quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Bom dia
Dia 31 de agosto de 2016 será a missa com posse do novo Pároco de Porto Barreiro
na Matriz Auxiliadora as 19:00 horas.
Logo após a missa se reuniremos no salão paroquial para uma grande partilha.
Estejam todos convidados para chegada e posse do nosso novo sacerdote José Dolores.

Seja bem-vindo! Toda comunidade está ansiosa por conhecer você, futuro Pastor da nossa igreja. Estamos fazendo o possível para que você se sinta em casa, junto de todos. Nossa congregação carrega as bases do amor, da paz e da cooperação em cada membro. É por isso que temos certeza que você vai sentir todo nosso calor e amizade todos os dias.

Temos certeza que a verdade está presente nas palavras do Senhor. Deus é o caminho! Ele é a estrada, o chão, a terra que nossos pés devem pisar. Acontece que, por vezes, precisamos de ser guiados, necessitamos de apoio para prosseguir nosso trilho. Na verdade, existem momentos em que fazemos desvio no trilho e é aí que sua presença vai ser determinante. Temos certeza que você será um Pastor absolutamente inesquecível para nossa igreja e para cabeça e pensamento de todos os membros da congregação. Nossa casa é sua casa! Até breve!

quarta-feira, 16 de março de 2016

4 maneiras de manter o diabo longe de você
E não só isso: também são 4 grandes ajudas no seu caminho para a santidade!
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Nos Evangelhos, lemos o caso de uma pessoa que foi exorcizada e depois voltou a ser atormentada por toda uma legião de demônios, que queriam possuí-la de forma ainda mais vigorosa (cf. Mt 12, 43-45).
O rito de exorcismo, de fato, serve para expulsar o diabo: mas não é uma “garantia” de que o diabo nunca mais vai tentar voltar.
Os exorcistas recomendam quatro maneiras de manter a alma em paz e nas mãos de Deus:
1. Recorrer com frequência aos sacramentos da Confissão e da Eucaristia
O que permite mais facilmente a entrada do diabo na vida de alguém é o habitual estado de pecado mortal desse alguém. Mesmo o pecado venial enfraquece a nossa relação com Deus e nos expõe ao inimigo.
A confissão dos pecados é a principal maneira de que dispomos a trilhar um novo caminho. Não por acaso, o diabo tentou implacavelmente impedir São João Maria Vianney de ouvir as confissões dos pecadores empedernidos. O santo sabia que um grande pecador estava chegando à cidade quando o diabo o assediava durante a noite. A confissão tem tanto poder e graça que o diabo teme as almas que recorrem com frequência a este sacramento.
A Santa Eucaristia é ainda mais poderosa para afastar o diabo – afinal, a Eucaristia é nada menos que a presença real de Jesus Cristo, verdadeiro Deus, diante de quem os demônios não têm absolutamente nenhum poder. A Eucaristia recebida em estado de graça após a confissão é uma dupla muralha contra o diabo, como confirmou São Tomás de Aquino em sua Summa Theologiae: “[A Eucaristia] repele todos os assaltos do diabo”.
2. Vida de oração consistente
A pessoa que recorre frequentemente aos sacramentos da confissão e da Eucaristia também tem de alimentar uma vida de oração diária e consistente, que a coloca em estado permanente de graça e relacionamento com Deus. A pessoa que conversa regularmente com Deus não precisa nunca ter medo do diabo. Os exorcistas sempre sugerem às pessoas que alimentem sólidos hábitos espirituais, como a leitura frequente das Escrituras, o rosário e as formas privadas de oração e reflexão cristã.
3. Jejum
Este é um conselho que vem diretamente dos Evangelhos: “[Há demônios que] não podem ser expulsos senão com oração e jejum” (Mc 9,29). Cada um de nós deve discernir que tipo de jejum é chamado a praticar: como vivemos no mundo e temos tantas responsabilidades, em especial para com a nossa família, não podemos jejuar irresponsavelmente a ponto de negligenciar a nossa própria vocação e pôr a saúde em risco. Em contrapartida, se quisermos mesmo deixar o diabo longe, também precisamos nos desafiar a um jejum que vá além de renunciar a um mísero chocolatinho durante a Quaresma. As virtudes da temperança e da prudência nos ajudarão a definir uma modalidade de jejum que ao mesmo tempo seja sensata e nos exija um sacrifício real.
4. Sacramentais
Os exorcistas não só usam os sacramentais (o próprio rito do exorcismo é um sacramental) como ainda aconselham as pessoas que sofreram possessão diabólica a usarem com frequência os sacramentais. Eles são uma arma poderosa na luta diária para afugentar o diabo. De que sacramentais estamos falando? Dos mais comuns e conhecidos pelas pessoas: água benta, sal abençoado, escapulário… Mantenha-os não só em casa, mas também no seu local de trabalho, no seu carro, junto a si mesmo quando for o caso (como é o do escapulário).
Estas quatro grandes ajudas não só vão manter o diabo longe como também ajudarão você no caminho para a santidade – que nada mais é, afinal, do que viver sempre em união com Deus!

Fonte: Aleteia

segunda-feira, 14 de março de 2016

É assim que minha alma te busca, Senhor

Uma poderosa oração para aumentar a confiança em Deus

Prayer

Renove sua fé e confiança em Deus com uma das orações mais poderosas da Bíblia:

Salmo 41

Como a corça anseia pelas águas vivas,
assim minha alma suspira por vós, ó meu Deus.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo;
quando irei contemplar a face de Deus?
Minhas lágrimas se converteram em alimento dia e noite,
enquanto me repetem sem cessar: Teu Deus, onde está?
Lembro-me, e esta recordação me parte a alma,
como ia entre a turba, e os conduzia à casa de Deus,
entre gritos de júbilo e louvor de uma multidão em festa.
Por que te deprimes, ó minha alma, e te inquietas dentro de mim?
Espera em Deus, porque ainda hei de louvá-lo:
Ele é minha salvação e meu Deus.
Desfalece-me a alma dentro de mim;
por isso penso em vós do longínquo país do Jordão,
perto do Hermon e do monte Misar.
Uma vaga traz outra no fragor das águas revoltas,
todos os vagalhões de vossas torrentes passaram sobre mim.
Conceda-me o Senhor de dia a sua graça;
e de noite eu cantarei, louvarei ao Deus de minha vida.
Digo a Deus: Ó meu rochedo, por que me esqueceis?
Por que ando eu triste, sob a opressão do inimigo?
Sinto quebrarem-se-me os ossos, quando, em seus insultos,
meus adversários me repetem todos os dias:
Teu Deus, onde está ele?
Por que te deprimes, ó minha alma, e te inquietas dentro de mim?
Espera em Deus, porque ainda hei de louvá-lo:
ele é minha salvação e meu Deus.

