.
Obrigado por cada minuto da minha existência.
Obrigado pelo meu presente, pelo meu passado,
pela possibilidade de um futuro na tua vontade.
Obrigado por eu ser como sou, pelo que fui.
Obrigado por tudo que me tornei,
por tudo que formou meu jeito de ser,
por tudo o que me limitou,
por tudo o que me fez perceber
que não sou o centro do universo.
Obrigado por me fazer compreender
quem sou eu, quem és Tu
e a que me chamas.
Obrigado pelos teus dons:
pelos que recebi, pelos que recebo
e pelos que receberei.
Obrigado por poder ver, ouvir, pensar.
Por ser capaz de amar e ser amado.
Obrigado pela minha saúde,
seja ela muita ou pouca.
Obrigado pelos mal-estares e cansaços,
pela minha fragilidade.
Porque Tu és minha força.
Obrigado por todas as pessoas
que Tu colocaste na minha vida:
pelas que me entendem
e também pelas que não gostam de mim.
Obrigado porque tudo pode ser um sentido na vida.
Obrigado por me acompanhar em tudo,
muito além do que sinto ou penso.
Obrigado porque posso abrir meu coração contigo
e porque sempre estás perto de mim.
Obrigado pela luz que me dás,
pela tua presença constante.
Obrigado por tudo, meu Deus.
Amém.

(Adaptado da oração de Cinto Busquet)
Fonte: Aleteia

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vale a pena perdoar?

Uma reflexão sobre os benefícios do perdão

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Perdoar é uma das atitudes mais difíceis na vida de milhares de pessoas.
O fato de alguém pedir perdão a outrem equivale a dizer que reconhece seu erro e sua culpa, por isso, vai ao encontro de quem foi, efetivamente, atingido por sentimentos, palavras e atos que feriram a sua dignidade. O fato de alguém perdoar significa dizer que reconhece sinceridade no arrependimento daquele que vai ao seu encontro, com a disposição de mudar de atitude.
A Revista Veja, em sua edição nº 2175*, teve como “matéria de capa” o perdão, mais precisamente, “O poder do perdão”. Não deixa de ser, deveras, significativo o fato de estarem a ciência e a midia tratando de um assunto que, por certo, na mente da maioria das pessoas tinha lugar apenas no mundo das religiões e na prática de seus seguidores.
O enfoque desse assunto na relação interpessoal e institucional, numa visão psicológica, filosófica, sociológica e política, com sua referência à face do perdão, biblicamente revelada, representa uma contribuição muito especial para a compreensão da necessidade de superação das linhas cruzadas e da eliminação das rupturas que se estabeleceram nas relações humanas, por numerosos motivos.
Na matéria, encontram-se depoimentos de pessoas, empresários e governantes que tiveram a capacidade de perdoar ou se mantiveram fechados em relação ao perdão. Segundo um professor da Universidade de Boston, o pedido de perdão contém “três passos básicos para obter perdão. Primeiro, deve-se assumir a responsabilidade pelo erro. Segundo, é preciso repudiar claramente esse erro, mostrando que não se pretende repeti-lo. Terceiro, deve-se exprimir o arrependimento pela dor causada ao próximo.”
O que é hoje descoberta da pesquisa e conquista da ciência, o Catecismo da Igreja já o proclama, há milênios, ao apresentar as exigências para que o fiel, ao recorrer ao Sacramento da Penitência, obtenha o perdão dos pecados cometidos contra Deus e contra o próximo.
Com efeito, para que esse Sacramento produza seus efeitos, exigem-se atitudes que levem o penitente à mudança de vida e à reconciliação: Contrição (reconhecimento dos pecados); Confissão (revelação, perante o confessor, desses pecados, “por pensamentos, palavras e obras”); Absolvição (recepção da perdão dos pecados confessados); Satisfação (reparação dos pecados cometidos, não os repetindo, deliberadamente). Como penitência, o confessor impõe uma pena ao penitente, correspondente, “na medida do possível, à gravidade e à natureza dos pecados cometidos.”
No plano psico-religioso, o perdão é um ato muito benéfico, sob vários aspectos, como confirma a voz da experiência de cada um. Um desses aspectos é a paz da consciência. O relacionamento entre pessoas, grupos e nações fica ameaçado quando determinados sentimentos, palavras e atitudes ferem o seu direito. Quando isso acontece, criam-se estremecimentos no relacionamento humano que, em muitos casos, rompem fortes vínculos de consanguinidade e sólidos laços de amizade.
O perdão é sempre muito benéfico para as pessoas que conseguem refazer sua história, não apenas porque minimizam a razão do distanciamento que se criou na convivência familiar e no relacionamento social, mas, antes, porque dão um passo de qualidade, ao cancelá-la de seu coração e de sua mente. A psicologia e a espiritualidade identificam os benefícios do perdão na vida das pessoas. A melhor linguagem dessa experiência é testemunhada por aquelas pessoas que conseguiram perdoar-se, mutuamente.
Para muitos, o perdão é benéfico, por ser uma conquista humana; para os cristãos, além dessa dimensão, está muito clara a exigência que Jesus colocou na oração do Pai Nosso: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.