(Salmo 41, Bíblia Ave Maria)
Fonte: Aleteia

quinta-feira, 10 de março de 2016


O abecedário do cristão
Um guia prático e simples para o seu dia a dia
 happy
Agradeça a Deus por cada circunstância da sua vida.
Busque a excelência, não a perfeição.
Confesse-se com frequência e humildade.
Devolva o que você pegou emprestado.
Empreste suas coisas com generosidade.
Faça pequenos atos de fé ao longo do dia.
Gostem ou não de você, faça o bem a todos.
Hora de dormir: agradeça, peça perdão.
Invista seu tempo em atos de caridade.
Jamais se esqueça da salvação da sua família.
Leia a Bíblia diariamente.
Mantenha-se atento aos sinais do amor de Deus.
Não culpe os outros pelos seus problemas.
Ore pelos seus inimigos.
Perdoe sempre, incondicionalmente.
Que as pessoas enxerguem Jesus em você.
Reconheça sua fragilidade e confie na Graça.
Seja gentil com todos.
Trate as pessoas como Jesus as trataria.
Una-se a Maria ao longo da jornada.
Viva bem a missa, mesmo quando não tiver vontade.
Xô, tristeza! A alegria é o distintivo do cristão.
Zele pela dignidade do seu próximo.

Fonte: Aleteia

 

 

quarta-feira, 9 de março de 2016

Parábola dos dois lobos

Uma lição de vida

Wolf

Um indiano muito sábio estava ensinando ao seu neto importantes lições de vida:
— Existe uma luta dentro de cada um de nós que se assemelha muito a uma luta entre dois lobos. Um deles representa a maldade: inveja, ciúmes, remorso, egoísmo, ambições, mentiras… o outro lobo é a personificação do bem: paz, amor, esperança, verdade, bondade, fidelidade.
A criança, comovida com as palavras de seu avô, ficou pensando por alguns instantes, e depois perguntou:
— E qual dos dois lobos costuma vencer no final?
O sábio sorriu ligeiramente e respondeu:
— Ganha sempre o lobo que você alimenta.

Fonte: Aleteia

segunda-feira, 7 de março de 2016

Perdoar sem medo de amar

Perdoar nem sempre é fácil, principalmente quando a causa da ofensa abriu profundas feridas no coração 
Depressed woman in front of a bench
Muitos caminham pela vida com feridas abertas há muitas décadas, buscam a cura para a cicatrização; mas quando pensam que ela ocorreu, a ferida se abre novamente e causa dores maiores que no passado.
Jesus nos diz que devemos perdoar o nosso irmão setenta vezes sete, ou seja, o perdão não tem limites para ser concedido. No entanto, nossa realidade humana, frágil e pecadora insiste em deixar que a ofensa seja maior que o perdão. Tudo isso se deve à profundidade que a mágoa causou em nossa alma. Bom mesmo seria se conseguíssemos perdoar sempre e de coração.
O perdão é um processo que precisa de nossa ajuda para que possa ser concedido de maneira plena. As causas das mágoas podem ser várias e ocorrer nas mais diversas situações, desde uma palavra mal interpretada até uma carência profunda e sem consciência. Muitos são os motivos para que as feridas abertas demorem muito tempo para serem cicatrizadas.
Quanto mais remoemos em nosso coração a ofensa sofrida, maior será a dificuldade de perdoar. A mágoa que é alimentada pelo nosso coração não é benéfica para o nosso processo de cura interior. Pelo contrário, uma mágoa que é alimentada constantemente pelo sentimento de revolta aumenta as dores emocionais e dificulta a processo de cicatrização de uma ferida aberta.
O desejo de vingança é bastante comum em quem sofreu uma traição. O primeiro sentimento que surge no coração de quem passa por e processo é: “Assim como fez comigo, também farei”. Esse sentimento é sempre prejudicial, porque nunca iremos resolver um problema usando das mesmas armas que feriram nossa alma. Guerra de sentimentos produz destruição em massa do amor. A solução para os conflitos não se busca na vingança, mas sim no diálogo sincero, maduro e humano.
Também não adianta falarmos para todo mundo e espalharmos aos quatro ventos a revolta que sentimos, se nunca temos a coragem de procurar quem nos ofendeu. Palavras de revolta, quando partilhadas com todos, podem aumentar os princípios de reconciliação. São muitas as situações em que o ser humano precisa de uma plateia que aplauda suas críticas para reforçar a autoestima de que o agressor não merece perdão.
No tumulto das emoções, toda busca de reconciliação e de paz será infrutífera. É preciso cultivarmos a paciência da espera. Emoções à flor da pele nunca vão nos ajudar na busca da paz. O tempo é um precioso aliado para quem deseja fazer do perdão um ponto de partida para um novo recomeço. Espere até que as ondas da fúria possam ceder lugar à serenidade das águas de um lago.
Nunca deixe de orar pela situação que você enfrenta. A oração é o alimento da alma e a paz que acalma nossos sentimentos. Busque na oração o primeiro passo para a cura de suas mágoas. Coloque tudo o que você sente nas mãos de Deus e deixe que Ele transforme o negativo de suas emoções nas flores do perdão.