Fonte: Aleteia

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

5 frases que um adolescente precisa ouvir dos seus pais

Se você tem um filho adolescente, precisa ler isso

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Talvez seu filho saiba o quanto você o ama e que você faria tudo por ele. Mas você costuma dizer-lhe isso? Com que frequência? Em que circunstâncias? Os atritos causados pela adolescência podem nos fazer deixar de lado a parte carinhosa e próxima que todo pai deveria oferecer.
As seguintes frases podem ser de grande ajuda para os pais, pois recordam aos adolescentes o que é melhor para ele. O amor que se sente por um filho é infinito e inexplicável.
As palavras são poderosas – mais ainda quando vêm dos pais. Então, aproveite:
1. Você consegue!
A adolescência é uma etapa de crise, na qual a segurança e a autoconfiança são enfraquecidas. Ainda que nem todos os adolescentes sejam iguais, são traços que se apresentam com frequência. Portanto, os filhos precisam saber que seus pais acreditam neles, em suas capacidades, e que os consideram mais capazes do que eles imaginam. Assim, eles se tornam mais fortes e valentes.
2. Tudo na vida exige esforço
Nada de bom na vida vai ser fácil, e os adolescentes podem descobrir coisas fáceis e não perceber esta verdade. É preciso conscientizá-los de que toda recompensa tem um trabalho por trás. Que desconfiem de tudo que é fácil demais.
3. Aprenda com seus erros
“Os erros fazem parte da aprendizagem e, como pais, nós o perdoamos.” Podem também acrescentar: “Confiamos em que você não voltará a fazer isso, porque é uma pessoa muito capaz e inteligente”. Demonstre que você confia no seu filho e ele valorizará os pais que tem – mesmo que não lhes diga isso.
4. Nós o amamos e por isso o corrigimos
Quando os pais se abrem realmente de coração, isso gera um impacto muito positivo nos adolescentes. Nunca é demais recordar-lhe o quanto vocês o amam, e tudo o que ele significa em suas vidas. Este exercício gera uma conexão única, e muitas vezes é um passo determinante na superação dos conflitos familiares.
5. Valorize cada momento e cada coisa que você tem
Alguns adolescentes acham que o “mundo ideal” durará para sempre e até exigem isso. Mas não. Sem recriminá-lo nem jogar na casa dele todos os esforços que vocês fazem por ele, é preciso recordar-lhe isso de vez em quando, pois muitos filhos não tiveram a sorte que ele tem.
Não é preciso memorizar estas frases para recitá-las aos filhos; basta compreender as ideias gerais que são propostas e adaptá-las à situação de cada um. Cabe esclarecer que tudo o que foi dito deve ir acompanhado de um tom carinhoso, um ambiente tranquilo, harmônico e privado: de pais para filhos, de coração a coração.