Fonte: Aleteia

sexta-feira, 4 de março de 2016

Papa: o segredo para deixar a misericórdia de Deus entrar no coração
Francisco explicou em sua homilia diária a atitude que um cristão deve ter para não deixar que seu coração endureça
Pope Francis General Audience March 02, 2016
O Papa Francisco explicou hoje que o segredo para deixar a misericórdia de Deus entrar no coração é reconhecer-se pecador.
Segundo o Papa, que falava em sua homilia de hoje na Casa Santa Marta, somente se o nosso coração estiver aberto, será possível acolher a misericórdia de Deus.
Francisco comentou a fidelidade de Deus e a fidelidade do seu povo. Na Primeira Leitura extraída do Livro de Jeremias, o Papa destacou que “Deus é sempre fiel, porque não pode renegar a si mesmo, enquanto o povo não presta atenção à sua Palavra. Jeremias narra de “tantas coisas que Deus fez para chamar à atenção os corações do povo”, mas o povo permanece na sua infidelidade.
“Esta infidelidade do povo de Deus – advertiu – e também a nossa própria infidelidade, endurece o coração: fecha o coração!”
“Não deixa entrar a voz do Senhor que, como pai amoroso, sempre nos pede para abrir-nos à sua misericórdia e ao seu amor. Rezamos no Salmo, todos juntos: ‘Escutem hoje a voz do Senhor. Não endureçam o seu coração!’. O Senhor sempre nos fala assim, inclusive com ternura de pai nos diz: ‘Voltem a mim com todo o coração, porque sou misericordioso e piedoso. Mas quando o coração é duro, não se entende isso. A misericórdia de Deus só é compreensível se você é capaz de abrir o seu coração para que possa entrar”.
“O coração se endurece – retomou o Papa – e vemos a mesma história” no trecho do Evangelho de Lucas, onde Jesus é enfrentado por aqueles que tinham estudado as Escrituras, “os doutores da lei que conheciam a teologia, mas eram tão, tão fechados”. A multidão, ao invés, “estava impressionada”, “tinha fé em Jesus! Tinha o coração aberto: imperfeito, pecador, mas o coração aberto”.
“Estes teólogos”, acrescentou o Papa, “tinham um comportamento fechado! Sempre buscavam uma explicação para não entender a mensagem de Jesus”, pediam-lhe um sinal do céu. Sempre fechados! Era Jesus que tinha de justificar aquilo que fazia”.
“Esta é a história, a história daquela fidelidade falida. A história dos corações fechados, dos corações que não deixam a misericórdia de Deus entrar, que se esqueceram da palavra ‘perdão’, perdoa-me Senhor, simplesmente porque não se sentem pecadores: se sentem juízes dos outros. Uma longa história de séculos. Esta fidelidade falida, Jesus a explica com duas palavras chaves, para colocar fim, para terminar o discurso desses hipócritas: Quem não está comigo, está contra mim. Ou você é fiel, com o seu coração aberto, ao Deus que é fiel a você ou você está contra Ele: ‘Quem não está comigo, está contra mim’.”
“Mas é possível um meio termo, uma negociação”, se pergunta o Papa. “Sim”, é a sua resposta. “Existe uma saída: se reconheça pecador! Se você diz: sou pecador, o coração se abre e entra a misericórdia de Deus e você começa a ser fiel.
“Peçamos ao Senhor a graça da fidelidade. O primeiro passo para caminhar nesta estrada da fidelidade é sentir-se pecador. Se você não se sente pecador, você começou mal. Peçamos a graça para que o nosso coração não se endureça, que seja aberto à misericórdia de Deus e à graça da fidelidade. Peçamos, nós, infiéis, a graça de pedir perdão.”

(Com Rádio Vaticano)

quinta-feira, 3 de março de 2016

29 perguntas sobre a Quaresma

Tudo o que você precisa saber sobre este tempo especial

LENT with bred and water - pt
O QUE É A QUARESMA?Chamamos Quaresma o período de quarenta dias reservado a preparação da Páscoa, e indicado pela última preparação dos catecúmenos que deveriam receber nela o batismo.

DESDE QUANDO SE VIVE A QUARESMA?
Desde o século IV se manifesta a tendência para constituí-la no tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, menos em um princípio, nas igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma vem sido cada vez maior no ocidente, mas deve se observar um espírito penitencial e de conversão.
POR QUE A QUARESMA NA IGREJA CATÓLICA?
“A Igreja se une todos os anos, durante os quarenta dias da Grande Quaresma, ao Mistério de Jesus no deserto” (n. 540).
QUAL É, PORTANTO, O ESPÍRITO DA QUARESMA?
Deve ser como um retiro coletivo de quarenta dias, durante os quais a Igreja, propondo a seus fiéis o exemplo de Cristo em seu retiro no deserto, se prepara para a celebração das solenidades pascoais, com a purificação do coração, uma prática perfeita da vida cristã e uma atitude penitencial.
O QUE É A PENITÊNCIA?
A penitência, tradução latina da palavra grega que na Bíblia significa a conversão (literalmente a mudança do espírito) do pecador, designa todo um conjunto de atos interiores e exteriores dirigidos a reparação do pecado cometido, e o estado de coisas que resulta dele para o pecador.
Literalmente mudança de vida, se diz do ato do pecador que volta para Deus depois de haver estado longe Dele, ou do incrédulo que alcança a fé.
QUE MANIFESTAÇÕES TEM A PENITÊNCIA?“A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobre tudo em três formas: o JEJUM, a oração, a missa, que expressam a conversão com relação a si mesmo, com relação a Deus e com relação aos demais. Junto a purificação radical operada pelo Batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação pela salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade “porque a caridade cobre a multidão dos pecados” (1 Pedro, 4,8.).” (Catecismo Igreja Católica, n. 1434).

SOMOS OBRIGADOS A FAZER PENITÊNCIA?
“Todos os fiéis, cada um a seu modo, estão obrigados pela lei divina a fazer penitência; não obstante, para que todos se unam em alguma prática comum de penitência, se fixaram uns dias de penitência para os fiéis que se dedicam de maneira especial a oração, realizam obras de piedade e de caridade e se negam a si mesmos, cumprindo com maior fidelidade suas próprias obrigações e, sobre tudo, observando o jejum e a abstinência.” (Código de Direito Canônico, c. 1249).
QUAIS SÃO OS DIAS E TEMPOS PENITENCIAIS?
“Na Igreja universal, são dias e tempos penitenciais todas as Sextas-feiras do ano e o tempo de quaresma.” Código de Direito Canônico, c. 1250).
QUE DEVE SE FAZER TODAS AS SEXTAS-FEIRAS DO ANO?
Em lembrança do dia em que Jesus morreu na Santa Cruz, “todas as sextas-feiras, a não ser que coincidam com uma solenidade, deve se fazer a abstinência de carne, ou de outro alimento que seja determinado pela Conferência Episcopal; jejum e abstinência se guardarão na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.” (Código de Direito Canônico, c. 1251).
QUANDO É A QUARESMA?A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina imediatamente antes da Missa Vespertina no Domingo de Páscoa . Todo este período forma uma unidade, podendo-se distinguir os seguintes elementos:

A Quarta-feira de Cinzas.
Domingo de Ramos da Paixão do Senhor.
A Missa Crismal.
As férias.
O QUE É QUARTA-FEIRA DE CINZAS?

É um princípio da Quaresma; um dia especialmente penitencial, em que manifestamos nosso desejo pessoal de CONVERSÃO a Deus.
Quando vamos aos templos em que nos impõem as cinzas, expressamos com humildade e sinceridade de coração, que desejamos nos converter e crer de verdade no Evangelho.

QUANDO TEVE ORIGEM A PRÁTICA DAS CINZAS?
A origem da imposição da cinza pertence a estrutura da penitência canônica. Começou a ser obrigatória para toda a comunidade cristã a partir do século X. A liturgia atual conserva os elementos tradicionais: imposição da cinza e jejum rigoroso.
QUANDO SE ABENÇOA E SE IMPÕEM A CINZA?
A benção e a imposição da cinza tem lugar dentro da Missa, após a homilia; embora em circunstâncias especiais, se pode fazer dentro de uma celebração da Palavra. As formas de imposição da cinza se inspiram na Escritura: Gn, 3, 19 e Mc 1, 15.
DE ONDE PROVEM A CINZA?
A cinza procede dos ramos abençoados no Domingo da Paixão do Senhor, do ano anterior, seguindo um costume que se remonta ao século XII. A forma de benção faz relação a condição pecadora de quem a recebeu.
QUAL É O SIMBOLISMO DA CINZA?
O simbolismo da cinza é o seguinte:
Condição fraca do homem, que caminha para a morte;
Situação pecadora do homem;
Oração e súplica ardente para que o Senhor os ajude; Ressurreição, já que o homem está destinado a participar no triunfo de Cristo;
A QUE NOS CONVIDA A IGREJA NA QUARESMA?A Igreja persiste nos convidando a fazer deste tempo como um retiro espiritual em que o esforço de meditação e de oração deve ser sustentado por um esforço de mortificação pessoal cuja medida, a partir deste mínimo, permanece a liberdade e generosidade de cada um.

O QUE DEVE SE CONTINUAR VIVENDO NA QUARESMA?
Se vive bem a Quaresma, deverá se alcançar uma autêntica e profunda CONVERSÃO pessoal, preparando-nos, deste modo, para a maior festa do ano: o Domingo da Ressurreição do Senhor.
O QUE É A CONVERSÃO?

Converter-se é reconciliar-se com Deus, apartar-se do mal, para estabelecer a amizade com o Criador.
Supõe e inclui deixar o arrependimento e a Confissão (ver o Guia da Confissão) de todos e cada um de nossos pecados.
Uma vez em graça (sem consciência de pecado mortal), temos de mudar desde dentro (em atitudes) tudo aquilo que não agrada a Deus.

POR QUE SE DIZ QUE A QUARESMA É UM “TEMPO FORTE” E UM “TEMPO PENITENCIAL?
“Os tempos e os dias de penitência ao largo do ano litúrgico (o tempo de QUARESMA, cada Sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. Estes tempos são particularmente apropriados para os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações como sinal de penitência, o jejum, a comunhão cristã de bens (obras caritativas e missionárias).” (Catecismo Igreja Católica, n. 1438)
COMO CONCRETIZAR MEU DESEJO DE CONVERSÃO?
De diversas maneiras, mas sempre realizando obras de conversão, como , por exemplo:
Ir ao Sacramento da Reconciliação (Sacramento da Penitência ou Confissão) e fazer uma boa confissão: clara, concisa, concreta e completa.
Superar as divisões, perdoando e crescer em espírito fraterno.
Praticando as Obras de Misericórdia.
QUAIS SÃO AS OBRAS DE MISERICÓRDIA?As Obras de Misericórdia espirituais são:

Ensinar ao que não sabe.
Dar bons conselhos ao que necessita.
Corrigir ao que erra.
Perdoar as injúrias.
Consolar ao triste.
Sofrer com paciência as adversidades e fraquezas do próximo.
Rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos
As Obras de Misericórdia corporais são:
Visitar ao enfermo.
Dar de comer ao faminto.
Dar de beber ao sedento.
Socorrer ao cativo.
Vestir ao desnudo.
Dar abrigo ao peregrino.
Enterrar a os mortos.
QUE OBRIGAÇÕES TEM UM CATÓLICO EM QUARESMA?
Tem que cumprir com o preceito do JEJUM e a ABSTINÊNCIA, assim como a CONFISSÃÓ e COMUNHÃO anual.
EM QUE CONSISTE O JEJUM?
O JEJUM consiste em fazer uma única refeição ao dia, sendo que se pode comer algo menos que o de costume pela manhã e a noite. Não se deve comer nada entre os alimentos principais, salvo em caso de doença.
A QUEM SE OBRIGA O JEJUM?
Se obriga a viver a lei do jejum, todos os maiores de idade. (cfr. CIC, c. 1252).
O QUE É A ABSTINÊNCIA?
Se chama abstinência a proibição de comer carne (vermelha ou branca e seus derivados).
A QUEM SE OBRIGA A ABSTINÊNCIA?
A lei da abstinência se obriga aos que já tem catorze anos.(cfr. CIC, c. 1252).
PODE SER MUDADA A PRÁTICA DA ABSTINÊNCIA?
“A Conferência Episcopal pode determinar com mais detalhes o modo de observar o jejum e a abstinência, assim como substituirmos em parte por outras formas de penitência, sobre tudo por obras de caridade e práticas de piedade.” (Código de Direito Canônico, c. 1253).
O QUE IMPORTA DE VERDADE NO JEJUM E NA ABSTINÊNCIA?Deve se cuidar no viver o jejum ou a abstinência com alguns mínimos, mas como uma maneira concreta como a que nossa Santa Mãe Igreja nos ajuda a crescer no verdadeiro espírito de penitência.

QUE ASPECTOS PASTORAIS CONVÊM RESSALTAR NA QUARESMA?
O tempo de Quaresma é um tempo litúrgico forte, em que toda a Igreja se prepara para a celebração das festas pascais. A Páscoa do Senhor, o Batismo e o convite a reconciliação, mediante o Sacramento da Penitência, são suas grandes coordenadas.
Se sugere utilizar como meios de ação pastoral:
A catequese do Mistério Pascal e dos sacramentos;
A exposição e celebração abundante da Palavra de Deus, como aconselha vivamente o cânon. 767, & 3, 3).
A participação, se possível diária, na liturgia quaresmal, nas celebrações penitenciais e, sobre tudo, na recepção do sacramento da penitência: “são momentos fortes na prática penitencial da Igreja” (CEC, n. 1438), fazendo notar que “junto as conseqüências sociais do pecado, detesta mesmo o pecado enquanto é ofensa a Deus”;
O desenvolvimento dos exercícios espirituais, as peregrinações, como penitência assinam, as privações voluntárias como o jejum, a caridade, as obras beneficentes e missionários.