Fonte: Aleteia

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Farmácia espiritual: remédio para a raiva

Há em todos nós um tigre furioso. Quanto mais cedo construirmos em nós uma jaula para o encurralar, melhor podemos alcançar o autodomínio através da ajuda do Espírito Santo

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“O fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei.”. (G1 5,22-23)
Quando ficamos com raiva, a razão dá muitas vezes lugar à emoção, a qual, se não for controlada, nos leva a dizer coisas imprudentes ou a cometer atos agressivos de que nos arrependemos mais tarde.
Necessitamos, portanto, de autodomínio. Se eu quiser ser superior às influências externas, primeiro tenho de me tornar superior às minhas emoções descontroladas. Há em todos nós um tigre furioso. Quanto mais cedo construirmos em nós uma jaula para o encurralar, melhor podemos alcançar o autodomínio através da ajuda do Espírito Santo.
É tão fácil apanhar raios de sol com um anzol como tentar ter autodomínio sem a ajuda do Espírito Santo. Ou seja, é impossível. Devemos, por isso, crescer espiritualmente, conduzidos pelo Espírito.
A vida cheia de Espírito não é uma edição especial “de luxe” do Cristianismo, é a experiência de crescimento, de fome e sede de retidão. Uma vez que aprendemos a viver no Espírito, iremos observar um lento declínio da irritação, do conflito e de outros atos da carne, e iremos também notar um aumento do amor, de paciência, de brandura, de temperança e de outros frutos do Espírito. Nem sequer poderíamos tentar cultivar flores se não existisse atmosfera, ou produzir frutos se não existisse luz ou calor. Assim também, não podemos experimentar os frutos do Espírito sem o Espírito Santo.
Oração
Aqui estou, ó Senhor, ferido, magoado e frustrado. O terrível fogo da irritação está prestes a consumir o meu coração.
Estou pronto a ceder, a atirar uma pedra a quem me aparecer à frente; bater com os punhos numa parede de tijolos e atacar furiosamente, gritar, rasgar lençóis em farrapos e praguejar.
Senhor, levantai-me e recomponde-me de novo. Acalmai as ondas deste coração, acalmai as suas tempestades.
Afastai esta taça de amargura, despedaçai esta raiva embora o meu coração tenha sido despedaçado.
Através das tempestades da fúria guiai-me para a margem. Não vos peço para evitar as tempestades mas para me manter firme no interior delas.
Sou propenso a culpar os outros por todos os erros.
Afastai dos meus olhos a poeira que me cega, para que possa tratar os outros pela luz da vossa compaixão.
Amém
Tratamento
Quando sentir a raiva tentando dominar seus sentimentos, imediatamente repita no coração, quantas vezes forem necessárias, o palavra de Gl 5,22-23: “O fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei.”
Fonte: Aleteia

COMO DEVEMOS INVOCAR A DEUS NO TEMPO DA TRIBULAÇÃO?
Conselhos de Tomás de Kempis em sua obra "A Imitação de Cristo"


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Assim nos revela a meditação de Tomás de Kempis em seu clássico “A Imitação de Cristo”
1. O Discípulo – Seja vosso nome para sempre bendito, Senhor, pois quisestes provar-me com esta tribulação.
E porque não posso evita-la que outra coisa farei senão acolher-me a vós para que me auxilieis e a convertais em proveito meu?
Senhor, sinto-me atribulado; meu coração está desassossegado por causa desta paixão que o atormenta vivamente.
“Que vos direi agora”, oh, Pai amantíssimo? Rodeado estou de angústias. “Salvai-me nesta hora” (Jo 12,27).
Vós permitistes que eu chegasse a este estado para que sejais glorificado quando eu estiver muito abatido e for por vós livre.
Dignai-vos, Senhor, socorrer-me porque, pobre criatura, que posso eu fazer e onde irei sem vós?
Dai-me paciência, Senhor, ainda desta vez. Estendei-me a vossa mão, Deus meu, e não temerei, por mais forte que seja a tribulação.
2. Que posso eu dizer-vos neste estado? “Senhor, faça-se a vossa vontade”. Bem merecido tenho angústias e tribulações em que me vejo (Mt 6,10).
Convém que eu as sofra; e oxalá seja com paciência, até que passe a tempestade e venha a bonança.
Poderosa é a vossa mão onipotente para afastar de mim esta tentação e moderar sua violência, para que não sucumba de todo. Como tantas vezes tendes feito comigo, Deus meu, misericórdia minha.
E quanto para mim é mais dificultosa esta mudança, tanto mais fácil é ela para vós; “porque é obra da direita do Altíssimo” (Sl 76,11).
(Retirado do livro: “A Imitação de Cristo”, de Tomás de Kempis, Ed. Ave-Maria)
Fonte: Aleteia