(via Fé Explicada)

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Podemos cantar o Pai-Nosso na missa?
Mass
O canto e a música são de vital importância em qualquer festa e celebração – também nas celebrações eclesiais. Uma celebração sem canto, especialmente da Eucaristia, seria como um dia nublado: é dia, mas falta alguma coisa de luz e cor para que esteja mais alegre. O canto será mais santo na medida em que estiver unido à ação litúrgica.
Antes de falar sobre a possibilidade de cantar o Pai-Nosso, é importante destacar que esta oração merece o máximo de respeito e solenidade. Isso é um convite a que revisemos em profundidade nossa situação diante de Deus e das pessoas, com muita devoção.
Os cantos da missa, de acordo com a instrução “Musicam Sacram”, se dividem em três grupos:
1. Primeiro grau: são as ações que correspondem ao povo, como aclamações e respostas ao celebrante: “Amém”, “Graças a Deus”, “Anunciamos, Senhor, a vossa morte…”, bem como os hinos: “Santo”, “Pai-Nosso”.
2. Segundo grau: Kyrie, Glória, Agnus Dei, Credo, oração dos fiéis.
3. Terceiro grau: cantos de entrada, comunhão, ofertório, Aleluia antes do Evangelho, leituras (quando são cantadas).
Sendo assim, o Pai-Nosso pode ser cantado, é opcional, e é um canto de primeiro grau. Portanto, o Pai-Nosso não apenas pode ser cantado, senão que, ao ser do primeiro grau, é dos cantos que mais deveriam ser cantados.
A instrução “Musicam Sacram” afirma no número 35: “O Pai-Nosso, é bom que o diga o povo juntamente com o sacerdote. Se for cantado em latim, empreguem-se as melodias oficiais já existentes; mas se for cantado em língua vernácula, as melodias devem ser aprovadas pela autoridade territorial competente”.
A melodia para cantar o Pai-Nosso nunca deve ser escandalosa, para não perder de vista a intenção do ato, que é orar.
As pessoas não sabem se o Pai-Nosso pode ser cantado precisamente porque é raro que se cante esta oração nas missas. Por quê? Justamente por causa dos abusos cometidos. Em muitos casos, este canto é deformado e mal interpretado.
Na América Latina, sobretudo, é frequente ouvir o Pai-Nosso com mais palavras que na oração original, ou com menos palavras, e até com outras palavras (exemplo comum no Brasil: “Pai, meu Pai do céu, eu quase me esqueci que o teu amor vela por mim, que seja sempre assim…”).
Por que mudar as palavras de Jesus? É por isso que os padres costumam seguir o caminho mais seguro, que é recitar o Pai-Nosso.
Portanto, quando cantamos o Pai-Nosso, é importantíssimo conservar intacto o texto original da oração. Outra coisa é a música que acompanha o canto, que precisa ser realmente música sacra, e não qualquer música (não pode ser um canto adaptado com ritmo popular).
Outro texto a ser levado em consideração é a Instrução Geral do Missal Romano, que afirma no número 81: “Na Oração do Senhor pede-se o pão de cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo o pão eucarístico, e pede-se a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas aos santos. O sacerdote profere o convite, todos os fiéis recitam a oração com o sacerdote, e o sacerdote acrescenta sozinho o embolismo, que o povo encerra com a doxologia. Desenvolvendo o último pedido do Pai-nosso, o embolismo suplica que toda a comunidade dos fiéis seja libertada do poder do mal O convite, a própria oração, o embolismo e a doxologia com que o povo encerra o rito são cantados ou proferidos em voz alta”.
Em resumo, o Pai-Nosso pode ser cantado, sim. Mais ainda: deve ser cantado. Mas, como mencionamos antes, o problema é que as pessoas costumam usar versões que não se parecem em nada com a oração que Jesus nos ensinou.
Fonte: Aleteia
Você realmente sabe o que é rezar?

Algumas definições curtas e simplesmente incríveis para recordar verdades profundas ao seu coração
boy praying to God
Rezar é escutar o Deus que lhe fala.
Rezar é abrir-se finalmente ao que Deus nos propõe desde sempre.
Rezar é abrir-se ao perdão que Deus nos dá.
Rezar é aprender a escutar.
Rezar é abrir-se a Deus para que Ele nos abra ao próximo.
Rezar é ter um momento de intimidade com Deus, é a abertura à vida verdadeira.
Rezar é descobrir que Deus nos ama.
Rezar é encontrar um tempo de silêncio.
Rezar é dedicar um tempo a parar, repensar, reorganizar diante de Deus os dias, as horas e os acontecimentos.
Fonte: Aleteia

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

5 maneiras do demônio atacar durante a Quaresma

Sentindo-se mais tentado do que o habitual? Esta é a temporada, e aqui está como reconhecer e responder a ela

Image of a girl under the covers with a flashlight the night afraid of ghosts
E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor  (Jó 1, 12)
Eu não sei sobre você, mas desde que retornei à Igreja, costumo me sentir como Jó durante a Quaresma. Eu sinto que Deus permite que o diabo se aproxime um pouco, e as coisas tendem a ficar caóticas na minha vida espiritual!
Jesus foi tentado no deserto. E a Quaresma é um tempo de deserto. De acordo com o Catecismo, durante “Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja une-se ao mistério de Jesus no deserto” (item 540). Portanto, faz sentido que também pudéssemos sentir mais tentações neste momento. Mas Deus não permite qualquer coisa, a não ser que possa ser usada para o bem; Ele pode até mesmo usar a tentação e ataques do diabo para a nossa conversão, transformação e santidade.
Aqui estão alguns ataques que tenho reconhecido e as respostas que eu encontrei. Você já experimentou alguma destas tentações nesta Quaresma?
  1. A tentação da distração
A Quaresma pode ser um tempo de grandes realizações espirituais e humanas. Diante disso, o diabo quer nos desencorajar e fazer desistir. A única coisa que a Quaresma deve ser é sobre Deus, não sobre nossas próprias atividades, por bem-intencionadas que possam ser.
É melhor pedir a Deus para nos ajudar a concentrar em uma coisa fundamental durante a Quaresma, e depois, apesar das nossas falhas, pedir-lhe a graça de perseverar.
  1. A Tentação de Julgar
Foi o orgulho que transformou anjos em demônios, mas é a humildade que faz de homens anjos”.― Santo Agostinho
Se somos naturalmente mais disciplinados ou temos mais força de vontade do que aqueles que nos rodeiam, na Quaresma surge a tentação de nos compararmos favoravelmente em relação aos outros. Isto é exatamente o que o diabo quer. Ele quer que pensemos que somos melhores que os outros e, assim, crescermos no orgulho, que é precisamente do que devemos nos arrepender durante a Quaresma.
Se tivermos essa tendência, ou experimentarmos isso nesta Quaresma, o melhor antídoto é escolher uma penitência que é absolutamente impossível de alcançar perfeitamente e que desafia a nossa tendência para o orgulho. Isto ajuda-nos a perceber que Quaresma não é ser perfeito, ser julgador. Trata-se de perceber que, mesmo com os dons naturais que Deus nos deu, ainda somos pecadores e necessitamos da Sua graça.
  1. A Tentação do Auto-aperfeiçoamento
Nas penitências da Quaresma podemos querer perder peso ou excluir um mau hábito que se tornou uma irritação em nossas vidas, ao invés de crescer perto de Deus. E o diabo adoraria que a Quaresma fosse sobre nós. Mas a Quaresma não é sobre isso.
Como o Padre Anthony Gerber apontou em um excelente post sobre este assunto: “Quaresma é… sobre falhar miseravelmente – sobre você chegar a esta terceira semana e fazer a difícil escolha dos pregos e espinhos do amor… Mas, em seguida, negar Jesus por algumas moedas de prata, de conforto, de egoísmo, amor-próprio. E nesse momento, você ficará de joelhos e irá levantar os braços para o céu e dizer: ‘Senhor, eu não posso fazer isso por mim! Senhor, ajuda-me! Eu sou tão ruim em amor!’”.
Nós geralmente somos bons em amar a nós mesmos e ruins em amar o próximo. É por isso que é importante escolher penitências que nos ajudarão a crescer no amor altruísta.
  1. A tentação da divisão
“A divisão vem do demônio. Fujam das lutas internas, por favor!” – Papa Francisco
Divisão é um dos utensílios favoritos do diabo em sua caixa de ferramentas. Ele gosta de provocar rivalidades, confusão, inveja, raiva e paranoia. O diabo quer que olhemos para outros cristãos e enxerguemos o inimigo em vez de reconhecer que o único verdadeiro inimigo entre nós é ele (e nós mesmos quando o deixamos operar em nós).
Então, é claro, durante a Quaresma o diabo pode tentar incitar a divisão entre os cristãos em nossas casas, em nossas paróquias e até mesmo online. Se você ler algum material online, uma boa pergunta durante a Quaresma (e na verdade, em qualquer momento) seria: “Será que este material me ajuda a amar mais meus irmãos cristãos, ou ele leva à divisão?”.
Recentemente falecido, o juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos e fiel católico Antonin Scalia disse uma vez: “Eu ataco ideias. Eu não ataco pessoas”. Este é um sinal de caráter. E é uma distinção que é cada vez mais perdida em nossa sociedade. Se o que você está lendo ou escrevendo online se concentra em atacar as pessoas ao invés de trabalhar para a unidade no amor cristão, pode ser a ferramenta do diabo para mantê-lo (e outros) afastado do crescimento na vida espiritual.
  1. A tentação do desânimo
As tentações contra a fé e a pureza são mercadorias que o inimigo oferece – São Padre Pio
O diabo gosta de nada mais do que fazer-nos tão miseráveis como ele é. E ele sabe quando estamos nos sentindo desanimados e estamos susceptíveis a ser menos cooperativos com a graça de Deus. Assim, durante a Quaresma, o diabo pode nos tentar a sentir vontade de desistir de viver o espírito penitencial da temporada. Ele pode fazer-nos sentir que estamos constantemente falhando e que apenas não somos bom para isso. A coisa é – ninguém é “bom” na Quaresma. Se você pensa que é, você não está escolhendo as penitências certas.
Assim, quando nos sentimos desanimados, é uma oportunidade para agradecer a Deus com louvores de alegria por nos salvar de nossa mediocridade e do pecado. Não faz sentido desanimar se nós realmente acreditamos na mensagem do Evangelho. Mesmo na Quaresma, sabemos que Jesus morreu, sim, mas ele ressuscitou, e a alegria e a graça já está disponível para nos transformar. E agradeça a Deus por isso!
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Existem muitas outras maneiras do diabo atacar durante a Quaresma. E há muitas maneiras de lutar contra isso. Se você tem alguma idéia para adicionar a partir de sua própria experiência pessoal, a partir das Escrituras ou a partir dos Santos, por favor, sinta-se à vontade para adicioná-la nos comentários!

Irmã Theresa Aletheia Noble, FSP, é autora de The Prodigal You Love: Inviting Loved Ones Back to the Church. Recentemente, ela pronunciou seus primeiros votos com as Filhas de São Paulo. Ela escreve no blog “Pursued by Truth. 

Fonte: Aleteia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Aos trancos e barrancos
Entenda por que Deus permite tantos problemas e dificuldades na sua vida
a woman who suffers - pt
“Ainda que o mundo venha abaixo, haveremos de prosseguir.”
 
A frase acima é uma das minhas prediletas de Teresa D’Ávila. Revela a força de uma alma apaixonada por Deus, que mesmo consciente de suas fraquezas e das dificuldades enfrentadas, conheceu o caminho da perseverança, do prosseguir, do continuar, do ir até o fim.
Seria muito bom se fosse tudo muito fácil na vida cristã! Que durante a nossa caminhada para Deus nada saísse do lugar, tudo permanecesse tranquilo como um lago, calmo como a brisa e fácil como descansar na casa de praia.
Na verdade, experimento outra realidade. Parece que vou mesmo é “aos trancos e barrancos”, caindo e levantando, nas lutas sem fim, no cansaço que não descansa, na labuta do começar sempre de novo, no desejo constante de ser fiel; caminhando sem forças, esperando sempre além, indo mais longe do que meus próprios passos, testemunhando tudo desabar, sem aviso prévio, sem chance de voltar.
É um verdadeiro mar agitado por fortes ondas de tentações, uma ventania de medos e a experiência de nem mesmo ter onde “repousar a cabeça” ou mesmo o coração. Uma sábia irmã de comunidade costumava dizer que quem quer “sombra e água fresca” não deve se meter com o Espírito Santo! E que verdade!
Verdade porque Deus tem a capacidade de nos desinstalar continuamente de nossas seguranças, de fazer o mundo girar de cabeça para baixo, de testar os limites da nossa lógica, de desfazer qualquer planejamento em fração de segundos e de recomeçar todo o processo novamente minutos depois. Tudo isso porque Ele se especializou em nos salvar. E se Ele permanecer no controle das nossas vidas, o mundo pode cair e desabar, venha o que vier, seja o que for, prosseguiremos por Sua Graça e veremos que nada pode impedir que a vontade Dele se cumpra em um coração decidido a ir até o fim.
Quando menos tenho forças, para que a Graça prevaleça diante da minha pequenez, gosto de dizer baixinho, para que Deus escute como um pedido, “não por presunção, mas por vocação”, que “ainda que o mundo venha abaixo”, quero, desejo e preciso prosseguir.
Santa Teresa, Rogai por nós
 
Via Aleteia
 
 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Papa Francisco: o medo nos faz mal e nos enfraquece
O Papa explicou hoje de onde vem a coragem e como conquistá-la para viver com liberdade e alegria
 
<a href="http://www.shutterstock.com/pic.mhtml?id=216311464&src=id" target="_blank" />Pope Francis</a> © Giulio Napolitano / Shutterstock.com
O Papa Francisco afirmou hoje que o medo faz mal aos cristãos, tornando-se um vício, e explicou que atitudes devem ser tomadas para superá-lo.
“O medo – disse em sua homilia em Santa Marta – é uma atitude que nos faz mal; nos enfraquece, nos limita e até nos paralisa. Quem tem medo não faz nada, não sabe o que fazer. Concentra-se em si mesmo para que não lhe aconteça nada de mal; o medo leva a um 'egocentrismo egoísta', que paralisa. O cristão medroso é aquele que não entendeu a mensagem de Jesus”.
“E por isso, Jesus diz a Paulo: ‘Não tenha medo, continue a falar’. O medo não é cristão; é um comportamento de quem tem a alma aprisionada, presa, sem liberdade de olhar para a frente, de criar, de fazer o bem… E diz sempre: ‘Não, aqui há este perigo, aqui outro… e assim por diante… E isto é um vício. O medo faz mal”. 
“Não ter medo é pedir a graça da coragem, da coragem do Espírito Santo que nos envia”.
“Existem comunidades medrosas, que apostam sempre no certeiro: ‘Não, não vamos fazer isso… isso não, não pode…’. É como se na porta de entrada estivesse escrito ‘proibido’: tudo é proibido, por medo. E quando se entra numa comunidade assim, se sente o marasmo, porque é uma comunidade doente. O medo faz adoecer a comunidade e a falta de coragem também”. 
“O medo – explicou ainda o Papa – deve ser distinguido do ‘temor de Deus’, que é santo, é o temor da adoração diante do Senhor. O temor de Deus é uma virtude: não é limitativo, não enfraquece, não paralisa: faz ir adiante para cumprir a missão dada pelo Senhor”.
A outra palavra da liturgia foi ‘alegria’. “Ninguém pode tirá-la de vocês”, diz Jesus. “E nos momentos mais tristes, nos momentos de dor” – ressaltou Francisco – “a alegria se torna paz. Ao contrário, um divertimento no momento da dor se torna sombrio, escurece. 
Um cristão sem alegria não é cristão; um cristão que continuamente vive na tristeza não é cristão. E um cristão que no momento da provação, das doenças ou das dificuldades, perde a paz… é porque lhe falta algo”. 
“A alegria cristã, que não é um simples divertimento, não é uma alegria passageira; a alegria cristã é um dom, um dom do Espírito Santo. É ter o coração sempre alegre porque o Senhor venceu, o Senhor reina, está à direita do Pai; Ele olhou para mim e me enviou; me deu a sua graça e me fez filho do Pai… É esta a alegria cristã. Um cristão vive na alegria”.
“Uma comunidade sem alegria – acrescentou o Papa – também é uma comunidade doente: pode até ser uma comunidade ‘divertida’, mas é ‘doente de mundanidade’, porque não tem a alegria de Jesus Cristo. Assim, quando a Igreja é medrosa e não recebe a alegria do Espírito Santo, a Igreja adoece, as comunidades adoecem e os fiéis adoecem”. 
O Papa concluiu a homilia com a prece: “Elevai-nos Senhor, ao Cristo, sentado à direita do Pai; elevai o nosso espírito. Despojai-nos de todo o medo e dai-nos a alegria e a paz”. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016


Poesias para a Quaresma: “À Coroa de Espinhos”, de Agostinho da Cruz (1540-1619)
"...Quando morto d’amor, d’amor matais"
 
coroa de espinhos

À Coroa de Espinhos
Agostinho da Cruz (Portugal 1540 – 1619)
A que vindes, Senhor, do Céu à terra,
Terra que, sendo vossa, vos enjeita,
E que tanto vos honra e vos respeita,
Que em não vos receber insiste e emperra?
Ah! Quanta ingratidão nela s’encerra!
Quão mal de vossa vinda se aproveita!
Pois se põe a tomar-vos conta estreita,
Mais brada contra vós, quanto mais erra.
E vós de vosso amor puro forçado
Os malditos espinhos lhe pisais,
Dos quais, ainda sendo coroado,
A maldição antiga lhe trocais
Na bênção, que lhe dais crucificado,
Quando morto d’amor, d’amor matais.
Fonte: Aleteia

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

10 frases do Papa Francisco sobre a confissão

Uma seleção feita a partir das respostas do Papa Francisco ao jornalista Andrea Tornielli

Seven Reasons to Return to Confession AP Photo L Osservatore Romano - pt
 
1. Costumo dizer aos confessores: falai, escutai com paciência e sobretudo dizei às pessoas que Deus lhes quer bem. E se o confessor não pode absolver, que explique as razões, mas que dê de todo o modo uma bênção, ainda que seja sem absolvição sacramental. O amor de Deus também existe para quem não está na disposição de receber o sacramento; esse homem ou essa mulher, esse jovem ou essa rapariga também são amados por Deus, são procurados por Deus, estão necessitados de bênção.
2. Os apóstolos e os seus sucessores — os bispos e os sacerdotes que são seus colaboradores — convertem-se em instrumentos da misericórdia de Deus. Atuam in persona Christi. Isto é muito bonito.
3. Confessar-se com um sacerdote é um modo de pôr a minha vida nas mãos e no coração de outro, que nesse momento atua em nome e por conta de Jesus. É uma maneira de sermos concretos e autênticos; estar frente à realidade olhando para outra pessoa e não para si mesmo refletido num espelho.
4. É verdade eu posso falar com o Senhor, pedir-Lhe logo perdão a Ele, implorar-lho. E o Senhor perdoa, logo. Mas é importante que vá ao confessionário, que me ponha a mim mesmo frente a um sacerdote que representa Jesus, que me ajoelhe frente à Mãe Igreja chamada a distribuir a misericórdia de Deus. Há uma objetividade neste gesto, em ajoelhar-me frente ao sacerdote, que nesse momento é a via da graça que me chega e me cura.
5. Como confessor, mesmo quando deparei com uma porta fechada, sempre procurei uma fissura, uma greta, para abrir essa porta e poder dar o perdão, a misericórdia.
6. O que se confessa está bem que se envergonhe do pecado; a vergonha é uma graça que é preciso pedir, é um fator bom, positivo, porque nos faz humildes.
7. Há também a importância do gesto. O simples facto de que uma pessoa ir ao confessionário indica que já há um início de arrependimento, ainda que não seja consciente. Se não tivesse existido esse movimento inicial, a pessoa não teria ido. Que esteja ali pode evidenciar o desejo de uma mudança. A palavra é importante, explicita o gesto. Mas o próprio gesto é importante.
8. Que conselhos daria a um penitente para fazer uma boa confissão? Que pense na verdade da sua vida diante de Deus, o que sente, o que pensa. Que saiba olhar-se com sinceridade a si próprio e ao seu pecado. E que se sinta pecador, que se deixe surpreender, assombrar por Deus.
9. A misericórdia existe, mas se tu não a queres receber… Se não te reconheces pecador quer dizer que não a queres receber, quer dizer que não sentes a necessidade.
10. Há muitas pessoas humildes que confessam as suas recaídas. O importante, na vida de cada homem e de cada mulher, não é nunca voltar a cair pelo caminho. O importante é levantar-se sempre, não ficar no chão a lamber as feridas. O Senhor da misericórdia perdoa-me sempre, de maneira que me oferece a possibilidade de voltar a começar sempre.
Frases extraídas do livro entrevista ao Papa Francisco “O nome de Deus é misericórdia, conversa com Andrea Tornielli”. Seleção realizada pela página web Lexicon Canonicum.

(via OpusDei)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Conselhos para colocar a Quaresma em prática
São dicas bem concretas, anote aí
 https://www.flickr.com/photos/ashleyrosex/4129765971

Todo bom cristão teve que ler, nem que seja uma vez em sua vida, o Catecismo da Igreja Católica, livro originalmente escrito para ser fonte e texto de referência para bispos e diocesanos designados nas paróquias, de maneira que eles o utilizem na criação de seus programas catequéticos. Este livro apresenta o Catecismo em sua forma mais abstrata e acadêmica; o como se deve ensinar a doutrina contida aí sempre se deixou que seja a critério dos catecúmenos locais.
Utilizamos o exemplo do Catecismo para ilustrar claramente o desafio comum que enfrentamos como pais católicos: como tornar específico um ensino geral? como fazer da teoria uma prática diária? Como simplificar o conceito complexo sem perder a idéia essencial? Este desafio se faz concreto particularmente na vida familiar.
A vida familiar pode ser descrita como o dia a dia de numerosas atividades que civilizam essas pequenas barbáries, as quais terminamos de polir em nosso próprio caminho de conversão. Fazemos que nossos hábitos, costumes e práticas de nossa vida cristã sejam compreensíveis e ensináveis aos pequenos sem fazer que estes ensinamentos sejam chatos ou superficiais.
Os seguintes conselhos para praticar a Quaresma respondem a este desafio. decidimos começar com o jejum, indicando qual é seu objetivo, e logo sugerindo algumas formas de tornar proveitoso este período de 40 dias de oração, penitência e exercícios espirituais em preparação para a celebração da Páscoa.
Existem dois tipos de jejum:
1) Jejum corporal ou externo
Inclui a abstinência de algumas comidas, bebidas e outras diversões como a música, as festas, os jogos de azar, etc. sobretudo nos dias próximos ao tríduo pascal.
Em uma sociedade hedonista atravessada por uma cultura de morte como a nossa se faz necessário a pratica do jejum, a qual deveria começar pela família.
Pratica corporais
– Comer menos das  comidas que você mais gosta e mais daquelas que não gosta
– Não comer nada entre as refeições
– Não utilizar condimentos na comida
– Não utilizar adoçantes nas bebidas
– Evitar escutar música na rádio todo o dia
– Evitar a televisão e os vídeos; em vez disso , ler a Paixão de Cristo na Bíblia ou Missal
– Rezar um rosário extra.
2) Jejum espiritual ou interno
Consiste na abstinência de todo pecado mortal. São João Crisóstomo ensinou que o valor do jejum consiste nem tanto na abstinência de comida; mas sim na abstinência de praticas pecaminosas. E São Basilio o Grande explicou que afastar-se de toda maldade significa manter nossa boca fechada, controlar nossa ira, eliminar nossos desejos maus e evitar toda intriga, mentira e blasfema. Abstendo-se de todas estas coisas descansa o verdadeiro valor do jejum.
Pratica internas
– Não conversar mais do necessário; em vez disso, faça algumas pequenas jaculatórias em todo o dia.
– Exercitar a paciência em todas as coisas
– Não fazer nenhuma queixa
– Controlar a ira; em vez disso, sugere-se sair ao encontro da pessoa que provocou a irritação.
– Evitar a intriga.
– Quando alguém lhe pedir que faça  algo extra, faça-o com alegria e boa disposição.
– Fale em bom tom a todos cada dia.
– Evite utilizar o telefone
– Sempre fale a verdade em todas as circunstâncias de sua vida
– Evitar a vaidade e o egoísmo
A prática das virtudes e as boas obras deve ser outro nosso de na Semana Santa. Os Padres da Igreja insistiram que durante a Quaresma se deve ser fiel aos serviços próprios deste tempo litúrgico e assistir à Missa diariamente.
Com o passar do tempo, nossa disciplina pelo jejum sofreu numerosas e radicais mudanças. Hoje em dia, infelizmente, a observância da Quaresma se converteu em mero formalismo, reduzido à abstinência em certos dias, sem nenhuma preocupação no crescimento espiritual ou no propósito de ter uma coerência de vida.
É urgente retornar às raízes do espírito desta grande festa tão requerida nestes tempos em que o mundo é presa da cultura material e superficial.
Pratica espirituais (virtudes e boas obras)
  • Praticar a humildade hoje em dia em todas nossas ações
  • Ser generoso; ajudar a alguém que  necessite
  • Observar todas as formas possíveis de ser solidário durante o dia
  • Fazer o trabalho que precisa ser feito sem que alguém lhe peça isso
  • Não seja ocioso todo o dia. Sempre faça algo pelos outros ou por seu próprio crescimento espiritual.
  • Saia ao encontro para ajudar às pessoas ou converse com alguém que está em dificuldade.
  • Seja voluntário em um trabalho solidário.
  • Visite alguém que está doente.
(via ACIdigital)